Liberdade e Cidadania: A FRONTEIRA DO CONHECIMENTO.

09-10-2009
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NOTÍCIAS DE UMA VELA DE ESPERANÇANUM OCEANO DE INCERTEZAA convite de um bom amigo do partido Socialista, Dr. Tiago, participei numa iniciativa da secção do PS da Almirante Reis, secção com uma maravilhosa e magnânima história que aquele dirigente, entre outros, continua, abrindo as suas iniciativas à sociedade civil, facto muito importante para a Democracia, a sua transparência e saúde.A última conferência tinha como tema a fronteira do conhecimento, e era constituída por um painel de grande nível intelectual e operacional, o Prof. Carlos Zorrinho e jovens investigadores em projectos de ponta na área da investigação em medicina.Nesta estrutura muito inteligente tínhamos presentes a conceptualização geral do modelo desta nova fronteira e a grande paixão na pessoa do prof. Zorrinho e o contraste, embora optimista, mas com o saber do terreno dos investigadores.Fiquei encantado com o que ouvi, em primeiro lugar porque sendo o Prof. Zorrinho um técnico de renome, não perdeu, como agente politico e cidadão, a consciência social e humana dos projectos, e sobretudo tem uma análise muito pertinente da situação social e politica internacional muito grave em que nos encontramos.De facto estamos numa encruzilhada da história em que a Vitória ou Derrota das Democracias dependem das opções que tomarmos e das políticas de justiça ou injustiça social que se implementarem.Para além da notável paixão do conferencista, facto que não podia deixar de me impressionar, como é natural em mim, os dados que apresentou são muito importantes, no ranking mundial em 150 países, ocupamos na área do conhecimento o 20º lugar, o que à nossa dimensão e considerando que este salto qualitativo e quantitativo deriva sobretudo do choque tecnológico que foi defendido como progressivo, por contraste com o chamado choque fiscal que era conservador, é já obra.Todavia o Prof. Carlos Zorrinho com quem em outros contextos já me tinha cruzado, para além de brilhante faz um diagnóstico correcto da situação, por um lado no mundo em rede e do conhecimento, a liderança já não está tão territorializada, pode surgir onde houver massa critica, e, assim, um país, mesmo periférico, que se associar às melhores redes internacionais do conhecimento, o que estará a acontecer de um modo significativo com Portugal pela credibilidade e empenho do seus investigadores, pode discutir a liderança no conhecimento com outros centrais; por outro, também foi referido a imperiosa necessidade da valorização do conhecimento, e que estaria na agenda do governo tratar da questão das Universidades Portuguesas de entrarem na Investigação, de modo a produzirem riqueza material para as nossas empresas e riqueza intelectual para elas próprias.Muito boas noticias quer em factos, quer em perspectivas, o que o país também não conhece pelas dificuldades enormes que, segundo o conferencista, os órgãos do governo encontrarão na divulgação dos seus projectos bem sucedidos, circunstância que a acontecer, na minha opinião, é um grave e ridículo estrangulamento que tem de ser vencido.Foi também muito importante saber-se por dois jovens professores universitários com pós graduações em Inglaterra e que regressaram a Portugal que estão em projectos de ponta na área da medicina, em laboratórios acreditados e avaliados por supervisores internacionais.Existem neste âmbito da investigação estrangulamentos graves que derivam quer da constituição orgânica vertical, vitalícia e quase religiosa das hierarquias Académicas em que um Prof. universitário mesmo que tenha parado no tempo há décadas, restará na cátedra até atingir os seus 70 anos, o que obviamente não é o indicado para o desenvolvimento do conhecimento; quer da incompreensível situação dos laboratórios de investigação e excelência não estarem integrados nas Universidades, contra-senso que deveria ser rapidamente derrotado.Numa palavra quando tanta vez se diz que não há massa critica ou não há consciência social em Portugal, nesta sessão houve prova do contrário. Todavia os estrangulamentos estão aí, e um homem importante desta Governança tem disso perfeito conhecimento, pelo que, por vezes, somos surpreendidos com a seguinte interrogação, como com tão boa massa critica, com tanta vontade, trabalho e paixão, há coisas que não acontecem e nos leva a pensar que vivemos num país a várias velocidades e realidades, porquê?Andrade da Silva 18 Julho 2008


NOTÍCIAS DE UMA VELA DE ESPERANÇANUM OCEANO DE INCERTEZAA convite de um bom amigo do partido Socialista, Dr. Tiago, participei numa iniciativa da secção do PS da Almirante Reis, secção com uma maravilhosa e magnânima história que aquele dirigente, entre outros, continua, abrindo as suas iniciativas à sociedade civil, facto muito importante para a Democracia, a sua transparência e saúde.A última conferência tinha como tema a fronteira do conhecimento, e era constituída por um painel de grande nível intelectual e operacional, o Prof. Carlos Zorrinho e jovens investigadores em projectos de ponta na área da investigação em medicina.Nesta estrutura muito inteligente tínhamos presentes a conceptualização geral do modelo desta nova fronteira e a grande paixão na pessoa do prof. Zorrinho e o contraste, embora optimista, mas com o saber do terreno dos investigadores.Fiquei encantado com o que ouvi, em primeiro lugar porque sendo o Prof. Zorrinho um técnico de renome, não perdeu, como agente politico e cidadão, a consciência social e humana dos projectos, e sobretudo tem uma análise muito pertinente da situação social e politica internacional muito grave em que nos encontramos.De facto estamos numa encruzilhada da história em que a Vitória ou Derrota das Democracias dependem das opções que tomarmos e das políticas de justiça ou injustiça social que se implementarem.Para além da notável paixão do conferencista, facto que não podia deixar de me impressionar, como é natural em mim, os dados que apresentou são muito importantes, no ranking mundial em 150 países, ocupamos na área do conhecimento o 20º lugar, o que à nossa dimensão e considerando que este salto qualitativo e quantitativo deriva sobretudo do choque tecnológico que foi defendido como progressivo, por contraste com o chamado choque fiscal que era conservador, é já obra.Todavia o Prof. Carlos Zorrinho com quem em outros contextos já me tinha cruzado, para além de brilhante faz um diagnóstico correcto da situação, por um lado no mundo em rede e do conhecimento, a liderança já não está tão territorializada, pode surgir onde houver massa critica, e, assim, um país, mesmo periférico, que se associar às melhores redes internacionais do conhecimento, o que estará a acontecer de um modo significativo com Portugal pela credibilidade e empenho do seus investigadores, pode discutir a liderança no conhecimento com outros centrais; por outro, também foi referido a imperiosa necessidade da valorização do conhecimento, e que estaria na agenda do governo tratar da questão das Universidades Portuguesas de entrarem na Investigação, de modo a produzirem riqueza material para as nossas empresas e riqueza intelectual para elas próprias.Muito boas noticias quer em factos, quer em perspectivas, o que o país também não conhece pelas dificuldades enormes que, segundo o conferencista, os órgãos do governo encontrarão na divulgação dos seus projectos bem sucedidos, circunstância que a acontecer, na minha opinião, é um grave e ridículo estrangulamento que tem de ser vencido.Foi também muito importante saber-se por dois jovens professores universitários com pós graduações em Inglaterra e que regressaram a Portugal que estão em projectos de ponta na área da medicina, em laboratórios acreditados e avaliados por supervisores internacionais.Existem neste âmbito da investigação estrangulamentos graves que derivam quer da constituição orgânica vertical, vitalícia e quase religiosa das hierarquias Académicas em que um Prof. universitário mesmo que tenha parado no tempo há décadas, restará na cátedra até atingir os seus 70 anos, o que obviamente não é o indicado para o desenvolvimento do conhecimento; quer da incompreensível situação dos laboratórios de investigação e excelência não estarem integrados nas Universidades, contra-senso que deveria ser rapidamente derrotado.Numa palavra quando tanta vez se diz que não há massa critica ou não há consciência social em Portugal, nesta sessão houve prova do contrário. Todavia os estrangulamentos estão aí, e um homem importante desta Governança tem disso perfeito conhecimento, pelo que, por vezes, somos surpreendidos com a seguinte interrogação, como com tão boa massa critica, com tanta vontade, trabalho e paixão, há coisas que não acontecem e nos leva a pensar que vivemos num país a várias velocidades e realidades, porquê?Andrade da Silva 18 Julho 2008

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