Clube de Reflexão Política: Mónica Cunha: Dever de Informar Versus Tentação de Opinar

29-09-2009
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Serão os jornalistas, cada vez mais, produtores de opinião em vez de produtores de notícias, isto é, cada vez menos jornalistas e cada vez mais “opinion makers / leaders”?A tentação de opinar por parte do jornalista sobrepõe-se ao seu dever de informar? Esta é uma questão muito sensível, dado que é ténue a fronteira entre o que é a notícia propriamente dita e o que é a opinião jornalística.Cabe ao jornalista, cuja função é transformar a informação em notícia, a decisão sobre o mérito jornalístico de uma dada informação, e é aqui que reside o seu poder, na possibilidade de converter ou não a informação em notícia.O poder de decidir, através de um processo de interpretação subjectiva, se uma determinada informação é ou não notícia, e consequentemente o poder de influenciar a opinião pública, destinatária última das notícias produzidas no âmbito dos Media.Este inquestionável poder de influência da comunicação social baseia-se numa consciente ética deontológica e rigorosos critérios jornalísticos ou trata-se de um mero poder discricionário (arbitrário)?Esta questão assume particular relevância quando reflectimos sobre a relação entre a comunicação social e a política. Ainda muito recentemente, no âmbito do processo Freeport, o Primeiro-Ministro José Sócrates processou alguns jornalistas por difamação, o que levanta outra questão fundamental: quais os limites da liberdade de imprensa em democracia?Aqui fica o meu pequeno contributo para o debate que se avizinha: Os Media e o Poder Político – Os paradoxos da notícia.Paço de Arcos, 10 de Maio de 2009 Mónica CunhaMilitante do PS Oeiras


Serão os jornalistas, cada vez mais, produtores de opinião em vez de produtores de notícias, isto é, cada vez menos jornalistas e cada vez mais “opinion makers / leaders”?A tentação de opinar por parte do jornalista sobrepõe-se ao seu dever de informar? Esta é uma questão muito sensível, dado que é ténue a fronteira entre o que é a notícia propriamente dita e o que é a opinião jornalística.Cabe ao jornalista, cuja função é transformar a informação em notícia, a decisão sobre o mérito jornalístico de uma dada informação, e é aqui que reside o seu poder, na possibilidade de converter ou não a informação em notícia.O poder de decidir, através de um processo de interpretação subjectiva, se uma determinada informação é ou não notícia, e consequentemente o poder de influenciar a opinião pública, destinatária última das notícias produzidas no âmbito dos Media.Este inquestionável poder de influência da comunicação social baseia-se numa consciente ética deontológica e rigorosos critérios jornalísticos ou trata-se de um mero poder discricionário (arbitrário)?Esta questão assume particular relevância quando reflectimos sobre a relação entre a comunicação social e a política. Ainda muito recentemente, no âmbito do processo Freeport, o Primeiro-Ministro José Sócrates processou alguns jornalistas por difamação, o que levanta outra questão fundamental: quais os limites da liberdade de imprensa em democracia?Aqui fica o meu pequeno contributo para o debate que se avizinha: Os Media e o Poder Político – Os paradoxos da notícia.Paço de Arcos, 10 de Maio de 2009 Mónica CunhaMilitante do PS Oeiras

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