PEDRO QUARTIN GRAÇA

25-06-2009
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O ABORTO EM NÚMEROS – PARA REFLECTIR!AumentoSuécia (entre 1960-2004) 1.134 %United Kingdom ( entre 1968-2002) 733 %Espanha (entre 1987-2003) 375.9 %Grécia (entre 1989-2001) 200.8 %As estatísticas oficiais depois da legalização revelam que, apesar da difusão do planeamento familiar, o número de abortos é muito elevado, a ponto de se poder falar em verdadeira banalização desta prática:Percentagem de abortos legais em relação aos nascimentos - 34,8% na Suécia, 26,5% no Reino Unido, 26,8% na Dinamarca, 26,6% em Itália e 22,6% na França, (Famiglia Cristiana, nº 28/2002, pg. 21)A DESPENALIZAÇÃO FAZ AUMENTAR O NÚMERO DE ABORTOSAUMENTO DO ABORTO SEGUNDO A EUROSTAT•O número de abortos tem vindo a aumentar todos os anos desde a despenalização em 1985•Em 2004 fizeram-se 84.985 abortos legais, mais de 230 abortos por dia (mais 6,5% do que em 2003)•Quase 1/6 das mulheres grávidas abortou•Somente 3% devido a risco de malformação fetal e 0,02% devido a violação•Mais de 96% dos abortos foram justificados por “risco para a saúde da mãe”, na sua enorme maioria por razões psicológicas, no entanto, a medicina nos países desenvolvidos praticamente fez desaparecer os riscos físicos da gravidez para a mãe (pode-se operar ao coração uma mulher grávida…) e os riscos psíquicos são mais que duvidosos (o parecer elaborado pelo Colégio de Especialidade de Psiquiatria considera que não há nenhuma situação em que o risco de «grave e duradoura lesão para a saúde psíquica» da mulher, consubstancie a necessidade de recorrer a uma IVG. Isto é, «não há nenhum diagnóstico do foro psiquiátrico que, inequivocamente, implique tal pressuposto». Germano de Sousa, Bastonário da Ordem dos Médicos, considera que o aborto «não só pode não garantir a resolução do sofrimento como até pode induzi-lo ou agravá-lo».•Quase 90% dos abortos foram realizados em clínicas privadas apesar de praticamente todas as comunidades autónomas terem centros de saúde pública para IVG (põe-se a questão das clínicas privadas, cujo objectivo é o lucro, serem muito menos exigentes no que diz respeito ao cumprimento da lei)• Mais de 50% mulheres entre os 20 e 29 anos (somente 13% entre os 15 e 19 anos)Após 15 anos de despenalização•Absoluta indiferença perante o problema•Clínicas anunciadas nos jornais•O aborto cresceu 4 vezes mais que os nascimentos (nos últimos anos a taxa de abortos aumentou 55,6%, e a natalidade só 12,9%)ESPANHA: ESTATÍSTICAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE ESPANHOL SOBRE 2004O aborto legal aumenta muito depois da legalização e o aborto clandestino não diminui (o que se vê pelas entradas em hospital devidas a essa causa).Nos locais onde o aborto é feito em clínicas privadas o lucro financeiro sobrepõe-se ao rigor no cumprimento da lei: em Portugal, 77,6% dos abortos legais feitos nos hospitais públicos têm causa fetal, e só 17,3% têm causa materna (Direcção Geral de Saúde -2004), em Espanha, onde cerca de 90% dos abortos são feitos em clínicas privadas, mais de 96% dos abortos são justificados por risco para a saúde da mãe, quase todos por “causas psicológicas”, e só 3% se devem a deficiência do feto.Fonte: Eurostat 2007 KVV 3/2ALGUNS EXEMPLOS DE MANIPULAÇÃO DOS NÚMEROS:Não há dados absolutamente seguros quanto ao aborto clandestino antes da legalização, por isso é fácil manipular dados e lançar números alarmantes para a opinião pública:EM PORTUGALA LEI TEM UM EFEITO DISSUASORNos E.U.A., 3 anos após a legalização do aborto, 72% das mulheres interrogadas afirmaram categoricamente que se o aborto fosse ilegal nunca o teriam feito; 24% exprimiram dúvidas sobre se o teriam feito ou não; somente 4% das interrogadas afirmaram que teriam feito o aborto ainda que ele fosse ilegal. (Cf. Aborted Women: Silent No More, David Reardon, Chicago, Loyola University Press, 1987).”Após 25 anos de liberalização, esta não diminuiu a prática (40% dos abortos são repetidos)Conclusões das estatísticas oficiais depois da legalização:Legalização do aborto e planeamento familiar:As estatísticas revelam que o número de abortos vai crescendo, e não diminuindo. Quando não se verifica esse aumento, isso pode facilmente explicar-se pela difusão do planeamento familiar (que evidentemente não depende da legalização do aborto). Contudo, a legalização do aborto faz com que este passe a ser um recurso mais frequente em caso de falhas dos métodos de planeamento familiar. A este respeito, a experiência da França é elucidativa. Um estudo do Institut National d’ Études Démographiques (ver Population et Société, nº 407) revela que o número de gravidezes imprevistas desceu de 46% em 1975 (ano da legalização do aborto) para 23% em 2004. O número de abortos em caso de gravidez imprevista subiu no mesmo período de 41% para 60%. Em conclusão, a legalização do aborto impede até que a difusão do planeamento familiar contribua para a diminuição da sua prática.Legalização do aborto e gravidez adolescente:Em Portugal, a gravidez adolescente (assim considerada até aos 20 anos da mãe) de há 30 anos para cá diminui todos os anos. Temos menos gravidez adolescente que o Canadá, E.U.A. ou Nova Zelândia (onde o aborto é legal). Os países nórdicos têm menos partos de adolescentes porque têm muito mais aborto adolescente (as jovens continuam a engravidar só que não levam a gravidez até ao fim)Em Portugal, ¾ dos casos de gravidez adolescente são de maiores de 17 anos, e a maioria dos casos abaixo desta idade são de jovens com vida marital por opção, do interior do país, e de etnias cigana, guineense e cabo verdiana, que não desejavam abortar mesmo que o aborto fosse legal.A POPULAÇÃO EUROPEIA ESTÁ EM QUEDA ABSOLUTA:Segundo as previsões da ONU (State of World Population 2004, UNFPA) a UE25, que actualmente representa 7,1% da população do mundo, descerá para 4,8% a meio do século.Portugal tem um contínuo défice de 55000 nascimentos por ano, isto é, 6 por hora.O alarmismo:108.000 abortos por ano e 11.000 internamentos no hospital devido a esta causa! Foi o número lançado na comunicação social como referente a abortos provocados clandestinos (que supostamente deixariam as mulheres em perigo de morte).A realidade:Não há nenhum estudo que indique o número de abortos clandestinos, mas houve 1426 entradas em hospital por aborto clandestino, das quais mais de 89% por aborto incompleto ou retido, e somente 56 casos na sequência de complicações de saúde (infecções).Não houve nenhuma morte.(Dados da Dir.-Geral de Saúde - 2004)Comparação com outras realidades:Em Portugal, no mesmo ano de 2004, houve mais de 35.000 internamentos e mais de 300.000 consultas nos hospitais públicos só nos serviços de Cardiologia.(Ministério da Saúde – IGIF: Inst. de Gestão Informática e Financeira da Saúde)EM FRANÇAAntes da legalização avançavam-se números que oscilavam entre os 300.000 e os 2.500.000! Segundo um estudo (este oficial e credível) do Institut National d´Études Démographiques (in Population et Société, nº 407), esse número seria de 50.000 a 60.000. Depois da legalização, o número de abortos anuais ronda os 200.000.


O ABORTO EM NÚMEROS – PARA REFLECTIR!AumentoSuécia (entre 1960-2004) 1.134 %United Kingdom ( entre 1968-2002) 733 %Espanha (entre 1987-2003) 375.9 %Grécia (entre 1989-2001) 200.8 %As estatísticas oficiais depois da legalização revelam que, apesar da difusão do planeamento familiar, o número de abortos é muito elevado, a ponto de se poder falar em verdadeira banalização desta prática:Percentagem de abortos legais em relação aos nascimentos - 34,8% na Suécia, 26,5% no Reino Unido, 26,8% na Dinamarca, 26,6% em Itália e 22,6% na França, (Famiglia Cristiana, nº 28/2002, pg. 21)A DESPENALIZAÇÃO FAZ AUMENTAR O NÚMERO DE ABORTOSAUMENTO DO ABORTO SEGUNDO A EUROSTAT•O número de abortos tem vindo a aumentar todos os anos desde a despenalização em 1985•Em 2004 fizeram-se 84.985 abortos legais, mais de 230 abortos por dia (mais 6,5% do que em 2003)•Quase 1/6 das mulheres grávidas abortou•Somente 3% devido a risco de malformação fetal e 0,02% devido a violação•Mais de 96% dos abortos foram justificados por “risco para a saúde da mãe”, na sua enorme maioria por razões psicológicas, no entanto, a medicina nos países desenvolvidos praticamente fez desaparecer os riscos físicos da gravidez para a mãe (pode-se operar ao coração uma mulher grávida…) e os riscos psíquicos são mais que duvidosos (o parecer elaborado pelo Colégio de Especialidade de Psiquiatria considera que não há nenhuma situação em que o risco de «grave e duradoura lesão para a saúde psíquica» da mulher, consubstancie a necessidade de recorrer a uma IVG. Isto é, «não há nenhum diagnóstico do foro psiquiátrico que, inequivocamente, implique tal pressuposto». Germano de Sousa, Bastonário da Ordem dos Médicos, considera que o aborto «não só pode não garantir a resolução do sofrimento como até pode induzi-lo ou agravá-lo».•Quase 90% dos abortos foram realizados em clínicas privadas apesar de praticamente todas as comunidades autónomas terem centros de saúde pública para IVG (põe-se a questão das clínicas privadas, cujo objectivo é o lucro, serem muito menos exigentes no que diz respeito ao cumprimento da lei)• Mais de 50% mulheres entre os 20 e 29 anos (somente 13% entre os 15 e 19 anos)Após 15 anos de despenalização•Absoluta indiferença perante o problema•Clínicas anunciadas nos jornais•O aborto cresceu 4 vezes mais que os nascimentos (nos últimos anos a taxa de abortos aumentou 55,6%, e a natalidade só 12,9%)ESPANHA: ESTATÍSTICAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE ESPANHOL SOBRE 2004O aborto legal aumenta muito depois da legalização e o aborto clandestino não diminui (o que se vê pelas entradas em hospital devidas a essa causa).Nos locais onde o aborto é feito em clínicas privadas o lucro financeiro sobrepõe-se ao rigor no cumprimento da lei: em Portugal, 77,6% dos abortos legais feitos nos hospitais públicos têm causa fetal, e só 17,3% têm causa materna (Direcção Geral de Saúde -2004), em Espanha, onde cerca de 90% dos abortos são feitos em clínicas privadas, mais de 96% dos abortos são justificados por risco para a saúde da mãe, quase todos por “causas psicológicas”, e só 3% se devem a deficiência do feto.Fonte: Eurostat 2007 KVV 3/2ALGUNS EXEMPLOS DE MANIPULAÇÃO DOS NÚMEROS:Não há dados absolutamente seguros quanto ao aborto clandestino antes da legalização, por isso é fácil manipular dados e lançar números alarmantes para a opinião pública:EM PORTUGALA LEI TEM UM EFEITO DISSUASORNos E.U.A., 3 anos após a legalização do aborto, 72% das mulheres interrogadas afirmaram categoricamente que se o aborto fosse ilegal nunca o teriam feito; 24% exprimiram dúvidas sobre se o teriam feito ou não; somente 4% das interrogadas afirmaram que teriam feito o aborto ainda que ele fosse ilegal. (Cf. Aborted Women: Silent No More, David Reardon, Chicago, Loyola University Press, 1987).”Após 25 anos de liberalização, esta não diminuiu a prática (40% dos abortos são repetidos)Conclusões das estatísticas oficiais depois da legalização:Legalização do aborto e planeamento familiar:As estatísticas revelam que o número de abortos vai crescendo, e não diminuindo. Quando não se verifica esse aumento, isso pode facilmente explicar-se pela difusão do planeamento familiar (que evidentemente não depende da legalização do aborto). Contudo, a legalização do aborto faz com que este passe a ser um recurso mais frequente em caso de falhas dos métodos de planeamento familiar. A este respeito, a experiência da França é elucidativa. Um estudo do Institut National d’ Études Démographiques (ver Population et Société, nº 407) revela que o número de gravidezes imprevistas desceu de 46% em 1975 (ano da legalização do aborto) para 23% em 2004. O número de abortos em caso de gravidez imprevista subiu no mesmo período de 41% para 60%. Em conclusão, a legalização do aborto impede até que a difusão do planeamento familiar contribua para a diminuição da sua prática.Legalização do aborto e gravidez adolescente:Em Portugal, a gravidez adolescente (assim considerada até aos 20 anos da mãe) de há 30 anos para cá diminui todos os anos. Temos menos gravidez adolescente que o Canadá, E.U.A. ou Nova Zelândia (onde o aborto é legal). Os países nórdicos têm menos partos de adolescentes porque têm muito mais aborto adolescente (as jovens continuam a engravidar só que não levam a gravidez até ao fim)Em Portugal, ¾ dos casos de gravidez adolescente são de maiores de 17 anos, e a maioria dos casos abaixo desta idade são de jovens com vida marital por opção, do interior do país, e de etnias cigana, guineense e cabo verdiana, que não desejavam abortar mesmo que o aborto fosse legal.A POPULAÇÃO EUROPEIA ESTÁ EM QUEDA ABSOLUTA:Segundo as previsões da ONU (State of World Population 2004, UNFPA) a UE25, que actualmente representa 7,1% da população do mundo, descerá para 4,8% a meio do século.Portugal tem um contínuo défice de 55000 nascimentos por ano, isto é, 6 por hora.O alarmismo:108.000 abortos por ano e 11.000 internamentos no hospital devido a esta causa! Foi o número lançado na comunicação social como referente a abortos provocados clandestinos (que supostamente deixariam as mulheres em perigo de morte).A realidade:Não há nenhum estudo que indique o número de abortos clandestinos, mas houve 1426 entradas em hospital por aborto clandestino, das quais mais de 89% por aborto incompleto ou retido, e somente 56 casos na sequência de complicações de saúde (infecções).Não houve nenhuma morte.(Dados da Dir.-Geral de Saúde - 2004)Comparação com outras realidades:Em Portugal, no mesmo ano de 2004, houve mais de 35.000 internamentos e mais de 300.000 consultas nos hospitais públicos só nos serviços de Cardiologia.(Ministério da Saúde – IGIF: Inst. de Gestão Informática e Financeira da Saúde)EM FRANÇAAntes da legalização avançavam-se números que oscilavam entre os 300.000 e os 2.500.000! Segundo um estudo (este oficial e credível) do Institut National d´Études Démographiques (in Population et Société, nº 407), esse número seria de 50.000 a 60.000. Depois da legalização, o número de abortos anuais ronda os 200.000.

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