Ai Jesus!: DO CONTRA [10] o acesso dos professores à titularidade

08-10-2009
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A divisão, em 2 escalões, da carreira do pessoal docente do ensino não superior é sintomática da política de justiça e igualdade [salvo seja!] deste governo pê-èsse.O 1º concurso a professor titular, a decorrer, é sintomático da desorientação [e talvez outras "aõs", ou ".unhas", de que não tenho prova mas apenas desconfianças] do actual ministério da educação [salvo seja!]. Anunciou a ministra que agora é que os professores iam ser avaliados a sério e não por automatismos. Mas o professor concorrente ganha pontos [ou perde-os] automaticamente: foi director de turma? não interessa se foi bom ou mau, tem x pontos. "Deu" aulas, não interessa se bem se mal,? mais x pontos...Por este mecanismo automático, quem nos últimos anos só "deu" aulas [e há boas razões para tal ter acontecido, com muitas vantagens para o ensino] não tem hipótese de ser bom [salvo seja!... queria dizer, titular]. Conheço vários professores há muitos anos reconhecidamente dedicados à profissão que, por estas razões [e porque o ministério não teve em conta toda a carreira do professor mas apenas os últimos anos], ficam de fora da titularidade.Os pontos que o professor (não) obtém, obtém-nos (ou perde-os) em função de critérios actualmente definidos para "avaliar" uma prática passada. É como se um árbitro de futebol no final do jogo decidisse que a equipa vencedora seria a que teve a bola na sua posse durante mais tempo [decisão acertada para o caso de ao árbitro interessar determinado resultado. No caso deste governo pê-èsse, o árbitro ainda não disse o que acontecerá à equipa que perder -- quero dizer, aos professores do 10º escalão que não subirem a titular. Há-de dizer, certamente, mas sabe-se já, pela prática anterior, que coisa boa, a médio prazo, não há-de ser].As regras [salvo seja!...] do concurso já foram alteradas bué de vezes depois de o processo ter sido desencadeado. Dá pontos ter leccionado no país tal de língua portuguesa? nalguns casos, depois de não dar já passou a dar [haveria alguma filha de ministro que precisasse de tal mudança?]. Dá pontos ter sido director de várias turmas no mesmo ano? já contou só uma, mas agora contam várias. Dá pontos ter sido coordenador de biblioteca? já deu, só na condição de a biblioteca estar integrada na rede das bibliotecas escolares -- agora já dá mesmo sem essa condição [e não vale a pena continuar a enumeração das alterações; até porque não se sabe que razões terão efectivamente motivado as mesmas].O concurso decorre durante uma semana. Via internet. Tinham-me dito que a coisa não era fácil, que o serviço estava indisponível com alguma facilidade. Tentei há pouco a minha sorte: o serviço disse-me que estava indisponível; que tentasse uns minutos mais tarde. Tentei: o serviço respondeu então que o meu cliente de acesso à internet não é suportado. Como se seguiam uma síntese dos principais "browsers", concluí que se referia a qualquer incompatibilidade do meu. Pensei que teria que usar o Internet Explorer, que é apresentado como sendo o "usado por mais de 90% dos internautas" [não seria a primeira vez que um serviço público faria tal exigência incompreensível, a não ser justificada pelo encontro de há tempos entre o sr. José de Sousa e Bill Gates]. Mas não: lá estava indicado a seguir o Firefox, que eu uso e considero muito superior ao do Bill Gates. Pergunto-me pela razão da recusa e ponho a hipótese de o servidor ter detectado que estava a concorrer do mesmo computador que "produz" o Ai Jesus!. Pura teoria da conspiração? Claro [não acredito que, fora da DREN, haja cães tão zelosos do dono como na DREN]!Um dia destes, hei-de escrever mais qualquer coisinha sobre o novo tipo de "avaliação" que o governo pê-èsse impôs aos professores. Porque penso que, ao contrário do modelo de avaliação anterior, este nem é racionalmente defensável, nem é justo, nem é motivador.E que fique aqui bem claro: a menos que o ministério altere significativamente as regras até segunda-feira às 24 horas [quando o concurso termina; ou que as altere depois de o concurso terminar], eu serei professor titular. Não estou, portanto, a defender a minha dama, mas apenas uma avaliação que fosse efectivamente rigorosa e justa. Uma avaliação pela qual continuarei a lutar [o que equivale a lutar contra este ministério pê-èsse].escrito por ai.valhamedeus

A divisão, em 2 escalões, da carreira do pessoal docente do ensino não superior é sintomática da política de justiça e igualdade [salvo seja!] deste governo pê-èsse.O 1º concurso a professor titular, a decorrer, é sintomático da desorientação [e talvez outras "aõs", ou ".unhas", de que não tenho prova mas apenas desconfianças] do actual ministério da educação [salvo seja!]. Anunciou a ministra que agora é que os professores iam ser avaliados a sério e não por automatismos. Mas o professor concorrente ganha pontos [ou perde-os] automaticamente: foi director de turma? não interessa se foi bom ou mau, tem x pontos. "Deu" aulas, não interessa se bem se mal,? mais x pontos...Por este mecanismo automático, quem nos últimos anos só "deu" aulas [e há boas razões para tal ter acontecido, com muitas vantagens para o ensino] não tem hipótese de ser bom [salvo seja!... queria dizer, titular]. Conheço vários professores há muitos anos reconhecidamente dedicados à profissão que, por estas razões [e porque o ministério não teve em conta toda a carreira do professor mas apenas os últimos anos], ficam de fora da titularidade.Os pontos que o professor (não) obtém, obtém-nos (ou perde-os) em função de critérios actualmente definidos para "avaliar" uma prática passada. É como se um árbitro de futebol no final do jogo decidisse que a equipa vencedora seria a que teve a bola na sua posse durante mais tempo [decisão acertada para o caso de ao árbitro interessar determinado resultado. No caso deste governo pê-èsse, o árbitro ainda não disse o que acontecerá à equipa que perder -- quero dizer, aos professores do 10º escalão que não subirem a titular. Há-de dizer, certamente, mas sabe-se já, pela prática anterior, que coisa boa, a médio prazo, não há-de ser].As regras [salvo seja!...] do concurso já foram alteradas bué de vezes depois de o processo ter sido desencadeado. Dá pontos ter leccionado no país tal de língua portuguesa? nalguns casos, depois de não dar já passou a dar [haveria alguma filha de ministro que precisasse de tal mudança?]. Dá pontos ter sido director de várias turmas no mesmo ano? já contou só uma, mas agora contam várias. Dá pontos ter sido coordenador de biblioteca? já deu, só na condição de a biblioteca estar integrada na rede das bibliotecas escolares -- agora já dá mesmo sem essa condição [e não vale a pena continuar a enumeração das alterações; até porque não se sabe que razões terão efectivamente motivado as mesmas].O concurso decorre durante uma semana. Via internet. Tinham-me dito que a coisa não era fácil, que o serviço estava indisponível com alguma facilidade. Tentei há pouco a minha sorte: o serviço disse-me que estava indisponível; que tentasse uns minutos mais tarde. Tentei: o serviço respondeu então que o meu cliente de acesso à internet não é suportado. Como se seguiam uma síntese dos principais "browsers", concluí que se referia a qualquer incompatibilidade do meu. Pensei que teria que usar o Internet Explorer, que é apresentado como sendo o "usado por mais de 90% dos internautas" [não seria a primeira vez que um serviço público faria tal exigência incompreensível, a não ser justificada pelo encontro de há tempos entre o sr. José de Sousa e Bill Gates]. Mas não: lá estava indicado a seguir o Firefox, que eu uso e considero muito superior ao do Bill Gates. Pergunto-me pela razão da recusa e ponho a hipótese de o servidor ter detectado que estava a concorrer do mesmo computador que "produz" o Ai Jesus!. Pura teoria da conspiração? Claro [não acredito que, fora da DREN, haja cães tão zelosos do dono como na DREN]!Um dia destes, hei-de escrever mais qualquer coisinha sobre o novo tipo de "avaliação" que o governo pê-èsse impôs aos professores. Porque penso que, ao contrário do modelo de avaliação anterior, este nem é racionalmente defensável, nem é justo, nem é motivador.E que fique aqui bem claro: a menos que o ministério altere significativamente as regras até segunda-feira às 24 horas [quando o concurso termina; ou que as altere depois de o concurso terminar], eu serei professor titular. Não estou, portanto, a defender a minha dama, mas apenas uma avaliação que fosse efectivamente rigorosa e justa. Uma avaliação pela qual continuarei a lutar [o que equivale a lutar contra este ministério pê-èsse].escrito por ai.valhamedeus

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