SUN: Incorreções, muito pouco Software Livre e ainda menos concorrência

15-02-2008
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Lisboa, 12 de Março - A 10 de Março a UMIC e a Sun assinaram um protocolo que permite a “todos os docentes, estudantes e funcionários do Estado que realizem actividades no âmbito da docência, investigação e desenvolvimento no âmbito das tecnologias de informação” a utilização de ferramentas como o StarOffice 8.0 e ferramentas colaborativas. Este conjunto de ferramentas é, na sua quase totalidade, software proprietário da Sun Microsystems, e não software livre ou de código aberto como é referido no comunicado de imprensa do Ministério da Ciência e Ensino Superior.

Este protocolo é uma actualização de um protocolo anterior, de Março de 2004, com praticamente o mesmo conteúdo, mas versões anteriores das ferramentas (em particular StarOffice 6.0). Na altura, ao menos, existia a referência a um produto de software livre: o OpenOffice.org.

Felizmente, para ser utilizado por qualquer português, existem milhares de programas em Software Livre, sem a necessidade de qualquer protocolo. O software livre continua assim a ser “Software para 10 milhões de portugueses”.

No entanto, assinam-se avidamente protocolos como o do apoio à formação (e não formação) da Microsoft a 50 mil funcionários do Ministério da Administração Interna. Só este protocolo resultará num custo anual superior a 1 milhão e duzentos mil euros só em licenciamento para a Microsoft dos 50 mil postos de trabalho, a preços actuais para a administração pública.

“É uma pena que o Estado, como maior cliente e regulador do mercado de TI em Portugal prefira distinguir um modelo de negócio e uma empresa, ignorando a concorrência e a redução de custos,” - comentou João Neves, Presidente da Direcção da ANSOL - “a esperança que surgia com este governo parece não cumprir-se. Esperávamos que a prática reflectisse as posições assumidas anteriormente pelo PS na Assembleia da República e defendidas por actuais responsáveis governativos como José Magalhães e Carlos Zorrinho. Até agora, desilusão é a palavra que melhor se aplica.”

Entretanto a ANSOL vai ficando sem resposta aos pedidos de audiência que faz, assistindo apenas a queixas de discriminação por parte de entidades do Estado que obrigam à utilização de tecnologia proprietária (Microsoft e não só) para aceder aos seus documentos, sítios web e programas. Em alguns casos, com uma obrigatoriedade criada por lei.

Sobre a ANSOL:

A finalidade da ANSOL é a divulgação, promoção, desenvolvimento, investigação e estudo da Informática Livre e das suas repercussões sociais, políticas, filosóficas, culturais, técnicas e científicas. A ANSOL é a primeira associação de Software Livre em Portugal.

A ANSOL é uma organização associada da Free Software Foundation Europe, da Aliança Eurolinux e da Campanha para um Ambiente Digital Aberto (Campaign for an Open Digital Environment - CODE).

Contactos:

João Miguel Neves

Presidente da Direcção da ANSOL

(+351) 933 252 302

joao.neves@ansol.org

Rui Miguel Seabra

Vice-Presidente da Direcção da ANSOL

(+351)933 255 619

rms@ansol.org

Links Relacionados:

Comunicado de Imprensa do Ministério da Ciência e Ensino Superior:

http://www.mces.pt/index.php?id_categoria=66&id_item=2939&action=2

Comunicado da UMIC sobre o protocolo anterior com a Sun:

http://www.umic.pt/UMIC/Media/SaladeImprensa/sun_me.htm

Lisboa, 12 de Março - A 10 de Março a UMIC e a Sun assinaram um protocolo que permite a “todos os docentes, estudantes e funcionários do Estado que realizem actividades no âmbito da docência, investigação e desenvolvimento no âmbito das tecnologias de informação” a utilização de ferramentas como o StarOffice 8.0 e ferramentas colaborativas. Este conjunto de ferramentas é, na sua quase totalidade, software proprietário da Sun Microsystems, e não software livre ou de código aberto como é referido no comunicado de imprensa do Ministério da Ciência e Ensino Superior.

Este protocolo é uma actualização de um protocolo anterior, de Março de 2004, com praticamente o mesmo conteúdo, mas versões anteriores das ferramentas (em particular StarOffice 6.0). Na altura, ao menos, existia a referência a um produto de software livre: o OpenOffice.org.

Felizmente, para ser utilizado por qualquer português, existem milhares de programas em Software Livre, sem a necessidade de qualquer protocolo. O software livre continua assim a ser “Software para 10 milhões de portugueses”.

No entanto, assinam-se avidamente protocolos como o do apoio à formação (e não formação) da Microsoft a 50 mil funcionários do Ministério da Administração Interna. Só este protocolo resultará num custo anual superior a 1 milhão e duzentos mil euros só em licenciamento para a Microsoft dos 50 mil postos de trabalho, a preços actuais para a administração pública.

“É uma pena que o Estado, como maior cliente e regulador do mercado de TI em Portugal prefira distinguir um modelo de negócio e uma empresa, ignorando a concorrência e a redução de custos,” - comentou João Neves, Presidente da Direcção da ANSOL - “a esperança que surgia com este governo parece não cumprir-se. Esperávamos que a prática reflectisse as posições assumidas anteriormente pelo PS na Assembleia da República e defendidas por actuais responsáveis governativos como José Magalhães e Carlos Zorrinho. Até agora, desilusão é a palavra que melhor se aplica.”

Entretanto a ANSOL vai ficando sem resposta aos pedidos de audiência que faz, assistindo apenas a queixas de discriminação por parte de entidades do Estado que obrigam à utilização de tecnologia proprietária (Microsoft e não só) para aceder aos seus documentos, sítios web e programas. Em alguns casos, com uma obrigatoriedade criada por lei.

Sobre a ANSOL:

A finalidade da ANSOL é a divulgação, promoção, desenvolvimento, investigação e estudo da Informática Livre e das suas repercussões sociais, políticas, filosóficas, culturais, técnicas e científicas. A ANSOL é a primeira associação de Software Livre em Portugal.

A ANSOL é uma organização associada da Free Software Foundation Europe, da Aliança Eurolinux e da Campanha para um Ambiente Digital Aberto (Campaign for an Open Digital Environment - CODE).

Contactos:

João Miguel Neves

Presidente da Direcção da ANSOL

(+351) 933 252 302

joao.neves@ansol.org

Rui Miguel Seabra

Vice-Presidente da Direcção da ANSOL

(+351)933 255 619

rms@ansol.org

Links Relacionados:

Comunicado de Imprensa do Ministério da Ciência e Ensino Superior:

http://www.mces.pt/index.php?id_categoria=66&id_item=2939&action=2

Comunicado da UMIC sobre o protocolo anterior com a Sun:

http://www.umic.pt/UMIC/Media/SaladeImprensa/sun_me.htm

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