Triunfo da Razão: Primeiro-ministro em dificuldades

13-10-2009
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José Sócrates tem vindo a atravessar o período mais difícil da legislatura. Desde o caso "Freeport" até à derrota nas eleições europeias, o primeiro-ministro nunca tinha vivido tempos tão conturbados. Em sentido oposto, a líder do PSD surge mais confiante, com um discurso mais consolidado e recorrendo a ataques mais frequentes às negociatas do primeiro-ministro. A prova do enfraquecimento notório de José Sócrates foi o seu último debate no Parlamento, onde o primeiro-ministro visivelmente irritado e apanhado surpreendido, foi incapaz de esconder a sua irascibilidade. A resposta do primeiro-ministro à interpelação do deputado doCDS /PP Diogo Feio foi elucidativa: quando se tocou no assunto TVI, o primeiro-ministro esteve prestes a perder a cabeça e acabou por falar demais.A derrota do PS nas últimas eleições representam a verdadeira adversidade do Governo e demonstra que o Executivo de José Sócrates perde o norte quando surgem adversidades. Depois de uma tentativa de mudar de imagem, José Sócrates mostrou no Parlamento a sua verdadeira natureza e as dificuldades que sente quando pretende entrar no campo das metamorfoses.O actual Governo passou grosso modo por três fases: numa primeira, instalou-se a ideia do Governo reformista e empreendedor de grandes mudanças, esse famigerado ímpeto reformista rapidamente se evaporou; numa segunda fase, o primeiro-ministro apostou tudo na imagem e na propaganda, foi o período "Magalhães", deixando para segundo (ou terceiro plano?) a substância das políticas; e finalmente, o primeiro-ministro atravessa a última fase, a fase em que até a imagem falha, restando ao primeiro-ministro incorrer em metamorfoses efémeras. Esta última fase, em que o primeiro-ministro se encontra, é indubitavelmente a fase do declínio e observa-se o surgimento cada vez mais recorrente de outros políticos no seio do PS que vêm a terreiro defender a honra e as políticas do primeiro-ministro. Embora esse recurso tenha-se revelado ineficaz, dificilmente pessoas como Augusto Santos Silva vão abandonar o caminho da defesa do líder do partido e primeiro-ministro.Manuela Ferreira Leite encontra-se numa posição contrária, catapultada pela vitória do partido nas eleições europeias. A pouco tempo das eleições legislativas, Ferreira Leite passou ter reais hipóteses de vencer as eleições, quando há não muito tempo atrás, não havia quem arriscasse um prognóstico semelhante.


José Sócrates tem vindo a atravessar o período mais difícil da legislatura. Desde o caso "Freeport" até à derrota nas eleições europeias, o primeiro-ministro nunca tinha vivido tempos tão conturbados. Em sentido oposto, a líder do PSD surge mais confiante, com um discurso mais consolidado e recorrendo a ataques mais frequentes às negociatas do primeiro-ministro. A prova do enfraquecimento notório de José Sócrates foi o seu último debate no Parlamento, onde o primeiro-ministro visivelmente irritado e apanhado surpreendido, foi incapaz de esconder a sua irascibilidade. A resposta do primeiro-ministro à interpelação do deputado doCDS /PP Diogo Feio foi elucidativa: quando se tocou no assunto TVI, o primeiro-ministro esteve prestes a perder a cabeça e acabou por falar demais.A derrota do PS nas últimas eleições representam a verdadeira adversidade do Governo e demonstra que o Executivo de José Sócrates perde o norte quando surgem adversidades. Depois de uma tentativa de mudar de imagem, José Sócrates mostrou no Parlamento a sua verdadeira natureza e as dificuldades que sente quando pretende entrar no campo das metamorfoses.O actual Governo passou grosso modo por três fases: numa primeira, instalou-se a ideia do Governo reformista e empreendedor de grandes mudanças, esse famigerado ímpeto reformista rapidamente se evaporou; numa segunda fase, o primeiro-ministro apostou tudo na imagem e na propaganda, foi o período "Magalhães", deixando para segundo (ou terceiro plano?) a substância das políticas; e finalmente, o primeiro-ministro atravessa a última fase, a fase em que até a imagem falha, restando ao primeiro-ministro incorrer em metamorfoses efémeras. Esta última fase, em que o primeiro-ministro se encontra, é indubitavelmente a fase do declínio e observa-se o surgimento cada vez mais recorrente de outros políticos no seio do PS que vêm a terreiro defender a honra e as políticas do primeiro-ministro. Embora esse recurso tenha-se revelado ineficaz, dificilmente pessoas como Augusto Santos Silva vão abandonar o caminho da defesa do líder do partido e primeiro-ministro.Manuela Ferreira Leite encontra-se numa posição contrária, catapultada pela vitória do partido nas eleições europeias. A pouco tempo das eleições legislativas, Ferreira Leite passou ter reais hipóteses de vencer as eleições, quando há não muito tempo atrás, não havia quem arriscasse um prognóstico semelhante.

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