Mais Évora: Novo Hospital Regional – breve explicação

02-06-2005
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Publica o Vivaz um artigo sobre o novo Hospital Distrital de Évora, antevendo que este será um dos temas centrais da campanha eleitoral na Região. Não duvidamos.A partir do momento em que foram proferidas as declarações do ex-ministro da Saúde do Governo de António Guterres, Correia de Campos, afirmando que “dez hospitais novos são demais” e “o de Évora pode esperar por melhores dias”, não poderia deixar de o ser.De uma forma geral aderimos ao que foi escrito, pelo Mário Simões, sobre vários aspectos relacionados com o funcionamento do sistema de saúde e a importância relativa que os hospitais (edifícios) desempenham num, desejável, sistema integrado de prestação de cuidados de saúde. Acreditamos que nesse "sistema" são fundamentais outras infra-estruturas (centros de saúde, lares, apoio domiciliário, etc.) e, sobretudo, as relações humanas que se estabelecem entre os profissionais de saúde e os doentes e seus familiares.Mas não foi nosso objectivo analisar o sistema de saúde nas suas variadas componentes locais ou regional, nem a multiplicidade de questões e problemas inerentes e associados.Daí, talvez, a desilusão pela forma superficial (as interrogações sugerem que preferia, talvez, ter usado outras palavras, tais como leviana ou facciosa. Não é verdade?) como considera que o tema foi abordado.Ora o que defendemos e quisemos realçar, é que, nas actuais condições, a construção de um novo Hospital Distrital é, não só, indispensável, como da máxima urgência. E, por esse motivo, parece-nos da maior relevância saber o que preconizam as forças partidárias nesta matéria e, em especial, o PS, por ser quem, provavelmente, nos governará nos próximos tempos. Tal não invalida que o assunto seja abordado e discutido como aspecto integrante das políticas de saúde.E fazemos tal afirmação com base em dois pressupostos.O primeiro é que o actual Hospital Distrital, composto na realidade por dois edifícios independentes (e apenas por este facto com enormes problemas de gestão e funcionalidade), está ultrapassado, sendo inviável a realização das necessárias obras de reabilitação e modernização.Bastará uma visita à cozinha para se perceber o que queremos dizer. E damos este exemplo, quase a despropósito, para não falarmos de alguns serviços especializados, nem das urgências, nem recordarmos o que aconteceu há anos com as deficiências no tratamento da água da hemodiálise, etc...O segundo, não é na perspectiva estrita dos cuidados de saúde, mas em relação aos benefícios que um novo Hospital traria à Cidade. Com efeito, estamos convictos que Évora não terá qualquer hipótese de competir com outras cidades, para conseguir promover novos cursos nas áreas da saúde, incluindo o ensino de medicina, se não estiver equipado com um novo Hospital.Ora, imagine-se o que isso significaria no desenvolvimento e crescimento da Universidade e da Cidade. Nem é necessário grande esforço, basta comparar com o exemplo da Covilhã e o incremento que está a ter com o novo curso de Medicina.Relativamente às opiniões manifestadas por Carlos Zorrinho, em entrevista ao Alentejo Popular, confessamos que não as tínhamos lido. Mas agora que lemos e relemos, não podemos deixar de considerar que, no mínimo, são ambíguas. Ou seja. Não somos capazes de garantir convictamente que defende um novo edifício para o Hospital Regional, mas também não podemos afirmar que não o defende...Naturalmente que isto não significa qualquer espécie de censura ao candidato Carlos Zorrinho, já que essa resposta não lhe era pedida no contexto da citada entrevista.Já o mesmo não podemos dizer das declarações, ao Correio da Manhã, de Henrique Troncho - candidato e presidente da distrital de Évora do PS, quando refere que "eventualmente será uma boa solução”, ou que deseja “o melhor para a região”. De duas uma ou a jornalista deturpou as palavras do candidato e responsável máximo do PS no Distrito, ou, de facto, o PS ainda não sabe o quer (ou entende que não é altura oportuna para o divulgar, o que para a opinião pública vem a dar no mesmo).E, assim, continuaremos a aguardar pelo dia 29...Para terminar não queremos deixar de manifestar a nossa satisfação por saber que o Mário Simões é leitor assíduo deste blogue. Pela nossa parte retribuímos, com a leitura assídua do Vivaz.


Publica o Vivaz um artigo sobre o novo Hospital Distrital de Évora, antevendo que este será um dos temas centrais da campanha eleitoral na Região. Não duvidamos.A partir do momento em que foram proferidas as declarações do ex-ministro da Saúde do Governo de António Guterres, Correia de Campos, afirmando que “dez hospitais novos são demais” e “o de Évora pode esperar por melhores dias”, não poderia deixar de o ser.De uma forma geral aderimos ao que foi escrito, pelo Mário Simões, sobre vários aspectos relacionados com o funcionamento do sistema de saúde e a importância relativa que os hospitais (edifícios) desempenham num, desejável, sistema integrado de prestação de cuidados de saúde. Acreditamos que nesse "sistema" são fundamentais outras infra-estruturas (centros de saúde, lares, apoio domiciliário, etc.) e, sobretudo, as relações humanas que se estabelecem entre os profissionais de saúde e os doentes e seus familiares.Mas não foi nosso objectivo analisar o sistema de saúde nas suas variadas componentes locais ou regional, nem a multiplicidade de questões e problemas inerentes e associados.Daí, talvez, a desilusão pela forma superficial (as interrogações sugerem que preferia, talvez, ter usado outras palavras, tais como leviana ou facciosa. Não é verdade?) como considera que o tema foi abordado.Ora o que defendemos e quisemos realçar, é que, nas actuais condições, a construção de um novo Hospital Distrital é, não só, indispensável, como da máxima urgência. E, por esse motivo, parece-nos da maior relevância saber o que preconizam as forças partidárias nesta matéria e, em especial, o PS, por ser quem, provavelmente, nos governará nos próximos tempos. Tal não invalida que o assunto seja abordado e discutido como aspecto integrante das políticas de saúde.E fazemos tal afirmação com base em dois pressupostos.O primeiro é que o actual Hospital Distrital, composto na realidade por dois edifícios independentes (e apenas por este facto com enormes problemas de gestão e funcionalidade), está ultrapassado, sendo inviável a realização das necessárias obras de reabilitação e modernização.Bastará uma visita à cozinha para se perceber o que queremos dizer. E damos este exemplo, quase a despropósito, para não falarmos de alguns serviços especializados, nem das urgências, nem recordarmos o que aconteceu há anos com as deficiências no tratamento da água da hemodiálise, etc...O segundo, não é na perspectiva estrita dos cuidados de saúde, mas em relação aos benefícios que um novo Hospital traria à Cidade. Com efeito, estamos convictos que Évora não terá qualquer hipótese de competir com outras cidades, para conseguir promover novos cursos nas áreas da saúde, incluindo o ensino de medicina, se não estiver equipado com um novo Hospital.Ora, imagine-se o que isso significaria no desenvolvimento e crescimento da Universidade e da Cidade. Nem é necessário grande esforço, basta comparar com o exemplo da Covilhã e o incremento que está a ter com o novo curso de Medicina.Relativamente às opiniões manifestadas por Carlos Zorrinho, em entrevista ao Alentejo Popular, confessamos que não as tínhamos lido. Mas agora que lemos e relemos, não podemos deixar de considerar que, no mínimo, são ambíguas. Ou seja. Não somos capazes de garantir convictamente que defende um novo edifício para o Hospital Regional, mas também não podemos afirmar que não o defende...Naturalmente que isto não significa qualquer espécie de censura ao candidato Carlos Zorrinho, já que essa resposta não lhe era pedida no contexto da citada entrevista.Já o mesmo não podemos dizer das declarações, ao Correio da Manhã, de Henrique Troncho - candidato e presidente da distrital de Évora do PS, quando refere que "eventualmente será uma boa solução”, ou que deseja “o melhor para a região”. De duas uma ou a jornalista deturpou as palavras do candidato e responsável máximo do PS no Distrito, ou, de facto, o PS ainda não sabe o quer (ou entende que não é altura oportuna para o divulgar, o que para a opinião pública vem a dar no mesmo).E, assim, continuaremos a aguardar pelo dia 29...Para terminar não queremos deixar de manifestar a nossa satisfação por saber que o Mário Simões é leitor assíduo deste blogue. Pela nossa parte retribuímos, com a leitura assídua do Vivaz.

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