Um Olhar Atento: Aborto (1)

04-07-2005
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Não só durante a última legislatura, mas durante a última campanha eleitoral para as Legislativas, a Esquerda, nomeadamente o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista, parece que não tinham mais nada que propor, que não a descriminalização do aborto até às 16 semanas de gravidez.Hoje, na Assembleia da Republica estiveram à discussão vários projectos de Lei, mas na sua arrogância de maioria e para se impor perante os seus “parceiros” de esquerda, o PS recuou e decidiu deixar cair, no projecto de lei sobre a despenalização do aborto, a possibilidade de interromper voluntariamente a gravidez «por razões de natureza económica ou social» até às 16 semanas (4 meses).As críticas não vieram apenas das bancadas da oposição. O debate ficou marcado pela ampla contestação ao projecto de lei dos socialistas. Embora, o seu líder parlamentar, Alberto Martins, tenha apelado à "disciplina", dentro do princípio de "total liberdade de discussão interna" alertou que "qualquer insegurança é um acontecimento político" quando se é maioria, mas cerca de quarenta deputados socialistas (um terço da bancada), tendo como signatários, José Lello, Carlos Zorrinho, Carlos Lage, Renato Sampaio, Isabel Santos, Celeste Correia, Leonor Coutinho e Marques Júnior, entregaram na Assembleia da República, durante o debate, uma declaração de voto, na qual defendem que «esta menção deve ser retirada, uma vez que não se vislumbra que ocorrências deste cariz se possam tornar presentes às dezasseis semanas que não fossem passíveis de ser avaliadas logo às 10 semanas, podendo esta referência vir a constituir um incentivo à tentativa de manipulação do diagnóstico médico, no sentido de um alargamento do prazo para o aborto para além do referendado». Mas o próprio PS, mesmo com a maioria, parece que não tem nada de novo a propor ao país, porque o seu projecto "é exactamente" igual ao de 1998 e do ano passado. O assunto é sério de mais, para os políticos andarem em querelas e queimar tempo na Assembleia Magna da nossa pátria. O povo português, sobretudo as mulheres precisam ser mais respeitados.

Não só durante a última legislatura, mas durante a última campanha eleitoral para as Legislativas, a Esquerda, nomeadamente o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista, parece que não tinham mais nada que propor, que não a descriminalização do aborto até às 16 semanas de gravidez.Hoje, na Assembleia da Republica estiveram à discussão vários projectos de Lei, mas na sua arrogância de maioria e para se impor perante os seus “parceiros” de esquerda, o PS recuou e decidiu deixar cair, no projecto de lei sobre a despenalização do aborto, a possibilidade de interromper voluntariamente a gravidez «por razões de natureza económica ou social» até às 16 semanas (4 meses).As críticas não vieram apenas das bancadas da oposição. O debate ficou marcado pela ampla contestação ao projecto de lei dos socialistas. Embora, o seu líder parlamentar, Alberto Martins, tenha apelado à "disciplina", dentro do princípio de "total liberdade de discussão interna" alertou que "qualquer insegurança é um acontecimento político" quando se é maioria, mas cerca de quarenta deputados socialistas (um terço da bancada), tendo como signatários, José Lello, Carlos Zorrinho, Carlos Lage, Renato Sampaio, Isabel Santos, Celeste Correia, Leonor Coutinho e Marques Júnior, entregaram na Assembleia da República, durante o debate, uma declaração de voto, na qual defendem que «esta menção deve ser retirada, uma vez que não se vislumbra que ocorrências deste cariz se possam tornar presentes às dezasseis semanas que não fossem passíveis de ser avaliadas logo às 10 semanas, podendo esta referência vir a constituir um incentivo à tentativa de manipulação do diagnóstico médico, no sentido de um alargamento do prazo para o aborto para além do referendado». Mas o próprio PS, mesmo com a maioria, parece que não tem nada de novo a propor ao país, porque o seu projecto "é exactamente" igual ao de 1998 e do ano passado. O assunto é sério de mais, para os políticos andarem em querelas e queimar tempo na Assembleia Magna da nossa pátria. O povo português, sobretudo as mulheres precisam ser mais respeitados.

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