CL: Sonho da riqueza

11-07-2009
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Em 2006, durante o Corta mato de Torres Vedras, assisti uma situação deveras grave, que cada vez mais acontece por este Globo fora, a chamada exploração. Homem sempre conheceu o Tráfico Humano, deste os tempos longínquas o fazemos. Voltando a Torres Vedras, reparei que o atleta vencedor um Queniano, no fim de receber o envelope, entrou-o a um homem de raça Branca, que por sinal, até tinha um bom carro. Fiquei com aquela imagem e perguntei a um amigo, com muitos anos de corridas

- Carlos, é um agente desportivo, a função dele, é sacrificar os pobres cuidados.

Pois, é assim, uns que tiram o proveito dos outros para tal… uns ganham dinheiro sentados, outros com o sonho da riqueza, ficam vulneráveis. A pouco tempo ouvi uma história de una Atletas quenianos, que vivem no Algarve ( Portugal), foram deixados ao abandono por 15 dias, pois o Agente tinha ido de ferias. Estando numa quinta, a única solução foi comer a fruta que conseguiram das arvores. Aqui deixo um apanhado de uma pesquisa feita na Net, sobre este post.

NAIRÓBI (Reuters) - Um país onde a maioria das pessoas sobrevive com menos de um dólar por dia, o atletismo oferece enormes riquezas a jovens quenianos. Mas a promessa de prêmios em dinheiro e salários que iluminam o caminho para fora da pobreza também torna os jovens presas fáceis para empresários sem escrúpulos em busca de comissões. A exploração de atletas talentosos, mas ingênuos, é comum, dizem dirigentes do desporto.

"Depois de terem sido explorados, e estarem já sem ritmos, eles voltam correndo para nós em busca de intervenção. Nesse estágio, percebemos que eles não têm sequer contratos legais", disse o secretário-geral da Federação de Atletismo do Quênia, David Okeyo.

Graças à famosa capacidade em corridas de longa distância, alguns quenianos receberam somas enormes de dinheiro nos lucrativos Grande Prix, Golden League, corridas de rua e circuitos de maratona.

Daniel Komen, campeão mundial dos 5.000 metros em 1997 e que marcou quatro recordes mundiais no ano anterior, ganhou 250.000 dólares em uma única temporada em seu auge, em 1996.

A rainha da maratona Joyce Chepchumba recebeu o equivalente a 424.900 dólares -- o maior prêmio em dinheiro da Maratona de Londres -- ao vencer a corrida pela segunda vez, em 1999.

O recordista mundial da maratona Paul Tergat e a ex-recordista mundial Catherine Ndereba estão entre os atletas mais bem pagos do circuito mundial hoje em dia.

PASSAGENS AÉREAS

Autoridades quenianas dizem que a sedução de riqueza atrai jovens e é aí que começa a exploração. Agentes se aproximam de jovens atletas em eventos no interior do Quênia e oferecem roupas de esporte, tênis e passagens aéreas, dizem. Mas muitos dos atletas que aceitam as ofertas de irem ao exterior voltam para casa sem o dinheiro, e também em estado físico e mental lastimável. A vergonha mantém muitos deles calados.

Stephen Njenga, agora com 27 anos, foi um dos jovens atletas do Quênia levados ao Japão com promessas de enormes benefícios para o seu talento. Mas o fundista disse que foi enviado para casa sem cerimônias depois de sofrer uma contusão na perna direita.

"Me prometeram três milhões de ienes por ano quando o agente local veio me oferecer um trabalho de corredor no...Japão", disse Njenga.

"Recebi uma quantidade inicial que me pagou uma van Nissan, que eu trouxe para cá e agora me ajuda no serviço de matatu (transporte público)."

Njenga disse que contundiu-se seriamente em 1998 correndo e treinando no asfalto e em outras superfícies duras.

"Mas meu patrões não me pagaram a medicação, dizendo que não era parte do acordo. Gastei mais de 200.000 ienes com remédios."

"No final, fui mandado para casa, quebrado e devastado. Como você vê, estou mancando, sem condições de correr", disse Njenga, durante o campeonato nacional de cross-country, em Nairóbi, em fevereiro.

DESTINO PREFERIDO

O Japão é o destino preferido de muitos jovens atletas da região central do Quênia, principalmente daqueles da zona de Nyahururu, terra-natal do pentacampeão mundial de cross-country e campeão olímpico dos 5.000 metros de 1988, John Ngugi.

David Miano, da federação de atletismo e diretamente envolvido no programa, disse que o caso de Njenga é raro.

"Há casos isolados, que são infelizes. Mas apoio totalmente o programa com os japoneses quando observo os benefícios que trouxe aos nossos atletas", disse Miano.

Okeyo disse que o Quênia tem mais de 2.000 bons atletas e que controlar todos é difícil.

"Temos tantos atletas de qualidade superior que não podemos monitorar seus desempenhos se os seus técnicos e empresários não estiverem em contato conosco", disse Okeyo.

A Federação de Atletismo cortou recentemente laços com seis empresários quenianos, dois deles devido a acusações de maus tratos a atletas no exterior.

Em 2006, durante o Corta mato de Torres Vedras, assisti uma situação deveras grave, que cada vez mais acontece por este Globo fora, a chamada exploração. Homem sempre conheceu o Tráfico Humano, deste os tempos longínquas o fazemos. Voltando a Torres Vedras, reparei que o atleta vencedor um Queniano, no fim de receber o envelope, entrou-o a um homem de raça Branca, que por sinal, até tinha um bom carro. Fiquei com aquela imagem e perguntei a um amigo, com muitos anos de corridas

- Carlos, é um agente desportivo, a função dele, é sacrificar os pobres cuidados.

Pois, é assim, uns que tiram o proveito dos outros para tal… uns ganham dinheiro sentados, outros com o sonho da riqueza, ficam vulneráveis. A pouco tempo ouvi uma história de una Atletas quenianos, que vivem no Algarve ( Portugal), foram deixados ao abandono por 15 dias, pois o Agente tinha ido de ferias. Estando numa quinta, a única solução foi comer a fruta que conseguiram das arvores. Aqui deixo um apanhado de uma pesquisa feita na Net, sobre este post.

NAIRÓBI (Reuters) - Um país onde a maioria das pessoas sobrevive com menos de um dólar por dia, o atletismo oferece enormes riquezas a jovens quenianos. Mas a promessa de prêmios em dinheiro e salários que iluminam o caminho para fora da pobreza também torna os jovens presas fáceis para empresários sem escrúpulos em busca de comissões. A exploração de atletas talentosos, mas ingênuos, é comum, dizem dirigentes do desporto.

"Depois de terem sido explorados, e estarem já sem ritmos, eles voltam correndo para nós em busca de intervenção. Nesse estágio, percebemos que eles não têm sequer contratos legais", disse o secretário-geral da Federação de Atletismo do Quênia, David Okeyo.

Graças à famosa capacidade em corridas de longa distância, alguns quenianos receberam somas enormes de dinheiro nos lucrativos Grande Prix, Golden League, corridas de rua e circuitos de maratona.

Daniel Komen, campeão mundial dos 5.000 metros em 1997 e que marcou quatro recordes mundiais no ano anterior, ganhou 250.000 dólares em uma única temporada em seu auge, em 1996.

A rainha da maratona Joyce Chepchumba recebeu o equivalente a 424.900 dólares -- o maior prêmio em dinheiro da Maratona de Londres -- ao vencer a corrida pela segunda vez, em 1999.

O recordista mundial da maratona Paul Tergat e a ex-recordista mundial Catherine Ndereba estão entre os atletas mais bem pagos do circuito mundial hoje em dia.

PASSAGENS AÉREAS

Autoridades quenianas dizem que a sedução de riqueza atrai jovens e é aí que começa a exploração. Agentes se aproximam de jovens atletas em eventos no interior do Quênia e oferecem roupas de esporte, tênis e passagens aéreas, dizem. Mas muitos dos atletas que aceitam as ofertas de irem ao exterior voltam para casa sem o dinheiro, e também em estado físico e mental lastimável. A vergonha mantém muitos deles calados.

Stephen Njenga, agora com 27 anos, foi um dos jovens atletas do Quênia levados ao Japão com promessas de enormes benefícios para o seu talento. Mas o fundista disse que foi enviado para casa sem cerimônias depois de sofrer uma contusão na perna direita.

"Me prometeram três milhões de ienes por ano quando o agente local veio me oferecer um trabalho de corredor no...Japão", disse Njenga.

"Recebi uma quantidade inicial que me pagou uma van Nissan, que eu trouxe para cá e agora me ajuda no serviço de matatu (transporte público)."

Njenga disse que contundiu-se seriamente em 1998 correndo e treinando no asfalto e em outras superfícies duras.

"Mas meu patrões não me pagaram a medicação, dizendo que não era parte do acordo. Gastei mais de 200.000 ienes com remédios."

"No final, fui mandado para casa, quebrado e devastado. Como você vê, estou mancando, sem condições de correr", disse Njenga, durante o campeonato nacional de cross-country, em Nairóbi, em fevereiro.

DESTINO PREFERIDO

O Japão é o destino preferido de muitos jovens atletas da região central do Quênia, principalmente daqueles da zona de Nyahururu, terra-natal do pentacampeão mundial de cross-country e campeão olímpico dos 5.000 metros de 1988, John Ngugi.

David Miano, da federação de atletismo e diretamente envolvido no programa, disse que o caso de Njenga é raro.

"Há casos isolados, que são infelizes. Mas apoio totalmente o programa com os japoneses quando observo os benefícios que trouxe aos nossos atletas", disse Miano.

Okeyo disse que o Quênia tem mais de 2.000 bons atletas e que controlar todos é difícil.

"Temos tantos atletas de qualidade superior que não podemos monitorar seus desempenhos se os seus técnicos e empresários não estiverem em contato conosco", disse Okeyo.

A Federação de Atletismo cortou recentemente laços com seis empresários quenianos, dois deles devido a acusações de maus tratos a atletas no exterior.

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