Conversa azeda entre Eduardo Martins e Afonso Candal na ARO debate de ontem na Assembleia da República era sobre o negócio dos painéis solares, mas a conversa entre os deputados José Eduardo Martins (PSD) e Afonso Candal (PS) aqueceu. E acabou mal.O debate fora lançado no período de declarações políticas pelo deputado do CDS-PP António Carlos Monteiro, que pediu a presença do ministro da Economia, Manuel Pinho, no Parlamento para explicar o alegado favorecimento da Martifer e da Bosch na instalação de painéis solares, acusando o Governo de "pôr em causa a livre concorrência" e de ter criado um autêntico "duopólio".A discussão ia a meio quando Afonso Candal pediu a palavra para defender o Governo das críticas do CDS-PP. A vozearia era muita. Ao lado, da bancada do PSD, ouviam-se apartes de vários deputados, incluindo José Eduardo Martins, quando o socialista falou na preocupação do social-democrata "com os contribuintes"."Eu sei que piamente os seus interesses são os contribuintes. Deixaremos essas suas preocupações profundas para outra altura...", comentou Afonso Candal, em tom irónico. O que Eduardo Martins disse no calor da discussão não foi captado pelos microfones da instalação sonora da Assembleia.As versões do sucedido, durante a tarde, foram várias. Só depois, à hora dos telejornais, a TVI mostrou imagens em que se percebe que Eduardo Martins terá dito várias vezes um palavrão dirigido a Candal, que mostra também a cara de espanto, por exemplo, do líder parlamentar do CDS-PP, Diogo Feio.Contactado pelo PÚBLICO, o deputado Afonso Candal não quis comentar o sucedido e garantiu não se ter apercebido de nada nem do que foi dito por José Eduardo Martins. "Não sei, não faço ideia, não ouvi nada", disse o deputado socialista.Já o deputado social-democrata não atendeu as chamadas do PÚBLICO.No final do dia, o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, confessou ter-se apercebido "dos apartes", mas não do que foi dito. "Percebi que houve algo entre os dois deputados, mas não tive a percepção do que estava a ser dito", disse.in Público
Categorias
Entidades
Conversa azeda entre Eduardo Martins e Afonso Candal na ARO debate de ontem na Assembleia da República era sobre o negócio dos painéis solares, mas a conversa entre os deputados José Eduardo Martins (PSD) e Afonso Candal (PS) aqueceu. E acabou mal.O debate fora lançado no período de declarações políticas pelo deputado do CDS-PP António Carlos Monteiro, que pediu a presença do ministro da Economia, Manuel Pinho, no Parlamento para explicar o alegado favorecimento da Martifer e da Bosch na instalação de painéis solares, acusando o Governo de "pôr em causa a livre concorrência" e de ter criado um autêntico "duopólio".A discussão ia a meio quando Afonso Candal pediu a palavra para defender o Governo das críticas do CDS-PP. A vozearia era muita. Ao lado, da bancada do PSD, ouviam-se apartes de vários deputados, incluindo José Eduardo Martins, quando o socialista falou na preocupação do social-democrata "com os contribuintes"."Eu sei que piamente os seus interesses são os contribuintes. Deixaremos essas suas preocupações profundas para outra altura...", comentou Afonso Candal, em tom irónico. O que Eduardo Martins disse no calor da discussão não foi captado pelos microfones da instalação sonora da Assembleia.As versões do sucedido, durante a tarde, foram várias. Só depois, à hora dos telejornais, a TVI mostrou imagens em que se percebe que Eduardo Martins terá dito várias vezes um palavrão dirigido a Candal, que mostra também a cara de espanto, por exemplo, do líder parlamentar do CDS-PP, Diogo Feio.Contactado pelo PÚBLICO, o deputado Afonso Candal não quis comentar o sucedido e garantiu não se ter apercebido de nada nem do que foi dito por José Eduardo Martins. "Não sei, não faço ideia, não ouvi nada", disse o deputado socialista.Já o deputado social-democrata não atendeu as chamadas do PÚBLICO.No final do dia, o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, confessou ter-se apercebido "dos apartes", mas não do que foi dito. "Percebi que houve algo entre os dois deputados, mas não tive a percepção do que estava a ser dito", disse.in Público