AR: Profissionais agências comunicação não terão credenciação específica equiparada a jornalistas

31-01-2008
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Nacional

AR: Profissionais agências comunicação não terão credenciação específica equiparada a jornalistas

Lisboa, 30 Jan (Lusa) - O presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, comunicou hoje aos grupos parlamentares que não irá conceder "credenciação especifica" equiparada à dos jornalistas aos profissionais das agências de comunicação.

Segundo a porta-voz da conferência de líderes, a deputada socialista Celeste Correia, a informação foi transmitida hoje por Jaime Gama na habitual reunião do presidente da Assembleia da República com os líderes dos grupos parlamentares.

"De acordo com o presidente da Assembleia da República, não haverá credenciação específica para os profissionais das agências de comunicação", adiantou Celeste Correia.

Desta forma, acrescentou, os profissionais das agência de comunicação continuarão a ter um acesso ao Parlamento idêntico ao de todos os cidadãos.

Em Julho, durante uma conversa com os jornalistas acreditados na Assembleia da República, Jaime Gama já tinha revelado que, em seu entendimento, o acesso dos responsáveis das agências de comunicação ao Parlamento deveria manter-se tal como está, recusando dar-lhes um estatuto idêntico aos dos jornalistas.

Os jornalistas têm acesso a todos os trabalhos parlamentares, quer em plenário, quer nas comissões especializadas (à excepção das que decorrem à porta fechada).

A questão do acesso dos profissionais das agências de comunicação ao Parlamento surgiu na sequência de um pedido da empresa LPM, presidida por Luís Paixão Martins, para que possa ser concedida acreditação parlamentar aos profissionais da sua agência de comunicação, depois secundado pela empresa YoungNetwork, que elaborou a campanha de Lisboa do candidato do CDS-PP Telmo Correia.

Numa carta enviada ao Presidente da Assembleia da República a 19 de Janeiro de 2007, a LPM pediu a Jaime Gama que fosse concedido aos seus profissionais "um sistema de acreditação parlamentar" para acompanhamento dos trabalhos e o direito de acesso aos deputados "para obterem uma informação mais fidedigna de todo o processo legislativo".

Na carta, Luís Paixão Martins justificava o pedido sublinhando que muitas das organizações que recorrem à LPM "requerem um acompanhamento atento, tempestivo e regular das actividades da Assembleia da República".

"O nosso objectivo não é de forma alguma a de nos substituirmos ao papel dos media parlamentares, nem o de interferir com o processo legislativo, o que seria inapropriado e estranho", salientava Luís Paixão Martins.

Nas últimas semanas, a presença de profissionais das agências de comunicação no Parlamento voltou a estar na ordem do dia, depois da direcção de Luís Filipe Menezes ter contratado a Cunha Vaz & Associados para ajudar o PSD a "comunicar melhor".

De acordo com o secretário-geral do PSD, Ribau Esteves, a consultora integrará o novo gabinete de comunicação do PSD, "que terá uma solução de gestão directa com o secretário-geral, em representação do presidente do partido, e com o presidente do grupo parlamentar".

No entanto, o líder parlamentar social-democrata Pedro Santana Lopes já assegurou que ninguém aconselhará o grupo parlamentar do PSD sobre comunicação, estando ainda por definir se haverá algum representante da Cunha Vaz & Associados no Parlamento.

VAM/SMA.

Lusa/Fim

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Lisboa, 30 Jan (Lusa) - O presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, comunicou hoje aos grupos parlamentares que não irá conceder "credenciação especifica" equiparada à dos jornalistas aos profissionais das agências de comunicação.

Segundo a porta-voz da conferência de líderes, a deputada socialista Celeste Correia, a informação foi transmitida hoje por Jaime Gama na habitual reunião do presidente da Assembleia da República com os líderes dos grupos parlamentares.

"De acordo com o presidente da Assembleia da República, não haverá credenciação específica para os profissionais das agências de comunicação", adiantou Celeste Correia.

Desta forma, acrescentou, os profissionais das agência de comunicação continuarão a ter um acesso ao Parlamento idêntico ao de todos os cidadãos.

Em Julho, durante uma conversa com os jornalistas acreditados na Assembleia da República, Jaime Gama já tinha revelado que, em seu entendimento, o acesso dos responsáveis das agências de comunicação ao Parlamento deveria manter-se tal como está, recusando dar-lhes um estatuto idêntico aos dos jornalistas.

Os jornalistas têm acesso a todos os trabalhos parlamentares, quer em plenário, quer nas comissões especializadas (à excepção das que decorrem à porta fechada).

A questão do acesso dos profissionais das agências de comunicação ao Parlamento surgiu na sequência de um pedido da empresa LPM, presidida por Luís Paixão Martins, para que possa ser concedida acreditação parlamentar aos profissionais da sua agência de comunicação, depois secundado pela empresa YoungNetwork, que elaborou a campanha de Lisboa do candidato do CDS-PP Telmo Correia.

Numa carta enviada ao Presidente da Assembleia da República a 19 de Janeiro de 2007, a LPM pediu a Jaime Gama que fosse concedido aos seus profissionais "um sistema de acreditação parlamentar" para acompanhamento dos trabalhos e o direito de acesso aos deputados "para obterem uma informação mais fidedigna de todo o processo legislativo".

Na carta, Luís Paixão Martins justificava o pedido sublinhando que muitas das organizações que recorrem à LPM "requerem um acompanhamento atento, tempestivo e regular das actividades da Assembleia da República".

"O nosso objectivo não é de forma alguma a de nos substituirmos ao papel dos media parlamentares, nem o de interferir com o processo legislativo, o que seria inapropriado e estranho", salientava Luís Paixão Martins.

Nas últimas semanas, a presença de profissionais das agências de comunicação no Parlamento voltou a estar na ordem do dia, depois da direcção de Luís Filipe Menezes ter contratado a Cunha Vaz & Associados para ajudar o PSD a "comunicar melhor".

De acordo com o secretário-geral do PSD, Ribau Esteves, a consultora integrará o novo gabinete de comunicação do PSD, "que terá uma solução de gestão directa com o secretário-geral, em representação do presidente do partido, e com o presidente do grupo parlamentar".

No entanto, o líder parlamentar social-democrata Pedro Santana Lopes já assegurou que ninguém aconselhará o grupo parlamentar do PSD sobre comunicação, estando ainda por definir se haverá algum representante da Cunha Vaz & Associados no Parlamento.

VAM/SMA.

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