Pensamento Alinhado: Desemprego

29-09-2009
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Todos nós sabemos o que esta crise provocou em termos de destruição de emprego em Portugal, na Europa e por todo o mundo. E as consequências que esse desemprego pode ter na sociedade. Num post anterior analisei o desemprego numa perspectiva económica e na necessidade de o combater para o país se desenvolver economicamente. Hoje o debate centra-se no desemprego mas numa perspectiva social.Este artigo do i é bastante preocupante. Refere que até ao final deste ano, cerca de 95 mil postos de trabalho podem-se perder no sector da construção civil que actualmente emprega 350 mil trabalhadores. A crise é a "culpada" e mais especificamente, o sector habitacional. Em 2008 construíram-se 54 mil fogos mas este ano não deverá exceder os 36 mil. O investimento público tarda em chegar e existe uma necessidade urgente de novas soluções. Reis Campos, presidente da AICCOP já fez as contas e estima um gasto de 3 mil milhões de euros por parte do Estado em subsídios de desemprego. O mesmo reuniu-se com o Secretário de Estado do Ordenamento do Território e propôs-lhe que o governo gastasse esse mesmo montante em programas de reabilitação urbana. Estes programas poderiam sustentar o sector e evitar que estes postos de trabalho se perdessem.Continuando o "passeio" pela net, deparei-me com este artigo do Destak que aborda novamente a problemática do desemprego. O Centro Porta Amiga da AMI em Almada não está a conseguir apoiar todos os pedidos de géneros alimentícios que recebe. Tal facto deve-se ao elevado crescimento do número de pedidos, situação directamente relacionada com o aumento do desemprego refere Maria Cachapa, directora técnica do centro. Em Dezembro de 2008 estavam inscritas cerca de 4000 pessoas no Centro, número esse que seguramente já aumentou.Estes dois artigos e muitos outros que todos os dias diariamente nos invadem o pensamento são extremamente preocupantes e contêm em si uma mensagem de actuação urgente. Independentemente da nossa orientação política, do nosso pensamento económico, etc. penso que é claro para todos nós que a actual situação é insustentável. De todos os pontos de vista (queda de receitas por parte do estado, contração económica, ...) mas essencialmente do ponto de vista social. O desemprego acima de tudo é um problema social.Diminuição do poder de compra, acumulação de dívidas, desespero, infelicidade, criminalidade, pobreza. Tudo termos directamente relacionados com a falta de emprego. É necessário agir e essa acção cabe a todos aqueles que desempenham um papel activo na sociedade.Não cabe somente ao poder central envolver-se e tentar resolver a situação. É necessário todos partilharmos essa responsabilidade. O poder central deve auxiliar os desempregados, deve conferir-lhes protecção social. Mas sozinho não vai conseguir resolver o problema. O desemprego vai continuar a aumentar, a criminalidade vai continuar a aumentar, o fosso entre ricos e pobres vai continuar a aumentar, as desigualdades sociais e a acumulação de dívidas vão continuar a aumentar, a perda de capital humano vai continuar a aumentar. O desemprego leva a uma "regressão" da sociedade, na medida em que vai rompendo com toda a construção e conquista de melhorias de qualidade de vida atingidas até então.E para reverter o processo é necessária a acção de todos os intervenientes. É preciso a UE debater e apresentar soluções em conjunto, obrigando ao auxílio mútuo entre países. É preciso o nosso governo estudar opções e de acordo com a sua orientação, necessita de agir. É preciso a oposição apresentar propostas que realmente acredita que possam reverter a situação e de seguida necessita debatê-las com o governo. É preciso as empresas despertarem para esta realidade e tomarem o seu papel. É preciso o poder local intervir e não ficar à espera de soluções centrais. As câmaras municipais e as juntas de freguesia têm um conhecimento pormenorizado e específico dos problemas mas também das soluções. É preciso a intervenção das instituições que são absolutamente essenciais nestas situações. É preciso a intervenção de todos nós enquanto pessoas individuais.É necessária a intervenção de todos porque o desemprego é um problema de todos.


Todos nós sabemos o que esta crise provocou em termos de destruição de emprego em Portugal, na Europa e por todo o mundo. E as consequências que esse desemprego pode ter na sociedade. Num post anterior analisei o desemprego numa perspectiva económica e na necessidade de o combater para o país se desenvolver economicamente. Hoje o debate centra-se no desemprego mas numa perspectiva social.Este artigo do i é bastante preocupante. Refere que até ao final deste ano, cerca de 95 mil postos de trabalho podem-se perder no sector da construção civil que actualmente emprega 350 mil trabalhadores. A crise é a "culpada" e mais especificamente, o sector habitacional. Em 2008 construíram-se 54 mil fogos mas este ano não deverá exceder os 36 mil. O investimento público tarda em chegar e existe uma necessidade urgente de novas soluções. Reis Campos, presidente da AICCOP já fez as contas e estima um gasto de 3 mil milhões de euros por parte do Estado em subsídios de desemprego. O mesmo reuniu-se com o Secretário de Estado do Ordenamento do Território e propôs-lhe que o governo gastasse esse mesmo montante em programas de reabilitação urbana. Estes programas poderiam sustentar o sector e evitar que estes postos de trabalho se perdessem.Continuando o "passeio" pela net, deparei-me com este artigo do Destak que aborda novamente a problemática do desemprego. O Centro Porta Amiga da AMI em Almada não está a conseguir apoiar todos os pedidos de géneros alimentícios que recebe. Tal facto deve-se ao elevado crescimento do número de pedidos, situação directamente relacionada com o aumento do desemprego refere Maria Cachapa, directora técnica do centro. Em Dezembro de 2008 estavam inscritas cerca de 4000 pessoas no Centro, número esse que seguramente já aumentou.Estes dois artigos e muitos outros que todos os dias diariamente nos invadem o pensamento são extremamente preocupantes e contêm em si uma mensagem de actuação urgente. Independentemente da nossa orientação política, do nosso pensamento económico, etc. penso que é claro para todos nós que a actual situação é insustentável. De todos os pontos de vista (queda de receitas por parte do estado, contração económica, ...) mas essencialmente do ponto de vista social. O desemprego acima de tudo é um problema social.Diminuição do poder de compra, acumulação de dívidas, desespero, infelicidade, criminalidade, pobreza. Tudo termos directamente relacionados com a falta de emprego. É necessário agir e essa acção cabe a todos aqueles que desempenham um papel activo na sociedade.Não cabe somente ao poder central envolver-se e tentar resolver a situação. É necessário todos partilharmos essa responsabilidade. O poder central deve auxiliar os desempregados, deve conferir-lhes protecção social. Mas sozinho não vai conseguir resolver o problema. O desemprego vai continuar a aumentar, a criminalidade vai continuar a aumentar, o fosso entre ricos e pobres vai continuar a aumentar, as desigualdades sociais e a acumulação de dívidas vão continuar a aumentar, a perda de capital humano vai continuar a aumentar. O desemprego leva a uma "regressão" da sociedade, na medida em que vai rompendo com toda a construção e conquista de melhorias de qualidade de vida atingidas até então.E para reverter o processo é necessária a acção de todos os intervenientes. É preciso a UE debater e apresentar soluções em conjunto, obrigando ao auxílio mútuo entre países. É preciso o nosso governo estudar opções e de acordo com a sua orientação, necessita de agir. É preciso a oposição apresentar propostas que realmente acredita que possam reverter a situação e de seguida necessita debatê-las com o governo. É preciso as empresas despertarem para esta realidade e tomarem o seu papel. É preciso o poder local intervir e não ficar à espera de soluções centrais. As câmaras municipais e as juntas de freguesia têm um conhecimento pormenorizado e específico dos problemas mas também das soluções. É preciso a intervenção das instituições que são absolutamente essenciais nestas situações. É preciso a intervenção de todos nós enquanto pessoas individuais.É necessária a intervenção de todos porque o desemprego é um problema de todos.

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