sorumbático: 'Yes'

01-03-2008
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Por João Paulo GuerraOLHANDO PARA O PASSADO RECENTE: ‘What a day!'. Olhando para o futuro: ‘Yes, we can’. Portugal ‘is getting better’. Pelo menos em inglês. Porque em português é o que se sabe. A taxa de desemprego atingiu em Dezembro os 8,2 por cento, a terceira mais alta da Europa. E a criação de emprego está a ser feita sobretudo por via de contratos a prazo. Há cinco anos, contavam-se em Portugal 26 mil licenciados no desemprego; no ano passado, o número subiu para cerca de 60 mil. Em consequência fundamentalmente do desemprego, em 2007 duplicou o número de famílias portuguesas sobreendividadas.A taxa do risco de pobreza baixou, de 2005 para 2006, de 19 para 18 por cento da população, cerca de um quinto da população. Mas de acordo com o INE, um terço da população activa seria pobre se dependesse apenas dos rendimentos do trabalho. E entretanto aumentaram os “novos pobres” entre sectores da classe média. Em 2007, os salários em atraso atingiram um montante de mais de oito milhões de euros. Ao mesmo tempo o fosso das desigualdades sociais continuou a aprofundar-se. Os 20 por cento de portugueses com os maiores rendimentos auferem cerca de 7 vezes mais do que os 20 por cento mais desfavorecidos. E um quinto da população detém 45 por cento da riqueza nacional. As pensões de reforma em Portugal são as mais baixas da UE a 15 e as terceiras mais baixas da Europa a 27 países. A média das pensões em Portugal é quase metade do valor de Espanha. E de futuro o valor das pensões vai cair ainda mais drasticamente.O aumento dos preços está a ter consequências devastadoras no poder de compra. Por exemplo, em três anos o simples consumo do pão caiu 50 por cento.Que fazer? Talvez desabafar… em inglês.«Diário Económico» - 22 Fev 08 - c.a.a.Etiquetas: JPG

Por João Paulo GuerraOLHANDO PARA O PASSADO RECENTE: ‘What a day!'. Olhando para o futuro: ‘Yes, we can’. Portugal ‘is getting better’. Pelo menos em inglês. Porque em português é o que se sabe. A taxa de desemprego atingiu em Dezembro os 8,2 por cento, a terceira mais alta da Europa. E a criação de emprego está a ser feita sobretudo por via de contratos a prazo. Há cinco anos, contavam-se em Portugal 26 mil licenciados no desemprego; no ano passado, o número subiu para cerca de 60 mil. Em consequência fundamentalmente do desemprego, em 2007 duplicou o número de famílias portuguesas sobreendividadas.A taxa do risco de pobreza baixou, de 2005 para 2006, de 19 para 18 por cento da população, cerca de um quinto da população. Mas de acordo com o INE, um terço da população activa seria pobre se dependesse apenas dos rendimentos do trabalho. E entretanto aumentaram os “novos pobres” entre sectores da classe média. Em 2007, os salários em atraso atingiram um montante de mais de oito milhões de euros. Ao mesmo tempo o fosso das desigualdades sociais continuou a aprofundar-se. Os 20 por cento de portugueses com os maiores rendimentos auferem cerca de 7 vezes mais do que os 20 por cento mais desfavorecidos. E um quinto da população detém 45 por cento da riqueza nacional. As pensões de reforma em Portugal são as mais baixas da UE a 15 e as terceiras mais baixas da Europa a 27 países. A média das pensões em Portugal é quase metade do valor de Espanha. E de futuro o valor das pensões vai cair ainda mais drasticamente.O aumento dos preços está a ter consequências devastadoras no poder de compra. Por exemplo, em três anos o simples consumo do pão caiu 50 por cento.Que fazer? Talvez desabafar… em inglês.«Diário Económico» - 22 Fev 08 - c.a.a.Etiquetas: JPG

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