Estudantes Populares da Universidade do Porto: Não percam este "post"

29-06-2009
marcar artigo

Um post muito acertado do Prof. Diogo Feio aqui.
Não percam (sublinhados meus).
«A falta de coerência e o excesso de vontade
O Bloco de Esquerda tinha uma enorme, e não escondida, expectativa em relação à decisão presidencial da passada sexta feira. Já estavam a planear as listas de deputados, a fazer tempos de antena e a desenhar novos cartazes (seriam sempre em grande quantidade), mas afinal o Presidente acabou por tomar a opção óbvia: indigitar para Primeiro Ministro o líder do maior partido da coligação formada no Parlamento.
A primeira reacção, vista por todos nós, foi de clara irritação. No entanto, apesar da desilusão não ficaram parados. Logo, lançaram, pela enésima vez, o argumento de que Santana Lopes não tinha sido “votado” para Primeiro Ministro. Os cartazes, como é costume, lá apareceram.
Eu não acreditava no que estava a ver e a ouvir. A chamada “esquerda inteligente” repetia fora de horas uma ideia negada pelo discurso presidencial. Os argumentos para refutar esta tese são vários. Apesar de tudo, há um que ainda não foi referido: o Bloco de Esquerda é precisamente o mesmo partido que criticou, nas últimas eleições de 2002, a transformação do acto eleitoral para o Parlamento na escolha de um Governo. Quem tanto bradou - e bem - que as eleições legislativas apenas servem para eleger deputados, hoje só pode ser visto como um bloco de incoerência.
Mas não se ficam por aí. Já vieram dizer que nos Açores podem apoiar um executivo do PS. É bom que estes exemplos se repitam. Assim, fica muito claro que o partido anti-poder, das causas e dos escândalos apenas pretende um dia poder ter ministros. Já escolheram o parceiro. Agora será bom que este, e os candidatos ao lugar de Secretário Geral, digam o que acham sobre este companheiro. A resposta a esta questão tornará com toda a certeza os próximos tempos interessantes.
[Diogo Feio]» Isto vem de encontro ao que tive oportunidade de referir aqui quando me perguntava se «votamos em deputados, ou em primeiros-ministros? Bem, não digam nada, já sei que "as eleições são personalizadas" e que "o povo vota em caras e não em deputados". Sendo assim, nada melhor que o PR aproveitar a ocasião e explicar isso aos portugueses.» Micha

Um post muito acertado do Prof. Diogo Feio aqui.
Não percam (sublinhados meus).
«A falta de coerência e o excesso de vontade
O Bloco de Esquerda tinha uma enorme, e não escondida, expectativa em relação à decisão presidencial da passada sexta feira. Já estavam a planear as listas de deputados, a fazer tempos de antena e a desenhar novos cartazes (seriam sempre em grande quantidade), mas afinal o Presidente acabou por tomar a opção óbvia: indigitar para Primeiro Ministro o líder do maior partido da coligação formada no Parlamento.
A primeira reacção, vista por todos nós, foi de clara irritação. No entanto, apesar da desilusão não ficaram parados. Logo, lançaram, pela enésima vez, o argumento de que Santana Lopes não tinha sido “votado” para Primeiro Ministro. Os cartazes, como é costume, lá apareceram.
Eu não acreditava no que estava a ver e a ouvir. A chamada “esquerda inteligente” repetia fora de horas uma ideia negada pelo discurso presidencial. Os argumentos para refutar esta tese são vários. Apesar de tudo, há um que ainda não foi referido: o Bloco de Esquerda é precisamente o mesmo partido que criticou, nas últimas eleições de 2002, a transformação do acto eleitoral para o Parlamento na escolha de um Governo. Quem tanto bradou - e bem - que as eleições legislativas apenas servem para eleger deputados, hoje só pode ser visto como um bloco de incoerência.
Mas não se ficam por aí. Já vieram dizer que nos Açores podem apoiar um executivo do PS. É bom que estes exemplos se repitam. Assim, fica muito claro que o partido anti-poder, das causas e dos escândalos apenas pretende um dia poder ter ministros. Já escolheram o parceiro. Agora será bom que este, e os candidatos ao lugar de Secretário Geral, digam o que acham sobre este companheiro. A resposta a esta questão tornará com toda a certeza os próximos tempos interessantes.
[Diogo Feio]» Isto vem de encontro ao que tive oportunidade de referir aqui quando me perguntava se «votamos em deputados, ou em primeiros-ministros? Bem, não digam nada, já sei que "as eleições são personalizadas" e que "o povo vota em caras e não em deputados". Sendo assim, nada melhor que o PR aproveitar a ocasião e explicar isso aos portugueses.» Micha

marcar artigo