PEDRO QUARTIN GRAÇA

25-06-2009
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Sexta, 28 de Abril de 2006 Programa de GovernoPS só quer decisão sobre nuclear depois de 2009 Rita Tavares O Programa de Governo não contempla uma central nuclear, mas o debate vai avançar já. O PSD quer referendo antes da decisão. O PS garantiu ontem que uma decisão política sobre a energia nuclear só será tomada depois de 2009, quando estiver feito o “debate racional”, pretendido pelo primeiro-ministro, sobre esta matéria. Para já, o Governo sabe que conta com a oposição de PSD, BE e Verdes, com os social-democratas a defenderem mesmo que qualquer decisão só seja tomada depois de um referendo nacional.O assinalar dos 20 anos sobre o acidente nuclear de Chernobyl serviu de pretexto à oposição para lembrar o recuo de José Sócrates sobre a energia nuclear. Em Fevereiro “afirmou publicamente que o nuclear não estava na agenda deste Governo”, recordou Quartin Graça, do PSD. “Escassos dois meses depois” o PM já falava num “debate racional” sobre o assunto. No entender social-democrata o discurso de Sócrates “cedeu às evidentes pressões do lobby nuclear”. Quartin Graça diz mesmo ser “falso” o argumento de que o nuclear seria uma resposta ao aumento do preço do petróleo já que é uma “forma mais cara de se produzir electricidade quando se considera o ciclo completo”. E exemplifica com França onde nos últimos 50 anos, “os subsídios públicos à energia nuclear foram na ordem dos 145 biliões de dólares”.Nesta ‘luta’, o PSD está ao lado do BE e dos Verdes. Alda Macedo, do Bloco, acusa o Governo de ter uma política de “cata-vento” na energia, lembrando que “há oito meses, a solução para a dependência do petróleo era o vento”. O BE alerta, tal como os Verdes , para o perigo que envolve a produção desta forma de energia. A tudo, o PS responde com o Programa de Governo. No plenário, José Lello disse mesmo que “não há nenhum argumento válido para defender o nuclear” . Ao DE, Vitalino Canas assegura que o que o Governo quer é “fazer um debate em dois ou três anos” para “numa próxima legislatura” avançar com a decisão política que “até pode ser negativa”. O porta-voz socialista defende Sócrates e acredita que “seria irracional não acompanhar o debate” feito em todo o Mundo sobre esta matéria, exemplificando com a Finlândia que está a construir uma central nuclear. Só CDS e PCP não apresentam objecções à discussão do nuclear. Pires de Lima lembra que o CDS foi “o primeiro a arrancar com esta discussão” que justifica com o aumento do preço do petróleo ou os custos de produção da energia eólica. No PCP; Agostinho Lopes não descarta o nuclear, desde que “discutida com toda a racionalidade e incluída num grande debate sobre energias em Portugal”.


Sexta, 28 de Abril de 2006 Programa de GovernoPS só quer decisão sobre nuclear depois de 2009 Rita Tavares O Programa de Governo não contempla uma central nuclear, mas o debate vai avançar já. O PSD quer referendo antes da decisão. O PS garantiu ontem que uma decisão política sobre a energia nuclear só será tomada depois de 2009, quando estiver feito o “debate racional”, pretendido pelo primeiro-ministro, sobre esta matéria. Para já, o Governo sabe que conta com a oposição de PSD, BE e Verdes, com os social-democratas a defenderem mesmo que qualquer decisão só seja tomada depois de um referendo nacional.O assinalar dos 20 anos sobre o acidente nuclear de Chernobyl serviu de pretexto à oposição para lembrar o recuo de José Sócrates sobre a energia nuclear. Em Fevereiro “afirmou publicamente que o nuclear não estava na agenda deste Governo”, recordou Quartin Graça, do PSD. “Escassos dois meses depois” o PM já falava num “debate racional” sobre o assunto. No entender social-democrata o discurso de Sócrates “cedeu às evidentes pressões do lobby nuclear”. Quartin Graça diz mesmo ser “falso” o argumento de que o nuclear seria uma resposta ao aumento do preço do petróleo já que é uma “forma mais cara de se produzir electricidade quando se considera o ciclo completo”. E exemplifica com França onde nos últimos 50 anos, “os subsídios públicos à energia nuclear foram na ordem dos 145 biliões de dólares”.Nesta ‘luta’, o PSD está ao lado do BE e dos Verdes. Alda Macedo, do Bloco, acusa o Governo de ter uma política de “cata-vento” na energia, lembrando que “há oito meses, a solução para a dependência do petróleo era o vento”. O BE alerta, tal como os Verdes , para o perigo que envolve a produção desta forma de energia. A tudo, o PS responde com o Programa de Governo. No plenário, José Lello disse mesmo que “não há nenhum argumento válido para defender o nuclear” . Ao DE, Vitalino Canas assegura que o que o Governo quer é “fazer um debate em dois ou três anos” para “numa próxima legislatura” avançar com a decisão política que “até pode ser negativa”. O porta-voz socialista defende Sócrates e acredita que “seria irracional não acompanhar o debate” feito em todo o Mundo sobre esta matéria, exemplificando com a Finlândia que está a construir uma central nuclear. Só CDS e PCP não apresentam objecções à discussão do nuclear. Pires de Lima lembra que o CDS foi “o primeiro a arrancar com esta discussão” que justifica com o aumento do preço do petróleo ou os custos de produção da energia eólica. No PCP; Agostinho Lopes não descarta o nuclear, desde que “discutida com toda a racionalidade e incluída num grande debate sobre energias em Portugal”.

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