PROmova: Aumenta a violência sobre os professores. A postura ministerial de desautorização e de achincalhamento dos professores só podia dar nisto!

04-10-2009
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Clicar nas imagens para aumentar In JN, 21-03-2009 A percepção subjectiva da crescente manifestação de hostilidade, da perda de respeito e, mais grave, da consumação de ameaças e agressões em relação aos professores, a que a comunicação social vem dando expressão pública, acaba de encontrar fundamento real nos dados revelados pelo relatório anual Escola Segura.Independentemente da multifactorialidade e das especificações locais/situacionais que enformam os fenómenos de agressão, a violência que alguns alunos e encarregados de educação vêm exercendo sobre os docentes é uma consequência preocupante de um tipo de orientação política cultivada pelo primeiro-ministro e pela equipa do ME, a saber:1) o estilo arrogante, gabarolas (permanente auto-atribuição de protagonismo e consequente denegação do empenho e valor dos outros) e crispado de Sócrates não fomenta o diálogo, a concertação e a mobilização de vontades no sentido colaborativo, induzindo, ao invés, uma hostilidade e conflitualidade desnecessárias.2) a estratégia de confrontação deste Governo para com determinados grupos profissionais específicos, com especial destaque para os professores, transmitindo dos mesmos um retrato mediático desvalorado, mediante a falsa imputação de privilégios e de más práticas, para, desta forma, encontrar almofadas na mesquinhez de alguma opinião pública e na sua concomitante inveja social, tradicional combustível do antagonismo entre classes ou grupos;3) a afronta, o achincalhamento e o ataque sistemático, por parte desta equipa ministerial, à dignidade e à autoridade dos professores, o que arruinou o estatuto e o prestígio dos professores junto de alunos e encarregados de educação;4) a veiculação pública de um ideário de facilitismo e de desinvestimento no trabalho aturado, na exigência e na disciplina, passando-se a mensagem errada de permissibilidade, de que os alunos não podem ser contrariados e de que tudo é facilmente alcançável por todos.Estranha-se e lamenta-se que os ministros da Administração Interna e da Educação, companheiros de naufrágio, enveredem por leituras ficcionadas da realidade, socorrendo-se de explicações ad hoc pouco convincentes e do empolamento de dados pouco relevantes. Movidos pela obsessão socrática da propaganda fácil, acabam a torturar as estatísticas, ao ponto de projectarem optimismos que mais ninguém enxerga.


Clicar nas imagens para aumentar In JN, 21-03-2009 A percepção subjectiva da crescente manifestação de hostilidade, da perda de respeito e, mais grave, da consumação de ameaças e agressões em relação aos professores, a que a comunicação social vem dando expressão pública, acaba de encontrar fundamento real nos dados revelados pelo relatório anual Escola Segura.Independentemente da multifactorialidade e das especificações locais/situacionais que enformam os fenómenos de agressão, a violência que alguns alunos e encarregados de educação vêm exercendo sobre os docentes é uma consequência preocupante de um tipo de orientação política cultivada pelo primeiro-ministro e pela equipa do ME, a saber:1) o estilo arrogante, gabarolas (permanente auto-atribuição de protagonismo e consequente denegação do empenho e valor dos outros) e crispado de Sócrates não fomenta o diálogo, a concertação e a mobilização de vontades no sentido colaborativo, induzindo, ao invés, uma hostilidade e conflitualidade desnecessárias.2) a estratégia de confrontação deste Governo para com determinados grupos profissionais específicos, com especial destaque para os professores, transmitindo dos mesmos um retrato mediático desvalorado, mediante a falsa imputação de privilégios e de más práticas, para, desta forma, encontrar almofadas na mesquinhez de alguma opinião pública e na sua concomitante inveja social, tradicional combustível do antagonismo entre classes ou grupos;3) a afronta, o achincalhamento e o ataque sistemático, por parte desta equipa ministerial, à dignidade e à autoridade dos professores, o que arruinou o estatuto e o prestígio dos professores junto de alunos e encarregados de educação;4) a veiculação pública de um ideário de facilitismo e de desinvestimento no trabalho aturado, na exigência e na disciplina, passando-se a mensagem errada de permissibilidade, de que os alunos não podem ser contrariados e de que tudo é facilmente alcançável por todos.Estranha-se e lamenta-se que os ministros da Administração Interna e da Educação, companheiros de naufrágio, enveredem por leituras ficcionadas da realidade, socorrendo-se de explicações ad hoc pouco convincentes e do empolamento de dados pouco relevantes. Movidos pela obsessão socrática da propaganda fácil, acabam a torturar as estatísticas, ao ponto de projectarem optimismos que mais ninguém enxerga.

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