O semanário "A Voz de Trás-os-Montes" noticia a dimensão, absolutamente, esmagadora da greve dos professores, em Vila Real. Todavia, para gáudio dos Srs. Secretários de Estado (a propósito, alguém (a) viu "Onde Pára a Ministra - parte II"?), as escolas de Vila Real estiveram abertas (que curiosa coincidência! Em Agosto também estão abertas!...). Nunca, em Portugal, se havia assistido a um número mediático tão "embasbacado", como aquele que foi protagonizado pelos Srs. Secretários de Estado, ensaiando uma ficção entre o ridículo e o patético. [Comentário nosso] "A Voz de Trás-os-Montes"Vila Real 04-12-2008 Edição Nº 3051Greve dos professores. Adesão total em muitas escolasDepois da manifestação que levou centenas e centenas de professores a desfilarem pelas ruas de Vila Real, mais uma vez os docentes mostraram a sua união contra as políticas do actual Governo ao aderirem em massa à greve de ontem. Em Vila Real, a meio da manhã, os números apontavam para uma adesão de cerca de 96 por cento No distrito de Vila Real a esmagadora maioria dos professores aderiu à greve agendada, para ontem, pela plataforma sindical, confirmou ao Nosso Jornal, Carlos Taveira, do Sindicato dos Professores do Norte. Segundo o mesmo responsável, na área da delegação do SPN em Vila Real, que engloba parte do distrito, a adesão foi “estrondosa”, com os educadores de infância a aderir a 100 por cento e com as escolas do primeiro ciclo, na sua maioria, sem aulas. “A adesão ultrapassa largamente os 96 por cento”, sublinhou, a meio da manhã, o delegado sindical esclarecendo que, no final do dia, com a provável adesão dos professores que tinham aulas apenas no período da tarde, este número poderia ser superado. Até à hora de fecho desta edição, nas escolas secundárias do concelho de Vila Real, o cenário era idêntico, com a Escola São Pedro a registar 100 por cento de adesão, e as escolas Camilo Castelo Branco e Morgado Mateus a funcionar apenas com dois docentes. Também as crianças das Escolas Diogo Cão e Monsenhor Jerónimo do Amaral não tiveram aulas. Segundo Octávio Gonçalves, do Movimento PROmova, com esta greve, em Vila Real, comprova-se mais uma vez que “os professores estão unidos e vão continuar a resistir no interior das escolas até que este modelo de avaliação seja substituído e se inicie a revisão do Estatuto da Carreira Docente, conducente, entre outros aspectos, à revogação da divisão arbitrária e injusta da carreira”. Mais, “os pais e encarregados de educação optaram, na sua esmagadora maioria, por não levar os seus educandos às escolas”, ou seja “tinham a expectativa da grandiosidade desta greve” demonstrado assim, ter “a percepção clara da dimensão e da justeza das reivindicações dos professores”. O movimento acredita que os pais e encarregados de educação “já começaram a compreender as reais intenções desta equipa ministerial, mais interessada em estatísticas balofas do que nas aprendizagens cientificamente consistentes dos alunos”. “A fibra dos professores de Vila Real não se verga a ameaças, nem se deixa ludibriar pelo marketing electrónico, e muito menos se deixa seduzir por um “simplex” com um prazo de validade de cariz, nitidamente, eleitoral. Mesmo compreendendo o espírito natalício, os professores de Vila Real também não se vendem a promessas pueris de prémios e eventuais recompensas monetárias”, garantiu Octávio Gonçalves. De recordar que, depois da greve nacional de ontem, que em Vila Real culminou com a concentração dos professores em frente à Escola Secundária Camilo Castelo Branco, estão ainda agendadas paralisações regionais para os dias 9, 10, 11 e 12, caso o Ministério da Educação não suspenda o processo de avaliação de desempenho.MM
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O semanário "A Voz de Trás-os-Montes" noticia a dimensão, absolutamente, esmagadora da greve dos professores, em Vila Real. Todavia, para gáudio dos Srs. Secretários de Estado (a propósito, alguém (a) viu "Onde Pára a Ministra - parte II"?), as escolas de Vila Real estiveram abertas (que curiosa coincidência! Em Agosto também estão abertas!...). Nunca, em Portugal, se havia assistido a um número mediático tão "embasbacado", como aquele que foi protagonizado pelos Srs. Secretários de Estado, ensaiando uma ficção entre o ridículo e o patético. [Comentário nosso] "A Voz de Trás-os-Montes"Vila Real 04-12-2008 Edição Nº 3051Greve dos professores. Adesão total em muitas escolasDepois da manifestação que levou centenas e centenas de professores a desfilarem pelas ruas de Vila Real, mais uma vez os docentes mostraram a sua união contra as políticas do actual Governo ao aderirem em massa à greve de ontem. Em Vila Real, a meio da manhã, os números apontavam para uma adesão de cerca de 96 por cento No distrito de Vila Real a esmagadora maioria dos professores aderiu à greve agendada, para ontem, pela plataforma sindical, confirmou ao Nosso Jornal, Carlos Taveira, do Sindicato dos Professores do Norte. Segundo o mesmo responsável, na área da delegação do SPN em Vila Real, que engloba parte do distrito, a adesão foi “estrondosa”, com os educadores de infância a aderir a 100 por cento e com as escolas do primeiro ciclo, na sua maioria, sem aulas. “A adesão ultrapassa largamente os 96 por cento”, sublinhou, a meio da manhã, o delegado sindical esclarecendo que, no final do dia, com a provável adesão dos professores que tinham aulas apenas no período da tarde, este número poderia ser superado. Até à hora de fecho desta edição, nas escolas secundárias do concelho de Vila Real, o cenário era idêntico, com a Escola São Pedro a registar 100 por cento de adesão, e as escolas Camilo Castelo Branco e Morgado Mateus a funcionar apenas com dois docentes. Também as crianças das Escolas Diogo Cão e Monsenhor Jerónimo do Amaral não tiveram aulas. Segundo Octávio Gonçalves, do Movimento PROmova, com esta greve, em Vila Real, comprova-se mais uma vez que “os professores estão unidos e vão continuar a resistir no interior das escolas até que este modelo de avaliação seja substituído e se inicie a revisão do Estatuto da Carreira Docente, conducente, entre outros aspectos, à revogação da divisão arbitrária e injusta da carreira”. Mais, “os pais e encarregados de educação optaram, na sua esmagadora maioria, por não levar os seus educandos às escolas”, ou seja “tinham a expectativa da grandiosidade desta greve” demonstrado assim, ter “a percepção clara da dimensão e da justeza das reivindicações dos professores”. O movimento acredita que os pais e encarregados de educação “já começaram a compreender as reais intenções desta equipa ministerial, mais interessada em estatísticas balofas do que nas aprendizagens cientificamente consistentes dos alunos”. “A fibra dos professores de Vila Real não se verga a ameaças, nem se deixa ludibriar pelo marketing electrónico, e muito menos se deixa seduzir por um “simplex” com um prazo de validade de cariz, nitidamente, eleitoral. Mesmo compreendendo o espírito natalício, os professores de Vila Real também não se vendem a promessas pueris de prémios e eventuais recompensas monetárias”, garantiu Octávio Gonçalves. De recordar que, depois da greve nacional de ontem, que em Vila Real culminou com a concentração dos professores em frente à Escola Secundária Camilo Castelo Branco, estão ainda agendadas paralisações regionais para os dias 9, 10, 11 e 12, caso o Ministério da Educação não suspenda o processo de avaliação de desempenho.MM