fim de semana: Georges Moustaki

02-10-2009
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Era meu hábito deambular sem destino pelas ruas de Paris, indiferente às condições do tempo. Tive sempre a sensação que eram esses os caminhos da sabedoria.Naquele dia a neve caía suavemente como que condoendo-se de mimEmbalando pelo tempo e fustigado pelo frio, subia a Avenue Wagram, já perto do Arco do Triunfo. O tagarela do Pinto não se calava. Queria a todo o custo entrar numa qualquer loja, onde o ambiente era seguramente mais acolhedor. Por mim, continuava a caminhada incerta, descobrindo novos olhares, novas gentes.Um burburinho à porta da Fnac, chamou-nos a atenção e fez-nos parar por ali.Lá dentro, o cantor Georges Moustaki saboreava o sucesso do seu primeiro disco “Le Métèque” numa sessão de autógrafos. Era Dezembro de 1969. O seu ar de vagabundo sem amarras, tal como eu e a voz rouca de quem canta a falar das coisas simples, fizeram com que me aproximasse e lhe pedisse um autógrafo.O Pinto não ficou atrás. Pediu-lhe um autógrafo também. Moustaki, autografou-lhe uma foto das que se encontravam na mesa.Pinto encheu o peito, entregou-lhe um cartão e pediu-me para lhe perguntar se queria um autógrafo dele. No cartão estava escrito: Carlos Alberto Pinto - Vocalista Pop do Conjunto “The Tiggers”Pinto – uma mentira que Moustaki ignoraria!Moustaki - comme une perle rare!


Era meu hábito deambular sem destino pelas ruas de Paris, indiferente às condições do tempo. Tive sempre a sensação que eram esses os caminhos da sabedoria.Naquele dia a neve caía suavemente como que condoendo-se de mimEmbalando pelo tempo e fustigado pelo frio, subia a Avenue Wagram, já perto do Arco do Triunfo. O tagarela do Pinto não se calava. Queria a todo o custo entrar numa qualquer loja, onde o ambiente era seguramente mais acolhedor. Por mim, continuava a caminhada incerta, descobrindo novos olhares, novas gentes.Um burburinho à porta da Fnac, chamou-nos a atenção e fez-nos parar por ali.Lá dentro, o cantor Georges Moustaki saboreava o sucesso do seu primeiro disco “Le Métèque” numa sessão de autógrafos. Era Dezembro de 1969. O seu ar de vagabundo sem amarras, tal como eu e a voz rouca de quem canta a falar das coisas simples, fizeram com que me aproximasse e lhe pedisse um autógrafo.O Pinto não ficou atrás. Pediu-lhe um autógrafo também. Moustaki, autografou-lhe uma foto das que se encontravam na mesa.Pinto encheu o peito, entregou-lhe um cartão e pediu-me para lhe perguntar se queria um autógrafo dele. No cartão estava escrito: Carlos Alberto Pinto - Vocalista Pop do Conjunto “The Tiggers”Pinto – uma mentira que Moustaki ignoraria!Moustaki - comme une perle rare!

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