O Comércio do Porto

05-05-2005
marcar artigo

"Terceira via" de António Borges ensombra congresso do PSD em Pombal SERVIÇOS Imprimir esta página Contactar Anterior Voltar Seguinte

Economista não disputa liderança. Não se sabe também se vai apresentar uma lista ao Conselho Nacional

Marques Mendes e Luís Filipe Menezes: um dos dois vai suceder a Pedro Santana Lopes à frente do PSD

GUILHERME SOARES E PAULO ALEXANDRE NEVES

O Congresso do PSD, que hoje se inicia em Pombal, está "ensombrado" pela "terceira via", que não se apresenta na corrida à liderança do PSD, através do seu primeiro principal subscritor, António Borges, mas que mexe nas duas candidaturas oficiais: as de Marques Mendes e Luís Filipe Menezes. Quanto ao futuro líder, ninguém arrisca um prognóstico, com ambas as facções a ter, para já, um discurso de grande contenção.

Mesmo que não avance com uma candidatura à liderança do PSD, António Borges foi dos poucos sociais-democratas a ter, esta semana, grande visibilidade mediática, superando, inclusivamente, Marques Mendes e Menezes. Desdobrou-se em entrevistas, falou da "terceira via", manifestou o seu apoio a Marques Mendes, incluindo a ideia de disponibilidade para avançar em... 2007.

Quanto à moção - "Transformar Portugal - Por um país íntegro, solidário, justo, próspero e moderno", cujo primeiro subscritor é também o militante número um do PSD, Pinto Balsemão, eram ontem contraditórias as informações acerca do seu futuro imediato. Uns davam como certa a possibilidade de criação, por parte da "terceira via", de uma lista para o Conselho Nacional, outros preferiam negar esse cenário, falando apenas na necessidade de discussão e debate de ideias interno. Ainda assim é previsível que António Borges seja acossado por um dos dois candidatos a disputar já a liderança do PSD.

Nove meses depois um novo líder

Nove meses depois de Pedro Santana Lopes ter chegado à liderança social-democrata, o partido escolhe, agora, entre Marques Mendes e Luís Filipe Menezes.

A forma como Santana Lopes conduziu o partido e o próprio Governo deverá ser um dos assuntos em discussão no congresso do PSD, que hoje começa, ao final da tarde, com o discurso de "despedida" de Santana Lopes.

"É tempo de olhar para a frente, mas também é agora o tempo de discutir o que correu mal. De olhar para trás para não repetir no futuro os erros cometidos", disse Marques Mendes durante a campanha interna.

Pelo contrário, Luís Filipe Menezes sempre foi visto como "próximo" de Santana Lopes, continuando ainda a defender que o ex-primeiro-ministro não pode ser apontado como o único responsável da pesada derrota PSD nas legislativas de Fevereiro. "Não foram as pessoas que falharam", afirmou recentemente, colocando o ónus do fracasso eleitoral nos três anos de governação social-democrata (incluindo os dois anos de Governo de Durão Barroso) e não apenas no período em que Santana Lopes esteve à frente do partido e do Governo.

Domingo, dia em que os 750 delegados do XXVII Congresso votam, será então conhecido o sucessor de Santana. Nesse mesmo dia, o novo líder do PSD irá fazer o seu primeiro discurso.

JSD dividida

À JSD está sempre reservado um importante papel, valendo os seus delegados cerca de 20 por cento dos votos. Ao COMÉRCIO, fonte bem colocada revela que "está tudo muito dividido" na "jota", dada a liberdade de voto concedida pelo seu líder, Daniel Fangueiro. Isto apesar de Menezes convocar para si o apoio maioritário da estrutura mais jovem do PSD, como o fez recentemente quando Fangueiro "roubou" a liderança a Jorge Nuno Sá.

"Estou certo que Menezes será o próximo líder do PSD"

O líder da Distrital do PSD/Porto, Marco António Costa, diz estar certo que Luís Filipe Menzes "será o próximo líder do PSD". Em declarações ao COMÉRCIO, Marco António confessou-se "desiludido" por não ter sido possível a eleição por todos os militantes do futuro líder, mas afirma-se "confiante" nas escolhas dos delegados.

Sobre se acredita que o novo líder do PSD será o próximo candidado a primeiro-ministro do partido (dentro de quatro anos se nada de anormal acontecer, portanto), Marco António afirmou ser "difícil em política fazer esse tipo de previsões", mas "em nome da estabilidade, e caso os resultados eleitorais intercalares o permitam, é desejável uma liderança duradoura". Sobre a emergência de uma "terceira via" no PS, protagonizada por António Borges, o líder do PSD/Porto diz: "não me merece nenhum tipo de consideração ou comentário".

Início

O Comércio do Porto é um produto da Editorial Prensa Ibérica.

Fica expressamente proibida a reprodução total ou parcial dos conteúdos oferecidos através deste meio, salvo autorização expressa de O Comércio do Porto

"Terceira via" de António Borges ensombra congresso do PSD em Pombal SERVIÇOS Imprimir esta página Contactar Anterior Voltar Seguinte

Economista não disputa liderança. Não se sabe também se vai apresentar uma lista ao Conselho Nacional

Marques Mendes e Luís Filipe Menezes: um dos dois vai suceder a Pedro Santana Lopes à frente do PSD

GUILHERME SOARES E PAULO ALEXANDRE NEVES

O Congresso do PSD, que hoje se inicia em Pombal, está "ensombrado" pela "terceira via", que não se apresenta na corrida à liderança do PSD, através do seu primeiro principal subscritor, António Borges, mas que mexe nas duas candidaturas oficiais: as de Marques Mendes e Luís Filipe Menezes. Quanto ao futuro líder, ninguém arrisca um prognóstico, com ambas as facções a ter, para já, um discurso de grande contenção.

Mesmo que não avance com uma candidatura à liderança do PSD, António Borges foi dos poucos sociais-democratas a ter, esta semana, grande visibilidade mediática, superando, inclusivamente, Marques Mendes e Menezes. Desdobrou-se em entrevistas, falou da "terceira via", manifestou o seu apoio a Marques Mendes, incluindo a ideia de disponibilidade para avançar em... 2007.

Quanto à moção - "Transformar Portugal - Por um país íntegro, solidário, justo, próspero e moderno", cujo primeiro subscritor é também o militante número um do PSD, Pinto Balsemão, eram ontem contraditórias as informações acerca do seu futuro imediato. Uns davam como certa a possibilidade de criação, por parte da "terceira via", de uma lista para o Conselho Nacional, outros preferiam negar esse cenário, falando apenas na necessidade de discussão e debate de ideias interno. Ainda assim é previsível que António Borges seja acossado por um dos dois candidatos a disputar já a liderança do PSD.

Nove meses depois um novo líder

Nove meses depois de Pedro Santana Lopes ter chegado à liderança social-democrata, o partido escolhe, agora, entre Marques Mendes e Luís Filipe Menezes.

A forma como Santana Lopes conduziu o partido e o próprio Governo deverá ser um dos assuntos em discussão no congresso do PSD, que hoje começa, ao final da tarde, com o discurso de "despedida" de Santana Lopes.

"É tempo de olhar para a frente, mas também é agora o tempo de discutir o que correu mal. De olhar para trás para não repetir no futuro os erros cometidos", disse Marques Mendes durante a campanha interna.

Pelo contrário, Luís Filipe Menezes sempre foi visto como "próximo" de Santana Lopes, continuando ainda a defender que o ex-primeiro-ministro não pode ser apontado como o único responsável da pesada derrota PSD nas legislativas de Fevereiro. "Não foram as pessoas que falharam", afirmou recentemente, colocando o ónus do fracasso eleitoral nos três anos de governação social-democrata (incluindo os dois anos de Governo de Durão Barroso) e não apenas no período em que Santana Lopes esteve à frente do partido e do Governo.

Domingo, dia em que os 750 delegados do XXVII Congresso votam, será então conhecido o sucessor de Santana. Nesse mesmo dia, o novo líder do PSD irá fazer o seu primeiro discurso.

JSD dividida

À JSD está sempre reservado um importante papel, valendo os seus delegados cerca de 20 por cento dos votos. Ao COMÉRCIO, fonte bem colocada revela que "está tudo muito dividido" na "jota", dada a liberdade de voto concedida pelo seu líder, Daniel Fangueiro. Isto apesar de Menezes convocar para si o apoio maioritário da estrutura mais jovem do PSD, como o fez recentemente quando Fangueiro "roubou" a liderança a Jorge Nuno Sá.

"Estou certo que Menezes será o próximo líder do PSD"

O líder da Distrital do PSD/Porto, Marco António Costa, diz estar certo que Luís Filipe Menzes "será o próximo líder do PSD". Em declarações ao COMÉRCIO, Marco António confessou-se "desiludido" por não ter sido possível a eleição por todos os militantes do futuro líder, mas afirma-se "confiante" nas escolhas dos delegados.

Sobre se acredita que o novo líder do PSD será o próximo candidado a primeiro-ministro do partido (dentro de quatro anos se nada de anormal acontecer, portanto), Marco António afirmou ser "difícil em política fazer esse tipo de previsões", mas "em nome da estabilidade, e caso os resultados eleitorais intercalares o permitam, é desejável uma liderança duradoura". Sobre a emergência de uma "terceira via" no PS, protagonizada por António Borges, o líder do PSD/Porto diz: "não me merece nenhum tipo de consideração ou comentário".

Início

O Comércio do Porto é um produto da Editorial Prensa Ibérica.

Fica expressamente proibida a reprodução total ou parcial dos conteúdos oferecidos através deste meio, salvo autorização expressa de O Comércio do Porto

marcar artigo