Enguia Fresca: Muito certeiro e nada consequente

18-07-2009
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Só hoje li, por cortesia de um amigo laranja, o discurso de Paulo Rangel, perdão, de Manuela Ferreira Leite. O discurso está bem estruturado, claro e cumpre uma parte das atribuições da liderança da oposição: a crítica política ao Governo. Já tinha achado o mesmo quando o ouvi da primeira vez, há dois anos.O longo periodo de silencio não troxe nada de novo a não ser o fim desse mesmo silêncio. Há, contudo, um mérito indesmentível, na falta de ideias, MFL recorre ao que de bom os seus próximos já produziram no passado. É interessante a coincidência, se é que as há em política, de no dia anterior o Expresso ter publicado longa entrevista a Paulo Rangel. Do lado do Governo, não tem havido economia no fornecimento de "matérias" para a oposição e é aí que MFL fica curta. Acusando correctamente o desnorte de diversos sectores da governação, não pede a demissão de nenhum ministro, não é nunca conclusiva. Acusa, acusa e acusa, mas não chega a consequências.Por fim, depois de algumas trivialidades vagas sobre as PME's para agradar á massa associativa, voltamos ao problema de sempre: a ausência de propostas, a credibilidade de quem se dispõe a fazer diferente. Percebi hoje as criticas e desconfianças que ouvi ontem à noite num encontro de empresários; tinham ouvido o discurso, têm PME's para gerir e empregos a conservar, e a memória não os deixou esquecer os tempos de Ferreira Leite ministra. Não basta fazer boa medicina de diagnóstico, essa já estava feita por todos os analistas e opinadores da praça. Para justificar votos é preciso explicar como se vai fazer. Serão precisos mais seis meses de silêncio?


Só hoje li, por cortesia de um amigo laranja, o discurso de Paulo Rangel, perdão, de Manuela Ferreira Leite. O discurso está bem estruturado, claro e cumpre uma parte das atribuições da liderança da oposição: a crítica política ao Governo. Já tinha achado o mesmo quando o ouvi da primeira vez, há dois anos.O longo periodo de silencio não troxe nada de novo a não ser o fim desse mesmo silêncio. Há, contudo, um mérito indesmentível, na falta de ideias, MFL recorre ao que de bom os seus próximos já produziram no passado. É interessante a coincidência, se é que as há em política, de no dia anterior o Expresso ter publicado longa entrevista a Paulo Rangel. Do lado do Governo, não tem havido economia no fornecimento de "matérias" para a oposição e é aí que MFL fica curta. Acusando correctamente o desnorte de diversos sectores da governação, não pede a demissão de nenhum ministro, não é nunca conclusiva. Acusa, acusa e acusa, mas não chega a consequências.Por fim, depois de algumas trivialidades vagas sobre as PME's para agradar á massa associativa, voltamos ao problema de sempre: a ausência de propostas, a credibilidade de quem se dispõe a fazer diferente. Percebi hoje as criticas e desconfianças que ouvi ontem à noite num encontro de empresários; tinham ouvido o discurso, têm PME's para gerir e empregos a conservar, e a memória não os deixou esquecer os tempos de Ferreira Leite ministra. Não basta fazer boa medicina de diagnóstico, essa já estava feita por todos os analistas e opinadores da praça. Para justificar votos é preciso explicar como se vai fazer. Serão precisos mais seis meses de silêncio?

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