O Gato Maltês: O regicídio 100 anos depois

01-10-2009
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Hoje, o mais feroz radicalismo republicano e jacobino e o tradicionalmente trauliteiro reaccionarismo monárquico, acolitados por um representante da família real que o bom gosto aconselharia a não abrir a boca em público, coligaram-se para impedir que o país prestasse homenagem a um homem que, como rei constitucional, teve defeitos e virtudes, pessoais e políticas, mas era seguramente muito mais interessante, moderno, culto e preparado (e até talvez liberal) do que a maioria dos que, a favor ou contra, hoje se manifestaram na Assembleia da República ou fora dela. A ironia, ou a tragédia, é que foi isto mesmo que há 100 anos o matou. O espectáculo de hoje, esse, foi simplesmente lamentável.


Hoje, o mais feroz radicalismo republicano e jacobino e o tradicionalmente trauliteiro reaccionarismo monárquico, acolitados por um representante da família real que o bom gosto aconselharia a não abrir a boca em público, coligaram-se para impedir que o país prestasse homenagem a um homem que, como rei constitucional, teve defeitos e virtudes, pessoais e políticas, mas era seguramente muito mais interessante, moderno, culto e preparado (e até talvez liberal) do que a maioria dos que, a favor ou contra, hoje se manifestaram na Assembleia da República ou fora dela. A ironia, ou a tragédia, é que foi isto mesmo que há 100 anos o matou. O espectáculo de hoje, esse, foi simplesmente lamentável.

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