Portugal Aos Portugueses: Só muda o cheiro

24-07-2009
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Cuba. Grande reforma destinada a tornar o Governo mais funcionalFidel escreveu que dois políticos foram afastados por "conduta imprópria""Não terminam com o ciclo de Fidel Castro, mas põem mais um prego no seu caixão." Foi assim que o director do Instituto de Estudos Cubanos da Universidade de Miami, Jaime Suchlicki, reagiu à saída de duas das principais figuras do Governo cubano, na remodelação governamental empreendida por Raúl Castro. Em causa está a saída de Felipe Pérez Roque e de Carlos Lage, que chegaram a ser dados como eventuais sucessores do antigo líder cubano.Pérez Roque foi simplesmente "liberado" do posto de chefe da diplomacia, segundo a nota oficial do Governo cubano, sendo substituído pelo seu número dois, Bruno Rodriguez. No lugar de Lage na Secretaria do Conselho de Ministros ficará o general José Amado Ricardo Guerra, sendo que o comunicado especifica que o seu cargo "não constitui legalmente uma instância com faculdades de decisão em matéria governamental, nem se atribui qualquer protagonismo na direcção do Governo".No caso de Lage, não se pode falar de uma despromoção, já que se mantém à frente de uma das seis vice-presidências. Contudo, a sua saída da Secretaria do Conselho de Ministros faz pensar que ficaram para trás os seus tempos como representante de Havana nas cimeiras internacionais em substituição de Fidel, assim como o seu protagonismo no dia-a-dia do Governo, segundo a EFE. Um protagonismo que parece ser criticado no comunicado oficial.Além destas saídas, a restruturação, a maior em Cuba desde 1994, inclui alterações em 11 ministérios (a maioria relacionados com a Economia) e a fusão de quatro pastas em duas. Tudo em nome de tornar o Governo "com uma estrutura mais compacta e funcional". Os analistas concordam que as mudanças mostram a aposta de Raúl, que está oficialmente no poder há um ano, nos militares: além de Guerra, entra outro general para o Ministério da Siderurgia, Salvador Pardo Cruz."Estamos a ver mais militares em posições chave e com mais influência mas o que é muito claro é a forte preocupação que existe no Governo por causa da situação económica", disse à AFP Suchlicki. Mas segundo Eugenio Yañes, um ex-militar cubano que dirige o site da oposição cubanalisis.com, "isto não é necessariamente o início de reformas económicas, mas sim a afirmação do estilo 'raulista' e a separação definitiva dos talibãs." Esse era o nome dados aos reformadores dentro do regime.O antigo líder cubano recusa contudo esta leitura do fim dos "fidelistas". Fidel Castro, numa das suas reflexões publicadas na Internet, indicou que "os dois que são mais mencionados" na imprensa não foram afastados por "falta de valor pessoal" mas por ter tido "ambições que os conduziram a desempenhar um papel indigno". E indica ainda que "o inimigo exterior estava cheio de ilusões em relação a eles".


Cuba. Grande reforma destinada a tornar o Governo mais funcionalFidel escreveu que dois políticos foram afastados por "conduta imprópria""Não terminam com o ciclo de Fidel Castro, mas põem mais um prego no seu caixão." Foi assim que o director do Instituto de Estudos Cubanos da Universidade de Miami, Jaime Suchlicki, reagiu à saída de duas das principais figuras do Governo cubano, na remodelação governamental empreendida por Raúl Castro. Em causa está a saída de Felipe Pérez Roque e de Carlos Lage, que chegaram a ser dados como eventuais sucessores do antigo líder cubano.Pérez Roque foi simplesmente "liberado" do posto de chefe da diplomacia, segundo a nota oficial do Governo cubano, sendo substituído pelo seu número dois, Bruno Rodriguez. No lugar de Lage na Secretaria do Conselho de Ministros ficará o general José Amado Ricardo Guerra, sendo que o comunicado especifica que o seu cargo "não constitui legalmente uma instância com faculdades de decisão em matéria governamental, nem se atribui qualquer protagonismo na direcção do Governo".No caso de Lage, não se pode falar de uma despromoção, já que se mantém à frente de uma das seis vice-presidências. Contudo, a sua saída da Secretaria do Conselho de Ministros faz pensar que ficaram para trás os seus tempos como representante de Havana nas cimeiras internacionais em substituição de Fidel, assim como o seu protagonismo no dia-a-dia do Governo, segundo a EFE. Um protagonismo que parece ser criticado no comunicado oficial.Além destas saídas, a restruturação, a maior em Cuba desde 1994, inclui alterações em 11 ministérios (a maioria relacionados com a Economia) e a fusão de quatro pastas em duas. Tudo em nome de tornar o Governo "com uma estrutura mais compacta e funcional". Os analistas concordam que as mudanças mostram a aposta de Raúl, que está oficialmente no poder há um ano, nos militares: além de Guerra, entra outro general para o Ministério da Siderurgia, Salvador Pardo Cruz."Estamos a ver mais militares em posições chave e com mais influência mas o que é muito claro é a forte preocupação que existe no Governo por causa da situação económica", disse à AFP Suchlicki. Mas segundo Eugenio Yañes, um ex-militar cubano que dirige o site da oposição cubanalisis.com, "isto não é necessariamente o início de reformas económicas, mas sim a afirmação do estilo 'raulista' e a separação definitiva dos talibãs." Esse era o nome dados aos reformadores dentro do regime.O antigo líder cubano recusa contudo esta leitura do fim dos "fidelistas". Fidel Castro, numa das suas reflexões publicadas na Internet, indicou que "os dois que são mais mencionados" na imprensa não foram afastados por "falta de valor pessoal" mas por ter tido "ambições que os conduziram a desempenhar um papel indigno". E indica ainda que "o inimigo exterior estava cheio de ilusões em relação a eles".

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