Acreditar no Norte: Licenciados ganham menos no Porto

13-10-2009
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A remuneração média praticada em 2005 no Grande Porto foi inferior à média nacional em quatro por cento para as habilitações mais diferenciadas (bacharelato e licenciatura), sendo que os trabalhadores da Grande Lisboa com igual nível de formação ganharam mais 400 euros por mês do que os seus pares da região da Invicta. Segundo os números que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) forneceu ao JANEIRO, o hiato salarial entre as regiões de Lisboa e Porto vai alargando à medida que aumenta o nível de habilitações dos trabalhadores, sobretudo a partir do grau de ensino secundário.Numa análise indiferenciada relativamente à formação académica, os dados mostram que os recursos humanos do Grande Porto recebem 76,3 por cento daquilo que ganham os seus pares da Grande Lisboa. Quando se alarga a análise aos salários de toda a região Norte, mantendo-se a zona da capital portuguesa como termo de comparação, a diferença aumenta ainda mais: um trabalhador nortenho ganha apenas dois terços (66,9 por cento) daquilo que ganha um lisboeta.Em termos nominais, o ganho médio mensal para os portugueses que trabalharam em 2005 por conta de outrem foi de 907 euros, enquanto na região Norte este valor foi de 785 euros. A diferença de salários foi de cerca de 300 euros entre o Grande Porto (937 euros) e a Grande Lisboa (1228 euros), uma diferença que se mantém na comparação entre municípios: 1087 no Porto e 1363 em Lisboa.VulnerabilidadeNum comentário ao estudo apresentado ao nosso jornal, a CCDR-N considera que a “maior vulnerabilidade externa da economia regional do Grande Porto, e em grande parte da região Norte, resulta numa maior pressão para a contenção dos custos salariais”.Em declarações ao JANEIRO, Carlos Lage, presidente da CCDR-N, referiu que o Norte deve “apostar em actividades de valor acrescentado superior, quer na área industrial quer na área dos serviços”. O responsável da CCDR disse ainda ser importante para o Norte requalificar os seus sectores económicos tradicionais para padrões superiores, apostar no desenvolvimento de centros de investigação científica e tecnológica, no sector do turismo e na cultura, através das indústrias criativas. Tudo isto, sublinhou, tendo em vista a “criação de melhores empregos e melhor remunerados”. “O Porto não pode perder esta revolução e há condições e vontade de mudar”, acrescentou Lage.…Fonte: O Primeiro de Janeiro, 13 de Fevereiro de 2008


A remuneração média praticada em 2005 no Grande Porto foi inferior à média nacional em quatro por cento para as habilitações mais diferenciadas (bacharelato e licenciatura), sendo que os trabalhadores da Grande Lisboa com igual nível de formação ganharam mais 400 euros por mês do que os seus pares da região da Invicta. Segundo os números que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) forneceu ao JANEIRO, o hiato salarial entre as regiões de Lisboa e Porto vai alargando à medida que aumenta o nível de habilitações dos trabalhadores, sobretudo a partir do grau de ensino secundário.Numa análise indiferenciada relativamente à formação académica, os dados mostram que os recursos humanos do Grande Porto recebem 76,3 por cento daquilo que ganham os seus pares da Grande Lisboa. Quando se alarga a análise aos salários de toda a região Norte, mantendo-se a zona da capital portuguesa como termo de comparação, a diferença aumenta ainda mais: um trabalhador nortenho ganha apenas dois terços (66,9 por cento) daquilo que ganha um lisboeta.Em termos nominais, o ganho médio mensal para os portugueses que trabalharam em 2005 por conta de outrem foi de 907 euros, enquanto na região Norte este valor foi de 785 euros. A diferença de salários foi de cerca de 300 euros entre o Grande Porto (937 euros) e a Grande Lisboa (1228 euros), uma diferença que se mantém na comparação entre municípios: 1087 no Porto e 1363 em Lisboa.VulnerabilidadeNum comentário ao estudo apresentado ao nosso jornal, a CCDR-N considera que a “maior vulnerabilidade externa da economia regional do Grande Porto, e em grande parte da região Norte, resulta numa maior pressão para a contenção dos custos salariais”.Em declarações ao JANEIRO, Carlos Lage, presidente da CCDR-N, referiu que o Norte deve “apostar em actividades de valor acrescentado superior, quer na área industrial quer na área dos serviços”. O responsável da CCDR disse ainda ser importante para o Norte requalificar os seus sectores económicos tradicionais para padrões superiores, apostar no desenvolvimento de centros de investigação científica e tecnológica, no sector do turismo e na cultura, através das indústrias criativas. Tudo isto, sublinhou, tendo em vista a “criação de melhores empregos e melhor remunerados”. “O Porto não pode perder esta revolução e há condições e vontade de mudar”, acrescentou Lage.…Fonte: O Primeiro de Janeiro, 13 de Fevereiro de 2008

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