MUNDO SPORTING: ESTOU TRISTE...

03-10-2009
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No passado Domingo, estava eu a passar o olho pelos canais de televisão, quando me chega a imagem de Rui Santos, no programa tempo extra. Parei por alguns segundos. Falava do Sporting e ouvi-o então dizer que o nosso clube está a perder a Identidade Sportinguista. Não pude deixar de concordar. Depois disse que com Dias da Cunha tinhamos essa identidade, mas com Soares Franco já não. Como o homem já estava na fase do disparate, (depois de uma coisa acertada, começa com uma alucinação a dizer o máximo de asneiras possível) voltei a mudar de canal. No entanto, fez-me pensar. O Sporting de hoje em dia pouco tem a ver com os ideais dos nossos fundadores. Eles próprios eram desportistas ecléticos e completos. Hoje em dia vive-se, e mal, quase exclusivamente para o futebol. Que tipo de clube cresce a fazer exaltações aos feitos de Joaquim Agostinho, grande animador, apenas com a sua presença (nem era grande especialista) da pista do velhinho José Alvalade, mas acaba com essa mesma pista? Que é feito do clube que evoca repetidamente os títulos e recordes de Carlos Lopes, Fernando Mamede, dos gêmeos Castro, Obikwelu, Rui Silva, etc. e de tudo o que Moniz Pereira já deu ao nosso clube, quando se resolve construir um novo estádio sem pista, mas com um enorme fosso à volta, o que faz com que as bancadas fiquem praticamente à mesma distância do que aconteceria caso existisse uma pista? Onde pára o Sporting que apregoa ao mundo o seu sem número de títulos (maior do mundo, depois do Barcelona) em todas as modalidades, mas que em vez de construir um pavilhão, nos terrenos do antigo estádio, ou até uma nave por debaixo do novo José Alvalade, resolve fazer um parque de estacionamento subterrâneo só porque tem um centro comercial integrado nessa obra prima? Pior que tudo... O que é feito das modalidades do Sporting? É triste ver o hóquei em patins ser comentado por todos para exaltar a grandeza do clube, existir um grupo com vontade de prosseguir com a equipa, vê-los a vender rifas e tudo o mais e a direcção gastar milhões a contratar jogadores de futebol oriundos de países longínquos, de qualidade mais que duvidosa, não ajudando financeiramente, deixando morrer o projecto destes sportinguistas. O basquet, o vólei? E as que existem jogam em campos alugados. Não temos casa própria... É isso que é perder a identidade. Como é possível que se permita a um bando se selvagens, como são muitos dos membros das claques, serem a imagem do nosso clube, o símbolo do apoio de todos? O que dizem os dirigentes quando esses mesmos adeptos incansáveis ficaram com todos os bilhetes da final da taça, só por atropelarem pessoas que estavam na bicha há mais de 24 horas? E quando o nosso capitão vai entregar a camisola à bancada, num gesto simbólico, e esta é devolvida por duas vezes para dentro do campo? E, falando agora de futebol... Como se quer restituir o Sportinguismo à antiga, se jogadores formados desde os 8 anos pelo clube são emprestados, para verem depois os lugares vagos do plantel sénior ocupados por jogadores sem qualquer tipo de prova prestada? De há 10 anos para cá, tirando Liedson e Acosta, que outras contratações resultaram na frente de ataque? É por tudo isto que o sonho de qualquer miúdo das escolas é jogar um dia no Manchester como o Ronaldo e o Nani, no Barcelona como o Quaresma, ou no Real Madrid como o Figo, em vez de ser chegar à equipa principal do Sporting, honrar a camisola verde e branca e bater todas estas equipas, nem que seja por uma vez... BG


No passado Domingo, estava eu a passar o olho pelos canais de televisão, quando me chega a imagem de Rui Santos, no programa tempo extra. Parei por alguns segundos. Falava do Sporting e ouvi-o então dizer que o nosso clube está a perder a Identidade Sportinguista. Não pude deixar de concordar. Depois disse que com Dias da Cunha tinhamos essa identidade, mas com Soares Franco já não. Como o homem já estava na fase do disparate, (depois de uma coisa acertada, começa com uma alucinação a dizer o máximo de asneiras possível) voltei a mudar de canal. No entanto, fez-me pensar. O Sporting de hoje em dia pouco tem a ver com os ideais dos nossos fundadores. Eles próprios eram desportistas ecléticos e completos. Hoje em dia vive-se, e mal, quase exclusivamente para o futebol. Que tipo de clube cresce a fazer exaltações aos feitos de Joaquim Agostinho, grande animador, apenas com a sua presença (nem era grande especialista) da pista do velhinho José Alvalade, mas acaba com essa mesma pista? Que é feito do clube que evoca repetidamente os títulos e recordes de Carlos Lopes, Fernando Mamede, dos gêmeos Castro, Obikwelu, Rui Silva, etc. e de tudo o que Moniz Pereira já deu ao nosso clube, quando se resolve construir um novo estádio sem pista, mas com um enorme fosso à volta, o que faz com que as bancadas fiquem praticamente à mesma distância do que aconteceria caso existisse uma pista? Onde pára o Sporting que apregoa ao mundo o seu sem número de títulos (maior do mundo, depois do Barcelona) em todas as modalidades, mas que em vez de construir um pavilhão, nos terrenos do antigo estádio, ou até uma nave por debaixo do novo José Alvalade, resolve fazer um parque de estacionamento subterrâneo só porque tem um centro comercial integrado nessa obra prima? Pior que tudo... O que é feito das modalidades do Sporting? É triste ver o hóquei em patins ser comentado por todos para exaltar a grandeza do clube, existir um grupo com vontade de prosseguir com a equipa, vê-los a vender rifas e tudo o mais e a direcção gastar milhões a contratar jogadores de futebol oriundos de países longínquos, de qualidade mais que duvidosa, não ajudando financeiramente, deixando morrer o projecto destes sportinguistas. O basquet, o vólei? E as que existem jogam em campos alugados. Não temos casa própria... É isso que é perder a identidade. Como é possível que se permita a um bando se selvagens, como são muitos dos membros das claques, serem a imagem do nosso clube, o símbolo do apoio de todos? O que dizem os dirigentes quando esses mesmos adeptos incansáveis ficaram com todos os bilhetes da final da taça, só por atropelarem pessoas que estavam na bicha há mais de 24 horas? E quando o nosso capitão vai entregar a camisola à bancada, num gesto simbólico, e esta é devolvida por duas vezes para dentro do campo? E, falando agora de futebol... Como se quer restituir o Sportinguismo à antiga, se jogadores formados desde os 8 anos pelo clube são emprestados, para verem depois os lugares vagos do plantel sénior ocupados por jogadores sem qualquer tipo de prova prestada? De há 10 anos para cá, tirando Liedson e Acosta, que outras contratações resultaram na frente de ataque? É por tudo isto que o sonho de qualquer miúdo das escolas é jogar um dia no Manchester como o Ronaldo e o Nani, no Barcelona como o Quaresma, ou no Real Madrid como o Figo, em vez de ser chegar à equipa principal do Sporting, honrar a camisola verde e branca e bater todas estas equipas, nem que seja por uma vez... BG

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