Federação Regional da Juventude Socialista do Algarve: Artigo de opinião: O nosso dinheiro é bem gasto

07-10-2009
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Em tempo de crise, quando devemos apertar os cintos, será que fazemos as escolhas certas no consumo?O nosso dinheiro é bem gasto?Em tempo de crise, quando devemos apertar os cintos, será que fazemos as escolhas certas no consumo?As famílias vêem-se com esse dilema diariamente nas compras que efectuam: quais os produtos essenciais, quais os supérfluos, qual a marca a comprar (as marcas brancas têm tido muita saída, como foi noticiado num jornal: «Venda de marcas brancas nos supermercados cresce 40%»). Enfim, procuramos a solução para termos qualidade a um bom preço.Nesta tarefa difícil, o poder local, porque se encontra próximo das famílias, deve ter em especial atenção fornecer apoio para que estas possam enfrentar a crise que vivemos.As escolhas que as famílias fazem nas suas compras diárias são as mesmas que as autarquias fazem quanto aos gastos públicos.Por exemplo, a família pensa: compramos um carro topo de gama, quando sabemos que ficaremos endividados para o resto da vida, ou um carro que chegue perfeitamente para as nossas necessidades a um bom preço?E as autarquias pensam: vamos gastar milhares de euros numa celebridade por dois dias, ou investimos esse dinheiro a ajudar famílias carenciadas do concelho?Parece-me que, quer a família, quer a autarquia, não deveriam ter grande dificuldade em obter uma resposta, mas acho que algumas têm algumas dúvidas...Em tempo de crise, uma autarquia deve gastar milhares de euros numa passagem de ano? Deve gastar milhares de euros num famoso para alegrar o Carnaval?Não menosprezando o trabalho dos artistas, muito pelo contrário, admiro muito o trabalho desenvolvido por estes, a culpa não é deles, mas é de quem os contrata pagando milhares de euros.Se estivéssemos em tempos de colher os louros, em tempos de abundância, ainda poderíamos admitir um gasto destes, desde que isso não significasse fazer empréstimos e contrair dívidas para realmente investir no concelho, e assim hipotecar o futuro.São importantes festas! É importante divertirmo-nos! Mas precisamos destes gastos de milhares de euros para nos divertirmos?Por um lado, há autarquias que dizem ter medidas de apoio às famílias para estas poderem ultrapassar a crise, por outro lado gastam milhares e milhares em festas, fazendo estes milhares de euros imensa falta a inúmeras famílias. Não vos parece uma contradição?Sei que as festas são necessárias, eu como jovem que o diga, mas convém que as autarquias nos dêem festas sem que, para isso, precisem de penhorar o futuro, e assim a vontade de muitos jovens ficarem ou regressarem à sua terra, pois sabem que as dívidas feitas hoje terão que ser pagas amanhã.*Coordenadora da JS de VRSA, estudante de EconomiaPublicado na rúbrica Paralelo 35 do jornal Barlavento


Em tempo de crise, quando devemos apertar os cintos, será que fazemos as escolhas certas no consumo?O nosso dinheiro é bem gasto?Em tempo de crise, quando devemos apertar os cintos, será que fazemos as escolhas certas no consumo?As famílias vêem-se com esse dilema diariamente nas compras que efectuam: quais os produtos essenciais, quais os supérfluos, qual a marca a comprar (as marcas brancas têm tido muita saída, como foi noticiado num jornal: «Venda de marcas brancas nos supermercados cresce 40%»). Enfim, procuramos a solução para termos qualidade a um bom preço.Nesta tarefa difícil, o poder local, porque se encontra próximo das famílias, deve ter em especial atenção fornecer apoio para que estas possam enfrentar a crise que vivemos.As escolhas que as famílias fazem nas suas compras diárias são as mesmas que as autarquias fazem quanto aos gastos públicos.Por exemplo, a família pensa: compramos um carro topo de gama, quando sabemos que ficaremos endividados para o resto da vida, ou um carro que chegue perfeitamente para as nossas necessidades a um bom preço?E as autarquias pensam: vamos gastar milhares de euros numa celebridade por dois dias, ou investimos esse dinheiro a ajudar famílias carenciadas do concelho?Parece-me que, quer a família, quer a autarquia, não deveriam ter grande dificuldade em obter uma resposta, mas acho que algumas têm algumas dúvidas...Em tempo de crise, uma autarquia deve gastar milhares de euros numa passagem de ano? Deve gastar milhares de euros num famoso para alegrar o Carnaval?Não menosprezando o trabalho dos artistas, muito pelo contrário, admiro muito o trabalho desenvolvido por estes, a culpa não é deles, mas é de quem os contrata pagando milhares de euros.Se estivéssemos em tempos de colher os louros, em tempos de abundância, ainda poderíamos admitir um gasto destes, desde que isso não significasse fazer empréstimos e contrair dívidas para realmente investir no concelho, e assim hipotecar o futuro.São importantes festas! É importante divertirmo-nos! Mas precisamos destes gastos de milhares de euros para nos divertirmos?Por um lado, há autarquias que dizem ter medidas de apoio às famílias para estas poderem ultrapassar a crise, por outro lado gastam milhares e milhares em festas, fazendo estes milhares de euros imensa falta a inúmeras famílias. Não vos parece uma contradição?Sei que as festas são necessárias, eu como jovem que o diga, mas convém que as autarquias nos dêem festas sem que, para isso, precisem de penhorar o futuro, e assim a vontade de muitos jovens ficarem ou regressarem à sua terra, pois sabem que as dívidas feitas hoje terão que ser pagas amanhã.*Coordenadora da JS de VRSA, estudante de EconomiaPublicado na rúbrica Paralelo 35 do jornal Barlavento

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