VIMARAPERESPORTO: PONTOS DE VISTA

10-10-2009
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Uma metamorfose de resultado imprevisível na política dos EUAPartido Republicano está a viver uma mudança interna de referênciasOs Estados Unidos vivem um momento de redefinição. Os ataques do 11 de Setembro submeteram esta "democracia pluralista a uma forte tensão", exacerbaram tendências messiânicas e chauvinistas, mitos patrióticos, "uma cultura nacional de paranóia e agressão" e, sobretudo, o papel da América como "agente da teleologia histórica". Falando após o 11 de Setembro, George W. Bush tornou clara aquela noção, ao afirmar que "o progresso da liberdade humana - a grande realização do nosso tempo, a grande esperança de todos os tempos - depende agora de nós". Esta é uma conjuntura perigosa, argumenta Anatol Lieven em A América a Bem ou a Mal - Uma Anatomia do Nacionalismo Americano. Conjuntura perigosa porque no plano da política interna "o Partido Republicano converteu- -se de facto no Partido Nacionalista Americano", forjando alianças com o "elemento religioso radical", estruturando a sua estratégia em torno das prioridades do círculo neoconservador e aceitando a identificação das suas prioridades no Médio Oriente com as do Estado israelita. Neste último ponto, Lieven afirma que muito pouco separa republicanos e democratas, e cita figuras de destaque na actual hierarquia democrata no Congresso - por exemplo, Tom Lantos e Joseph Biden, este último candidato presidencial - em que o tom das suas declarações se equivale às dos elementos incondicionais do lobby israelita nos EUA.Professor de Relações Internacionais e de Estudos sobre Terrorismo na Grã-Bretanha e antigo jornalista, Lieven defende estar em curso uma deriva perigosa que transforma a natureza do Partido Republicano com reflexos internos e externos.


Uma metamorfose de resultado imprevisível na política dos EUAPartido Republicano está a viver uma mudança interna de referênciasOs Estados Unidos vivem um momento de redefinição. Os ataques do 11 de Setembro submeteram esta "democracia pluralista a uma forte tensão", exacerbaram tendências messiânicas e chauvinistas, mitos patrióticos, "uma cultura nacional de paranóia e agressão" e, sobretudo, o papel da América como "agente da teleologia histórica". Falando após o 11 de Setembro, George W. Bush tornou clara aquela noção, ao afirmar que "o progresso da liberdade humana - a grande realização do nosso tempo, a grande esperança de todos os tempos - depende agora de nós". Esta é uma conjuntura perigosa, argumenta Anatol Lieven em A América a Bem ou a Mal - Uma Anatomia do Nacionalismo Americano. Conjuntura perigosa porque no plano da política interna "o Partido Republicano converteu- -se de facto no Partido Nacionalista Americano", forjando alianças com o "elemento religioso radical", estruturando a sua estratégia em torno das prioridades do círculo neoconservador e aceitando a identificação das suas prioridades no Médio Oriente com as do Estado israelita. Neste último ponto, Lieven afirma que muito pouco separa republicanos e democratas, e cita figuras de destaque na actual hierarquia democrata no Congresso - por exemplo, Tom Lantos e Joseph Biden, este último candidato presidencial - em que o tom das suas declarações se equivale às dos elementos incondicionais do lobby israelita nos EUA.Professor de Relações Internacionais e de Estudos sobre Terrorismo na Grã-Bretanha e antigo jornalista, Lieven defende estar em curso uma deriva perigosa que transforma a natureza do Partido Republicano com reflexos internos e externos.

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