Universos Assimétricos

04-10-2009
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Em 1980, os Estados Unidos não compareceram nos Jogos Olímpicos de Moscovo, como protesto pela invasão soviética do Afeganistão. Em 1984, foi a vez da União Soviética não comparecer nos Jogos de Los Angeles.

A transmissão televisiva destes Jogos foi da mais desavergonhada propaganda americana. Os atletas americanos tinham direito a repetições sem fim e em câmara lenta, em contraste com o tratamento aos atletas estrangeiros, mesmo quando vencedores. Foi nojento. Os jornalistas estrangeiros presentes reclamaram, mas um responsável da realização, sobranceiramente respondeu qualquer coisa como: que na América os americanos faziam a realização como bem queriam. Evidentemente. A realização era caseira e o resto do planeta era paisagem.

Na Maratona, pela longa duração e importância da prova e pela evidência estrangeira (Carlos Lopes e outros 2), a realização não teve outro remédio senão mostrar longamente o êxito dos estrangeiros. Tive quase tanto prazer em imaginar a frustração da realização americana, como na própria vitória portuguesa. Mesmo assim, não deixaram de dar maior destaque à vitoria da atleta americana da Maratona (Benoit?), que à de Lopes.

Em 1980, os Estados Unidos não compareceram nos Jogos Olímpicos de Moscovo, como protesto pela invasão soviética do Afeganistão. Em 1984, foi a vez da União Soviética não comparecer nos Jogos de Los Angeles.

A transmissão televisiva destes Jogos foi da mais desavergonhada propaganda americana. Os atletas americanos tinham direito a repetições sem fim e em câmara lenta, em contraste com o tratamento aos atletas estrangeiros, mesmo quando vencedores. Foi nojento. Os jornalistas estrangeiros presentes reclamaram, mas um responsável da realização, sobranceiramente respondeu qualquer coisa como: que na América os americanos faziam a realização como bem queriam. Evidentemente. A realização era caseira e o resto do planeta era paisagem.

Na Maratona, pela longa duração e importância da prova e pela evidência estrangeira (Carlos Lopes e outros 2), a realização não teve outro remédio senão mostrar longamente o êxito dos estrangeiros. Tive quase tanto prazer em imaginar a frustração da realização americana, como na própria vitória portuguesa. Mesmo assim, não deixaram de dar maior destaque à vitoria da atleta americana da Maratona (Benoit?), que à de Lopes.

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