tu... Bastou aquele gesto Da tua mão tocar tão docemente a minha Pra nascerem raízes Que me prendem à terra e me alimentam Nas horas mais vazias. Bastou aquele olhar-O teu olhar tão brando, prolongando-se um pouco sobre o meu –Para iluminar as noites em que a lua se escondeE a escuridão envolve um mundo sem sentido. Bastou esse teu jeito de sorrir,Um sorriso em que vejo despontar a confiançaNa vida não vivida, nas emoções ainda não sentidas,Nos passos que ressoam noutros passos. Bastaste tu. Maria Eugénia Cunhal “Silêncio de Vidro”1962
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tu... Bastou aquele gesto Da tua mão tocar tão docemente a minha Pra nascerem raízes Que me prendem à terra e me alimentam Nas horas mais vazias. Bastou aquele olhar-O teu olhar tão brando, prolongando-se um pouco sobre o meu –Para iluminar as noites em que a lua se escondeE a escuridão envolve um mundo sem sentido. Bastou esse teu jeito de sorrir,Um sorriso em que vejo despontar a confiançaNa vida não vivida, nas emoções ainda não sentidas,Nos passos que ressoam noutros passos. Bastaste tu. Maria Eugénia Cunhal “Silêncio de Vidro”1962