PJ leva a tribunal pai dos manos Duarte

02-03-2008
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PJ leva a tribunal pai dos manos Duarte

AZEVEDO Duarte é o quinto elemento do Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) apanhado nas teias do «Apito Dourado». Pai de Augusto Duarte, também arguido neste processo, Azevedo Duarte assumiu as funções de vice-presidente do CA em Abril último, após a demissão do então presidente, Pinto de Sousa - uma promoção, até hoje, severamente criticada.

Este ex-árbitro internacional de Braga, motorista da Câmara presidida por Mesquita Machado, que também é líder da Assembleia Geral da FPF, foi o único alvo das buscas domiciliárias, em Abril, que escapou à condição de arguido, tendo visto apenas ser-lhe confiscada uma arma sem licença. Este dirigente é indiciado de 10 crimes, entre os quais o de corrupção desportiva activa, instigação ao abuso de poder e falsificação de documentos.

Em Outubro, em declarações ao EXPRESSO, Guedes de Carvalho, ex-observador de árbitros da FPF, acusou Azevedo Duarte de ter interferido na classificação que ditou a sua despromoção em 2003/04. Guedes de Carvalho sustenta ter sido «pressionado para prejudicar dois árbitros concorrentes do filho, Hernâni Duarte, na subida ao quadro de primeira categoria», na época passada. Segundo o ex-observador, Azevedo Duarte ter-lhe-á pedido para «prejudicar na avaliação» Cosme Machado, juiz de Braga, «que andava a morder os calcanhares ao filho».

Uma das abordagens terá sido feita em Dezembro de 2003. A segunda, três meses depois. Carvalho garante que das duas vezes recusoua «cunha»: «Respondi-lhe que escusava de me pedir favores porque não me ia sujar depois de 25 anos de arbitragem». O caso foi denunciado a Pinto de Sousa, que «prometeu estar atento e que eu não seria prejudicado por não ter feito jeitos».

Indiciado em Abril com outros elementos do CA, Pinto de Sousa demitiu-se, enquanto Azevedo Duarte (vogal com o pelouro das observações) subiu à vice-presidência, apesar de o filho Hernâni Duarte integrar os quadros federativos e Augusto Duarte os da Liga.

Em Junho, Guedes de Carvalho foi despromovido e Hernâni subiu à primeira categoria. Em Outubro, contactado pelo EXPRESSO, Azevedo Duarte não quis comentar as acusações.

Carlos Pinto, secretário do pelouro da arbitragem da Liga, é outro dos arguidos da semana. Em finais de 1997, o árbitro José Leirós acusou Carlos Pinto de o ter tentado subornar, supostamente em nome do Braga. Leirós ficou sem arbitrar dois meses, enquanto Carlos Pinto foi transferido de departamento. O caso foi arquivado e o funcionário da Liga retomou funções.

Após ter sido despromovido, em 2001/02, Leirós abandonou a carreira, denunciando ter em sua posse dois relatórios falsos de observadores da Liga. «Que se faça justiça» é agora o único comentário de Guedes de Carvalho e Leirós.

Na operação «Apito Dourado» acabam ainda de ser constituídos arguidos o ex-árbitro Martins dos Santos por eventual manipulação de resultados de jogos, bem como dois assistentes do arguido Pedro Sanhudo. Paulo Paraty foi ouvido pela PJ, mas é uma incógnita se o foi como arguido ou testemunha.

PJ leva a tribunal pai dos manos Duarte

AZEVEDO Duarte é o quinto elemento do Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) apanhado nas teias do «Apito Dourado». Pai de Augusto Duarte, também arguido neste processo, Azevedo Duarte assumiu as funções de vice-presidente do CA em Abril último, após a demissão do então presidente, Pinto de Sousa - uma promoção, até hoje, severamente criticada.

Este ex-árbitro internacional de Braga, motorista da Câmara presidida por Mesquita Machado, que também é líder da Assembleia Geral da FPF, foi o único alvo das buscas domiciliárias, em Abril, que escapou à condição de arguido, tendo visto apenas ser-lhe confiscada uma arma sem licença. Este dirigente é indiciado de 10 crimes, entre os quais o de corrupção desportiva activa, instigação ao abuso de poder e falsificação de documentos.

Em Outubro, em declarações ao EXPRESSO, Guedes de Carvalho, ex-observador de árbitros da FPF, acusou Azevedo Duarte de ter interferido na classificação que ditou a sua despromoção em 2003/04. Guedes de Carvalho sustenta ter sido «pressionado para prejudicar dois árbitros concorrentes do filho, Hernâni Duarte, na subida ao quadro de primeira categoria», na época passada. Segundo o ex-observador, Azevedo Duarte ter-lhe-á pedido para «prejudicar na avaliação» Cosme Machado, juiz de Braga, «que andava a morder os calcanhares ao filho».

Uma das abordagens terá sido feita em Dezembro de 2003. A segunda, três meses depois. Carvalho garante que das duas vezes recusoua «cunha»: «Respondi-lhe que escusava de me pedir favores porque não me ia sujar depois de 25 anos de arbitragem». O caso foi denunciado a Pinto de Sousa, que «prometeu estar atento e que eu não seria prejudicado por não ter feito jeitos».

Indiciado em Abril com outros elementos do CA, Pinto de Sousa demitiu-se, enquanto Azevedo Duarte (vogal com o pelouro das observações) subiu à vice-presidência, apesar de o filho Hernâni Duarte integrar os quadros federativos e Augusto Duarte os da Liga.

Em Junho, Guedes de Carvalho foi despromovido e Hernâni subiu à primeira categoria. Em Outubro, contactado pelo EXPRESSO, Azevedo Duarte não quis comentar as acusações.

Carlos Pinto, secretário do pelouro da arbitragem da Liga, é outro dos arguidos da semana. Em finais de 1997, o árbitro José Leirós acusou Carlos Pinto de o ter tentado subornar, supostamente em nome do Braga. Leirós ficou sem arbitrar dois meses, enquanto Carlos Pinto foi transferido de departamento. O caso foi arquivado e o funcionário da Liga retomou funções.

Após ter sido despromovido, em 2001/02, Leirós abandonou a carreira, denunciando ter em sua posse dois relatórios falsos de observadores da Liga. «Que se faça justiça» é agora o único comentário de Guedes de Carvalho e Leirós.

Na operação «Apito Dourado» acabam ainda de ser constituídos arguidos o ex-árbitro Martins dos Santos por eventual manipulação de resultados de jogos, bem como dois assistentes do arguido Pedro Sanhudo. Paulo Paraty foi ouvido pela PJ, mas é uma incógnita se o foi como arguido ou testemunha.

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