O Homem do Leme: Day after

30-09-2009
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Diz a minha colega de outra casa, Paula Sofia, que "não vejo aqui (resultados das legislativas) os resultados das autárquicas, embora neles leia alguns sinais". E concordo absolutamente com ela. Porque convém não fazer como muitos fazem, que vêem vitórias onde há derrotas ou que comparam resultados entre duas eleições tão díspares. Para mim, a luta de dia 11 pouco retira do que se passou ontem. Tratam-se de dois boletins de voto diferentes, onde as ligações locais (mais) e a escolha reduzida a 4 partidos (menos) terão o seu peso. Isto porque ainda acho que não basta aparecer no boletim para se conseguir levar centenas de votos. Quanto a isso, a partir de amanhã, abertura oficial da candidatura, vamos ver o que acontece.Quanto a ontem, abre-se agora a dúvida sobre qual o formato do Governo. Por muito que eu gostasse de expôr o Bloco de Esquerda, o que é certo é que mesmo dividindo os votos dos círculos da emigração, PS+BE contarão com 114 votos (a 2 da maioria absoluta). Com o BE no Governo, rapidamente a sua base de apoio evaporará, e não passaria muito tempo até que fosse inevitável surgir uma nova coligação ou mesmo novas eleições. A solução PS+PSD parece naturalmente excluída (e convenhamos, que de todas as combinações, é francamente a pior por ser a mais propensa ao atrofio da actuação política), sobrando a solução PS+PP. Excluo a hipótese PS+BE+CDU, porque os tempos das Frentes Populares já lá foram. Como estaremos em campanha nas próximas duas semanas, ficará por aí a sombra a pairar.Sobre vencedores e vencidos, José Sócrates vence, sem sombra de dúvida, mas é Paulo Portas aquele que tem mais razões de satisfação. Louçã não consegue tornar o BE na 3ª força, mas os votos e deputados obtidos geram uma vitória com sabor amargo. Já Manuela Ferreira Leite perde (e assume, sem ambiguidades, o que é sempre de registar) e Jerónimo de Sousa também (mesmo que insistam, como sempre, na tese contrária), apesar de ter mais 1 deputado que em 2005. E venha o Governo que se segue.Já agora, o centrão continua a baixar.


Diz a minha colega de outra casa, Paula Sofia, que "não vejo aqui (resultados das legislativas) os resultados das autárquicas, embora neles leia alguns sinais". E concordo absolutamente com ela. Porque convém não fazer como muitos fazem, que vêem vitórias onde há derrotas ou que comparam resultados entre duas eleições tão díspares. Para mim, a luta de dia 11 pouco retira do que se passou ontem. Tratam-se de dois boletins de voto diferentes, onde as ligações locais (mais) e a escolha reduzida a 4 partidos (menos) terão o seu peso. Isto porque ainda acho que não basta aparecer no boletim para se conseguir levar centenas de votos. Quanto a isso, a partir de amanhã, abertura oficial da candidatura, vamos ver o que acontece.Quanto a ontem, abre-se agora a dúvida sobre qual o formato do Governo. Por muito que eu gostasse de expôr o Bloco de Esquerda, o que é certo é que mesmo dividindo os votos dos círculos da emigração, PS+BE contarão com 114 votos (a 2 da maioria absoluta). Com o BE no Governo, rapidamente a sua base de apoio evaporará, e não passaria muito tempo até que fosse inevitável surgir uma nova coligação ou mesmo novas eleições. A solução PS+PSD parece naturalmente excluída (e convenhamos, que de todas as combinações, é francamente a pior por ser a mais propensa ao atrofio da actuação política), sobrando a solução PS+PP. Excluo a hipótese PS+BE+CDU, porque os tempos das Frentes Populares já lá foram. Como estaremos em campanha nas próximas duas semanas, ficará por aí a sombra a pairar.Sobre vencedores e vencidos, José Sócrates vence, sem sombra de dúvida, mas é Paulo Portas aquele que tem mais razões de satisfação. Louçã não consegue tornar o BE na 3ª força, mas os votos e deputados obtidos geram uma vitória com sabor amargo. Já Manuela Ferreira Leite perde (e assume, sem ambiguidades, o que é sempre de registar) e Jerónimo de Sousa também (mesmo que insistam, como sempre, na tese contrária), apesar de ter mais 1 deputado que em 2005. E venha o Governo que se segue.Já agora, o centrão continua a baixar.

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