Professoras Desesperadas: Deputados da oposição querem levar estatuto de professores ao Parlamento

01-07-2009
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Depois dos bombos e do acordeão da festa, os professores ouviram o que mais queriam: um coro de críticas à ministra da Educação. Os deputados da oposição que ontem se juntaram à vigília frente ao ministério fizeram a promessa de que logo que o novo Estatuto da Carreira Docente seja um decreto-lei, vão levá-lo à Assembleia da República (AR) para o fiscalizar e alterar. O assunto passou agora para o palco político.

À excepção do CDS-PP - que não conseguiu estar presente devido à chuva - e do PS - que desmentiu à Lusa ter aceite qualquer convite para participar no protesto -, todos os partidos da oposição quiseram solidarizar-se com os docentes. Fizeram-no repetindo a ideia de que "o Ministério da Educação está empenhado num ataque à escola pública".

Avisando que falava a título pessoal, Emídio Guerreiro, coordenador dos sociais-democratas na Comissão Parlamentar de Educação, iniciou os discursos: "Tenho uma palavra de solidariedade para com os professores, que há quase dois anos são sistematicamente mal tratados pelo ministério. No Parlamento, continuarei a acompanhar o processo, no sentido de contribuir para a diminuição do clima de crispação."

A deputada do PCP Luísa Mesquita quis também elogiar os professores portugueses por não terem "perdido a dignidade, apesar do ambiente de ódio e vilanagem" que diz ter sido imposto pela ministra Maria de Lurdes Rodrigues e pelo primeiro-ministro, José Sócrates. E avançou: "O novo estatuto vai ser um decreto-lei do Governo, mas se tiver os obstáculos que tem neste momento, que impedem os professores de progredir na carreira, podem contar com o PCP para levar o documento à AR, para o fiscalizar e introduzir nele as alterações necessárias."

Também a deputada do Bloco de Esquerda Cecília Honório acusou Maria de Lurdes Rodrigues de querer destruir a qualidade da escola pública, preocupando-se apenas em reduzir os gastos do sector.

O partido ecologista "Os Verdes" fez-se representar pelo deputado Francisco Madeira Lopes, que se comprometeu a lutar contra a política economicista do Governo. E brincou: "A carga de água de hoje é semelhante à carga de água que o ME tem metido, atacando a escola pública." O deputado garantiu que "a luta não termina aqui, vai continuar na Assembleia da República".

As críticas e as promessas dos deputados foram ouvidas por meia centena de professores. Estão frente ao ME, na Avenida 5 de Outubro, em Lisboa, desde as 11.00 de ontem e ali prometem ficar até às 12.00 de amanhã. Em causa está a divisão da carreira de professor em duas categorias (professor e professor titular) e a introdução de quotas para aceder à segunda e mais elevada, assim como a avaliação de desempenho dependente de critérios como os resultados escolares e as taxas de abandono dos alunos.

Na apresentação do novo regime de certificação de habilitações, Maria de Lurdes Rodrigues afirmou que espera as propostas dos sindicatos, que hoje são recebidos pelo seu secretário de Estado. "Vamos ver que propostas vão ser apresentadas. Vamos ver", disse.

Depois dos bombos e do acordeão da festa, os professores ouviram o que mais queriam: um coro de críticas à ministra da Educação. Os deputados da oposição que ontem se juntaram à vigília frente ao ministério fizeram a promessa de que logo que o novo Estatuto da Carreira Docente seja um decreto-lei, vão levá-lo à Assembleia da República (AR) para o fiscalizar e alterar. O assunto passou agora para o palco político.

À excepção do CDS-PP - que não conseguiu estar presente devido à chuva - e do PS - que desmentiu à Lusa ter aceite qualquer convite para participar no protesto -, todos os partidos da oposição quiseram solidarizar-se com os docentes. Fizeram-no repetindo a ideia de que "o Ministério da Educação está empenhado num ataque à escola pública".

Avisando que falava a título pessoal, Emídio Guerreiro, coordenador dos sociais-democratas na Comissão Parlamentar de Educação, iniciou os discursos: "Tenho uma palavra de solidariedade para com os professores, que há quase dois anos são sistematicamente mal tratados pelo ministério. No Parlamento, continuarei a acompanhar o processo, no sentido de contribuir para a diminuição do clima de crispação."

A deputada do PCP Luísa Mesquita quis também elogiar os professores portugueses por não terem "perdido a dignidade, apesar do ambiente de ódio e vilanagem" que diz ter sido imposto pela ministra Maria de Lurdes Rodrigues e pelo primeiro-ministro, José Sócrates. E avançou: "O novo estatuto vai ser um decreto-lei do Governo, mas se tiver os obstáculos que tem neste momento, que impedem os professores de progredir na carreira, podem contar com o PCP para levar o documento à AR, para o fiscalizar e introduzir nele as alterações necessárias."

Também a deputada do Bloco de Esquerda Cecília Honório acusou Maria de Lurdes Rodrigues de querer destruir a qualidade da escola pública, preocupando-se apenas em reduzir os gastos do sector.

O partido ecologista "Os Verdes" fez-se representar pelo deputado Francisco Madeira Lopes, que se comprometeu a lutar contra a política economicista do Governo. E brincou: "A carga de água de hoje é semelhante à carga de água que o ME tem metido, atacando a escola pública." O deputado garantiu que "a luta não termina aqui, vai continuar na Assembleia da República".

As críticas e as promessas dos deputados foram ouvidas por meia centena de professores. Estão frente ao ME, na Avenida 5 de Outubro, em Lisboa, desde as 11.00 de ontem e ali prometem ficar até às 12.00 de amanhã. Em causa está a divisão da carreira de professor em duas categorias (professor e professor titular) e a introdução de quotas para aceder à segunda e mais elevada, assim como a avaliação de desempenho dependente de critérios como os resultados escolares e as taxas de abandono dos alunos.

Na apresentação do novo regime de certificação de habilitações, Maria de Lurdes Rodrigues afirmou que espera as propostas dos sindicatos, que hoje são recebidos pelo seu secretário de Estado. "Vamos ver que propostas vão ser apresentadas. Vamos ver", disse.

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