Ora, ao contrário do banho de água fria que foram as europeias, o PS conseguiu continuar a governar e felizmente perdeu a maioria absoluta. Mas o mais importante foi que manteve Ferreira Leite em casa onde só consegue incomodar os vizinhos. A terceira força política ao contrário do que se esperava foi o CDS que passou de 12 para 21 deputados, não duplicando o número, mas andando lá muito perto, tendo muito provavelmente ganho votos ao PSD, além de contar com o voto de muitos novos recenseados que têm dificuldade em olhar para lá do seu umbigo.Em quarto aparece o Bloco de Esquerda que passou de 8 para 16 deputados e que acabou por perder votos para o PS por ver muitos dos seus votantes a votar contra o PSD. Não deixa contudo de ser um crescimento acentuado depois de muitos terem previsto que o partido por esta altura já estaria extinto. A CDU passa de terceira para quinta força política, embora tenha consigo mais um deputado em relação a 2005. O facto de a CDU estar a cair é provavelmente explicado pelo facto de não renovar as ideias nem o discurso há já largos anos (embora eu não deixe de sentir um certo carinho pelos comunistas que se traduz em pena por vê-los ficar em quinto).Quanto a coligações, a muito falada entre Bloco e PS aparece agora em risco e assombrada com a possibilidade de uma coligação entre PS e CDS (o que a acontecer me vai fazer chorar o meu voto durante quatro anos e provavelmente ter reacções muito violentas contra tudo o que tenha a cara do Sócrates). Não optando por se coligar, o PS pode tentar acordos com os partidos de esquerda, sendo que os três partidos juntos conseguem 127 deputados, contra 99 na direita unida.E tudo isto me leva a concluir que um certo tremelico na barriga que a Esquerda unida jamais será vencida. E também que afinal o ridículo também convence.
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Ora, ao contrário do banho de água fria que foram as europeias, o PS conseguiu continuar a governar e felizmente perdeu a maioria absoluta. Mas o mais importante foi que manteve Ferreira Leite em casa onde só consegue incomodar os vizinhos. A terceira força política ao contrário do que se esperava foi o CDS que passou de 12 para 21 deputados, não duplicando o número, mas andando lá muito perto, tendo muito provavelmente ganho votos ao PSD, além de contar com o voto de muitos novos recenseados que têm dificuldade em olhar para lá do seu umbigo.Em quarto aparece o Bloco de Esquerda que passou de 8 para 16 deputados e que acabou por perder votos para o PS por ver muitos dos seus votantes a votar contra o PSD. Não deixa contudo de ser um crescimento acentuado depois de muitos terem previsto que o partido por esta altura já estaria extinto. A CDU passa de terceira para quinta força política, embora tenha consigo mais um deputado em relação a 2005. O facto de a CDU estar a cair é provavelmente explicado pelo facto de não renovar as ideias nem o discurso há já largos anos (embora eu não deixe de sentir um certo carinho pelos comunistas que se traduz em pena por vê-los ficar em quinto).Quanto a coligações, a muito falada entre Bloco e PS aparece agora em risco e assombrada com a possibilidade de uma coligação entre PS e CDS (o que a acontecer me vai fazer chorar o meu voto durante quatro anos e provavelmente ter reacções muito violentas contra tudo o que tenha a cara do Sócrates). Não optando por se coligar, o PS pode tentar acordos com os partidos de esquerda, sendo que os três partidos juntos conseguem 127 deputados, contra 99 na direita unida.E tudo isto me leva a concluir que um certo tremelico na barriga que a Esquerda unida jamais será vencida. E também que afinal o ridículo também convence.