contabilidadeconomiacontabilidadeconomiacontabilidadeconomiacontabilidadeconomia: Oposição desvaloriza anúncio do crescimento da economia em 2007

20-05-2009
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Oposição desvaloriza anúncio do crescimento da economia em 2007

Os partidos da oposição desvalorizaram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) avançados hoje que indicam um crescimento da economia portuguesa de 1,9 por cento em 2007, considerando que não representa a realidade económica do país, abaixo da zona euro e com níveis crescentes de desemprego.De acordo com o INE, no ano passado foi ainda registado o maior ritmo de expansão anual desde 2001, acabou 2007 em aceleração. Na estimativa rápida do Produto Interno Bruto, o INE refere que o crescimento da economia foi de dois por cento no quarto trimestre do ano passado, face a igual período de 2006. Para o PSD, apesar das subidas registadas, "a tendência é negativa e o optimismo do Governo é totalmente deslocado". "Para o PSD, a batalha das décimas e o regozijo do Governo sempre que a economia cresce um pouco são despropositados e fora de uma análise técnica séria, que é a análise da tendência", defendeu o vice-presidente do grupo parlamentar social-democrata Mário Patinha Antão, em declarações à Lusa.Patinha Antão, que considera que o anúncio do INE “não é em si mesmo nada surpreendente", "há um consenso de que inevitavelmente a economia portuguesa, como as demais economias europeias, irá continuar uma trajectória descendente", com o agravamento dos níveis da inflação e do desemprego. Perante este cenário, o PSD afirma que o Governo deveria inibir-se do seu "registo de contentamento" e a "uma inflexão" de políticas.Também o CDS-PP recebeu com críticas os dados do INE, sustentando, através do seu o líder parlamentar, Diogo Feio, que a economia nacional "continua a divergir com o que está a passar-se na zona euro, onde a economia está a crescer mais do que em Portugal".Para Diogo Feio, os dados, a juntar ao aumento do desemprego, "à falta de reformas" para as empresas se prepararem para a eventualidade de uma crise, "são preocupantes". "O crescimento do desemprego é sinal de que algo não vai bem", disse o dirigente democrata-cristão, concluindo que "o país não está preparado para ter bons resultados frente à crise [mundial] que se anuncia".Agostinho Lopes, do PCP, defendeu, por sua vez, que o crescimento de 1,9 por cento da economia em 2007 divulgado pelo INE "não é motivo para atirar foguetes", por "não reflectir a situação real da economia portuguesa". "O número era expectável, face à previsão de crescimento de 1,8 por cento prevista, e não é motivo para atirar foguetes", afirmou.Sublinhando que os números não são para "atirar foguetes" dado que, por exemplo, a "Espanha anunciou hoje um crescimento de 3,8 por cento" em 2007, o deputado do PCP indicou que os valores hoje apresentados "não reflectem nem as situação real da economia portuguesa" nem "as dificuldades sentidas pelas empresas" nem o crescimento do desemprego".Também o Bloco de Esquerda desvalorizou o aumento da economia portuguesa. "Há um pequenino crescimento", reconhece o deputado Francisco Louçã, ao recordar que as previsões apontavam para 1,8", concluindo tratar-se de uma tendência "rara em relação a 2001". No entanto, o bloquista desvalorizou este aumento, criticando o Governo de olhar para os números e não para as pessoas, quando "a taxa de desemprego confirma trimestre após trimestre que nos últimos 20 anos Portugal não esteve tão mal como está agora".Louçã relembrou que o número de desempregados cresceu de 412 mil em 2005 para 460 mil, sendo considerado o "maior aumento em 20 anos".Segundo o dirigente bloquista, o crescimento da economia apenas favorece o patronato, deixando os trabalhadores expostos a condições de precariedade salarial e não estimulando a criação de novos postos de trabalho, quando é dada prioridade à "racionalização tecnológica".in Publico

Etiquetas: CDS, CDU, Economia Portuguesa, INE, PS, PSD

Oposição desvaloriza anúncio do crescimento da economia em 2007

Os partidos da oposição desvalorizaram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) avançados hoje que indicam um crescimento da economia portuguesa de 1,9 por cento em 2007, considerando que não representa a realidade económica do país, abaixo da zona euro e com níveis crescentes de desemprego.De acordo com o INE, no ano passado foi ainda registado o maior ritmo de expansão anual desde 2001, acabou 2007 em aceleração. Na estimativa rápida do Produto Interno Bruto, o INE refere que o crescimento da economia foi de dois por cento no quarto trimestre do ano passado, face a igual período de 2006. Para o PSD, apesar das subidas registadas, "a tendência é negativa e o optimismo do Governo é totalmente deslocado". "Para o PSD, a batalha das décimas e o regozijo do Governo sempre que a economia cresce um pouco são despropositados e fora de uma análise técnica séria, que é a análise da tendência", defendeu o vice-presidente do grupo parlamentar social-democrata Mário Patinha Antão, em declarações à Lusa.Patinha Antão, que considera que o anúncio do INE “não é em si mesmo nada surpreendente", "há um consenso de que inevitavelmente a economia portuguesa, como as demais economias europeias, irá continuar uma trajectória descendente", com o agravamento dos níveis da inflação e do desemprego. Perante este cenário, o PSD afirma que o Governo deveria inibir-se do seu "registo de contentamento" e a "uma inflexão" de políticas.Também o CDS-PP recebeu com críticas os dados do INE, sustentando, através do seu o líder parlamentar, Diogo Feio, que a economia nacional "continua a divergir com o que está a passar-se na zona euro, onde a economia está a crescer mais do que em Portugal".Para Diogo Feio, os dados, a juntar ao aumento do desemprego, "à falta de reformas" para as empresas se prepararem para a eventualidade de uma crise, "são preocupantes". "O crescimento do desemprego é sinal de que algo não vai bem", disse o dirigente democrata-cristão, concluindo que "o país não está preparado para ter bons resultados frente à crise [mundial] que se anuncia".Agostinho Lopes, do PCP, defendeu, por sua vez, que o crescimento de 1,9 por cento da economia em 2007 divulgado pelo INE "não é motivo para atirar foguetes", por "não reflectir a situação real da economia portuguesa". "O número era expectável, face à previsão de crescimento de 1,8 por cento prevista, e não é motivo para atirar foguetes", afirmou.Sublinhando que os números não são para "atirar foguetes" dado que, por exemplo, a "Espanha anunciou hoje um crescimento de 3,8 por cento" em 2007, o deputado do PCP indicou que os valores hoje apresentados "não reflectem nem as situação real da economia portuguesa" nem "as dificuldades sentidas pelas empresas" nem o crescimento do desemprego".Também o Bloco de Esquerda desvalorizou o aumento da economia portuguesa. "Há um pequenino crescimento", reconhece o deputado Francisco Louçã, ao recordar que as previsões apontavam para 1,8", concluindo tratar-se de uma tendência "rara em relação a 2001". No entanto, o bloquista desvalorizou este aumento, criticando o Governo de olhar para os números e não para as pessoas, quando "a taxa de desemprego confirma trimestre após trimestre que nos últimos 20 anos Portugal não esteve tão mal como está agora".Louçã relembrou que o número de desempregados cresceu de 412 mil em 2005 para 460 mil, sendo considerado o "maior aumento em 20 anos".Segundo o dirigente bloquista, o crescimento da economia apenas favorece o patronato, deixando os trabalhadores expostos a condições de precariedade salarial e não estimulando a criação de novos postos de trabalho, quando é dada prioridade à "racionalização tecnológica".in Publico

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