Sunshine: E se...

12-02-2008
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foto de David Martins

No outro dia li, não sei onde, uma história deste género:

Uma família recebe um telefonema de um filho que não viam há uns anos, porque tinha ido para a guerra. Nesse telefonema, o rapaz diz que ía voltar para casa e que queria levar também um amigo que não tinha família e que precisava de ajuda. Os familiares apoiaram a ideia, e afirmaram que o íam ajudar.

No entanto, o filho diz-lhes também que o amigo tinha perdido uma perna e um braço numa explosão. Os pais respondem que essa situação era diferente, e que não tinham condições para o ter em casa. Que o podiam ajudar, mas que não o queriam em casa.

No dia seguinte, recebem um telefonema da polícia, para ir reconhecer o corpo do filho que se tinha suicidado. Quando o vêm, constatam que ele se encontrava sem um braço e uma perna!...

Chocam-nos sempre as desgraças dos outros, choramos com eles, lamentamo-nos com eles, mas trata-se da vida deles... Pensamos que felizmente não nos tocou a nós a sua desgraça!

Nesta história, o rapaz pôs à prova a capacidade dos pais o aceitarem com a sua deficiência, sem lhes querer "abrir o jogo" e constatou que seria difícil para eles o aceitarem dessa maneira!

Provavelmente muitos de nós teriam agido como os pais dele, ao saber que iríamos arcar com um "fardo" tão grande, por alguém que nem sequer conhecíamos. Mas a realidade, é que é diferente quando a "desgraça" se dá com os nossos! A nossa capacidade de amar é incrível, e quase ninguém era capaz de "pôr para trás" alguém que amamos por um acontecimento deste género.

Por exemplo, se alguém me perguntasse se seria capaz de namorar com um rapaz paraplégico, possivelmente diria que só se gostasse mesmo muito dele. Possivelmente preferiria arranjar um namorado sem qualquer deficiência. Acho que quase toda a gente pensaria como eu... Afinal se pudermos escolher entre uma saída complicada e outra bem mais fácil, qual escolheríamos?

No entanto, há dois meses atrás vivi uma situação que até já foquei num artigo anterior. O meu namorado teve um acidente e teve que se mover de cadeira de rodas durante um mês e pouco. Felizmente foi uma situação temporária. E se não fosse? Se não fosse, não mudaria os meus sentimentos por ele. Era incapaz de o deixar por esse motivo! Nós temos a capacidade de nos adaptar às situações e tal como ele se iria adaptar, também eu o faria. E se tudo corresse bem, não deixaríamos de ser felizes por esse motivo.

É mais fácil viver sem qualquer tipo de dificuldade, mas e se nos acontece? Deixamos de ser quem somos? As pessoas que antes gostavam, de nós, deixam de o fazer? Claro que não. Temos sempre que desejar que as desgraças fiquem longe de nós... mas tudo é possível! E se acontecer, temos que ter a força suficiente para superar a situação.

foto de David Martins

No outro dia li, não sei onde, uma história deste género:

Uma família recebe um telefonema de um filho que não viam há uns anos, porque tinha ido para a guerra. Nesse telefonema, o rapaz diz que ía voltar para casa e que queria levar também um amigo que não tinha família e que precisava de ajuda. Os familiares apoiaram a ideia, e afirmaram que o íam ajudar.

No entanto, o filho diz-lhes também que o amigo tinha perdido uma perna e um braço numa explosão. Os pais respondem que essa situação era diferente, e que não tinham condições para o ter em casa. Que o podiam ajudar, mas que não o queriam em casa.

No dia seguinte, recebem um telefonema da polícia, para ir reconhecer o corpo do filho que se tinha suicidado. Quando o vêm, constatam que ele se encontrava sem um braço e uma perna!...

Chocam-nos sempre as desgraças dos outros, choramos com eles, lamentamo-nos com eles, mas trata-se da vida deles... Pensamos que felizmente não nos tocou a nós a sua desgraça!

Nesta história, o rapaz pôs à prova a capacidade dos pais o aceitarem com a sua deficiência, sem lhes querer "abrir o jogo" e constatou que seria difícil para eles o aceitarem dessa maneira!

Provavelmente muitos de nós teriam agido como os pais dele, ao saber que iríamos arcar com um "fardo" tão grande, por alguém que nem sequer conhecíamos. Mas a realidade, é que é diferente quando a "desgraça" se dá com os nossos! A nossa capacidade de amar é incrível, e quase ninguém era capaz de "pôr para trás" alguém que amamos por um acontecimento deste género.

Por exemplo, se alguém me perguntasse se seria capaz de namorar com um rapaz paraplégico, possivelmente diria que só se gostasse mesmo muito dele. Possivelmente preferiria arranjar um namorado sem qualquer deficiência. Acho que quase toda a gente pensaria como eu... Afinal se pudermos escolher entre uma saída complicada e outra bem mais fácil, qual escolheríamos?

No entanto, há dois meses atrás vivi uma situação que até já foquei num artigo anterior. O meu namorado teve um acidente e teve que se mover de cadeira de rodas durante um mês e pouco. Felizmente foi uma situação temporária. E se não fosse? Se não fosse, não mudaria os meus sentimentos por ele. Era incapaz de o deixar por esse motivo! Nós temos a capacidade de nos adaptar às situações e tal como ele se iria adaptar, também eu o faria. E se tudo corresse bem, não deixaríamos de ser felizes por esse motivo.

É mais fácil viver sem qualquer tipo de dificuldade, mas e se nos acontece? Deixamos de ser quem somos? As pessoas que antes gostavam, de nós, deixam de o fazer? Claro que não. Temos sempre que desejar que as desgraças fiquem longe de nós... mas tudo é possível! E se acontecer, temos que ter a força suficiente para superar a situação.

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