Baixas qualificações têm limitado potencial de afirmação de Portugal — INESC Porto

25-10-2008
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“Portugal tem de ultrapassar os dois principais constrangimentos que limitam o potencial de afirmação do país neste novo contexto de competitividade global: as baixas qualificações do capital humano e a fragilidade das redes internas de cooperação”, salientou Carlos Zorrinho, coordenador nacional da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico.

Carlos Zorrinho falava durante a apresentação do livro “Investimento Directo Estrangeiro, Capital Humano e Inovação – Uma aplicação ao caso português”, editado pela “Vida Económica”, da autoria de Aurora Teixeira e Ana Teresa Lehmann, que decorreu na passada semana, na Casa da Música, no Porto. Ainda segundo Carlos Zorrinho, “Portugal tem todas as condições para ganhar se colmatar os constrangimentos que o limitam”.

No entanto, “temos de criar valor, de correr por fora, de inovar”, apostando na tecnologia e em colocar “as ferramentas nas mãos das pessoas e das empresas”. A finalizar, o coordenador nacional da Estratégia de Lisboa reafirmou a sua admiração pela qualidade desta edição, assegurando ser, na sua opinião, “um livro de leitura recomendável e, sobretudo, de prática obrigatória”.

Para Luís Portela, presidente da Bial, o capital humano “é o principal factor, e de importância crescente”, na captação de Investimento Directo Estrangeiro (IDE) e no crescimento e internacionalização das empresas nacionais. Paralelamente, este é também o factor justificativo de a economia nacional “não conseguir obter bons resultados”.

Do mesmo modo, e reforçando o sentido da mensagem final de Carlos Zorrinho, também Luís Portela gostaria de “ver adoptadas pelo país, pelo Governo e pelos administradores as conclusões deste estudo”.

No final, houve tempo ainda para as autoras, Aurora Teixeira e Ana Teresa Lehmann, agradecerem, individualmente, todo o apoio que receberam, quer por parte das suas famílias e colegas de trabalho quer por parte dos profissionais envolvidos na edição desta publicação.

Portugal poderá ter mais sucesso na captação de IDE

O IDE, o Capital Humano e a Inovação são três áreas de relevância fundamental para o crescimento económico de qualquer país. Em Portugal, particularmente, temos assistido a um período em que a competitividade da economia nacional é posta em causa, assistindo-se a deslocalizações de empresas, com o consequente aumento do desemprego.

Por tudo isto, é urgente e necessário enumerar e analisar os principais factores de atractividade de IDE, de forma a estancar a fuga das empresas, uma situação que Portugal tem vivido nesta primeira década deste século.

Neste sentido, o estudo das professoras Aurora Teixeira e Ana Teresa Lehmann agora apresentado “discute o IDE, o Capital Humano e a I&D enquanto os principais motores do crescimento económico, explorando a potencial causalidade bidireccional entre o IDE e o Capital Humano” na economia portuguesa.

No final, o estudo retira também conclusões “ao nível de políticas públicas”, avançando propostas práticas relativamente “às políticas relacionadas com o IDE, bem como outras políticas complementares que visam tornar Portugal numa localização de IDE mais dinâmica e melhor sucedida”.

Vida Económica, 25 de Julho de 2008

Texto de Fernanda Silva Teixeira

“Portugal tem de ultrapassar os dois principais constrangimentos que limitam o potencial de afirmação do país neste novo contexto de competitividade global: as baixas qualificações do capital humano e a fragilidade das redes internas de cooperação”, salientou Carlos Zorrinho, coordenador nacional da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico.

Carlos Zorrinho falava durante a apresentação do livro “Investimento Directo Estrangeiro, Capital Humano e Inovação – Uma aplicação ao caso português”, editado pela “Vida Económica”, da autoria de Aurora Teixeira e Ana Teresa Lehmann, que decorreu na passada semana, na Casa da Música, no Porto. Ainda segundo Carlos Zorrinho, “Portugal tem todas as condições para ganhar se colmatar os constrangimentos que o limitam”.

No entanto, “temos de criar valor, de correr por fora, de inovar”, apostando na tecnologia e em colocar “as ferramentas nas mãos das pessoas e das empresas”. A finalizar, o coordenador nacional da Estratégia de Lisboa reafirmou a sua admiração pela qualidade desta edição, assegurando ser, na sua opinião, “um livro de leitura recomendável e, sobretudo, de prática obrigatória”.

Para Luís Portela, presidente da Bial, o capital humano “é o principal factor, e de importância crescente”, na captação de Investimento Directo Estrangeiro (IDE) e no crescimento e internacionalização das empresas nacionais. Paralelamente, este é também o factor justificativo de a economia nacional “não conseguir obter bons resultados”.

Do mesmo modo, e reforçando o sentido da mensagem final de Carlos Zorrinho, também Luís Portela gostaria de “ver adoptadas pelo país, pelo Governo e pelos administradores as conclusões deste estudo”.

No final, houve tempo ainda para as autoras, Aurora Teixeira e Ana Teresa Lehmann, agradecerem, individualmente, todo o apoio que receberam, quer por parte das suas famílias e colegas de trabalho quer por parte dos profissionais envolvidos na edição desta publicação.

Portugal poderá ter mais sucesso na captação de IDE

O IDE, o Capital Humano e a Inovação são três áreas de relevância fundamental para o crescimento económico de qualquer país. Em Portugal, particularmente, temos assistido a um período em que a competitividade da economia nacional é posta em causa, assistindo-se a deslocalizações de empresas, com o consequente aumento do desemprego.

Por tudo isto, é urgente e necessário enumerar e analisar os principais factores de atractividade de IDE, de forma a estancar a fuga das empresas, uma situação que Portugal tem vivido nesta primeira década deste século.

Neste sentido, o estudo das professoras Aurora Teixeira e Ana Teresa Lehmann agora apresentado “discute o IDE, o Capital Humano e a I&D enquanto os principais motores do crescimento económico, explorando a potencial causalidade bidireccional entre o IDE e o Capital Humano” na economia portuguesa.

No final, o estudo retira também conclusões “ao nível de políticas públicas”, avançando propostas práticas relativamente “às políticas relacionadas com o IDE, bem como outras políticas complementares que visam tornar Portugal numa localização de IDE mais dinâmica e melhor sucedida”.

Vida Económica, 25 de Julho de 2008

Texto de Fernanda Silva Teixeira

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