Coisitas do Vitorino: Sobre "Acções de comandos e terrorismo" (Álvaro Cunhal)

06-10-2009
marcar artigo


"Para o Partido, a luta de massas é o motor da revolução e é com a luta de massas, é com a acção política, é com um vasto movimento político organizado, que se criam condições para formas de luta superiores, para a acção violenta e a luta armada bem sucedidas, para numa situação de crise revolucionária, se desencadear com sucesso a insurreição popular.Os radicais pequeno-burgueses têm concepção completamente diversa do processo revolucionário. Eles não consideram a necessidade de definir, de harmonia com a situação e mesmo a conjuntura política, quais a formas de luta a adoptar e quais as principais em cada momento.Consideram sempre a luta violenta como forma preferencial. Partem não do exército político e da luta de massas para a acção armada, mas da acção armada como forma primeira, central, determinante, para alguns exclusiva, do movimento político. Eles absolutizam a acção violenta como a única revolucionária, como froma determinante de todo o processo revolucionário, independentemente da situação e da conjuntura políticas.(...)Concebem a revolução feita por heróis pequeno-burgueses separados das massas, que, pelo exemplo, atraem novos combatentes, multiplicam os grupos armados, forjam o exército revolucionário libertador. A organização política para muitos deles, é decorrente da organização e acção militares. Dos "comandos" surgem a direcção política e o futuro partido.Estará condenado ao fracasso qualquer grupo que imagina poder desencadear o processo insurrecional a partir da acção violenta de homens isolados, de "homens de acção" sem programa e fora dum movimento político fortemente organizado, alheios à luta de massas, sem consideração pela conjuntura política.(...)A acção de agrupamentos desse tipo facilamente conduz ao terrorismo, se o terrorismo não é já o ponto de partida. E o terrorismo pode causar danos sérios ao movimento popular.(...)O terrorismo como resposta à repressão, como "repressão da repressão", ou como "excitante", como "estimulante", como "detonador", é já uma velha experiência do movimento revolucionário. Não é com o terrorismo que se vence um governo decidido e capaz de recorrer ao terror.Numa tal batalha entre dois terrores venceria aquele que dispõe de recursos incomparavelmente superiores."Álvaro Cunhal, "O radicalismo pequeno-burguês de fachada socialista"Edições Avante, 1971.(Obviamente, o "terrorismo" aqui referido não é, nem podia ser, o de grupos como a Al Kaeda. Refere-se, sim a certo tipo de luta "voluntarista"muito utilizada em determinados momentos históricos por grupos de "extrema-esquerda" ou mesmo anarquistas)Outra coisita: a polícia alemã está a responsabilizar o grupo Black Block (em alemão diz-se Schwarzer Block ) pelos confrontos em Rostock.Não sei se é verdade ou mentira (não tenho informação suficiante, para formar uma opinião). Mas já vi, e convido-vos a ver também, informação sobre um grupo argentino com o mesmo nome, em Indymedia.com, e a página da Wikipédia sobre os mesmos meninos.Ah, pois, e se alguém achar que alguma destas imagens é ridícula, fiquem a saber que a culpa nãoé minha: foram eles próprios que as puseram a circular na net.António Vitorino(este vendido desavergonhado, porco fascista, etc. etc. etc. ...)


"Para o Partido, a luta de massas é o motor da revolução e é com a luta de massas, é com a acção política, é com um vasto movimento político organizado, que se criam condições para formas de luta superiores, para a acção violenta e a luta armada bem sucedidas, para numa situação de crise revolucionária, se desencadear com sucesso a insurreição popular.Os radicais pequeno-burgueses têm concepção completamente diversa do processo revolucionário. Eles não consideram a necessidade de definir, de harmonia com a situação e mesmo a conjuntura política, quais a formas de luta a adoptar e quais as principais em cada momento.Consideram sempre a luta violenta como forma preferencial. Partem não do exército político e da luta de massas para a acção armada, mas da acção armada como forma primeira, central, determinante, para alguns exclusiva, do movimento político. Eles absolutizam a acção violenta como a única revolucionária, como froma determinante de todo o processo revolucionário, independentemente da situação e da conjuntura políticas.(...)Concebem a revolução feita por heróis pequeno-burgueses separados das massas, que, pelo exemplo, atraem novos combatentes, multiplicam os grupos armados, forjam o exército revolucionário libertador. A organização política para muitos deles, é decorrente da organização e acção militares. Dos "comandos" surgem a direcção política e o futuro partido.Estará condenado ao fracasso qualquer grupo que imagina poder desencadear o processo insurrecional a partir da acção violenta de homens isolados, de "homens de acção" sem programa e fora dum movimento político fortemente organizado, alheios à luta de massas, sem consideração pela conjuntura política.(...)A acção de agrupamentos desse tipo facilamente conduz ao terrorismo, se o terrorismo não é já o ponto de partida. E o terrorismo pode causar danos sérios ao movimento popular.(...)O terrorismo como resposta à repressão, como "repressão da repressão", ou como "excitante", como "estimulante", como "detonador", é já uma velha experiência do movimento revolucionário. Não é com o terrorismo que se vence um governo decidido e capaz de recorrer ao terror.Numa tal batalha entre dois terrores venceria aquele que dispõe de recursos incomparavelmente superiores."Álvaro Cunhal, "O radicalismo pequeno-burguês de fachada socialista"Edições Avante, 1971.(Obviamente, o "terrorismo" aqui referido não é, nem podia ser, o de grupos como a Al Kaeda. Refere-se, sim a certo tipo de luta "voluntarista"muito utilizada em determinados momentos históricos por grupos de "extrema-esquerda" ou mesmo anarquistas)Outra coisita: a polícia alemã está a responsabilizar o grupo Black Block (em alemão diz-se Schwarzer Block ) pelos confrontos em Rostock.Não sei se é verdade ou mentira (não tenho informação suficiante, para formar uma opinião). Mas já vi, e convido-vos a ver também, informação sobre um grupo argentino com o mesmo nome, em Indymedia.com, e a página da Wikipédia sobre os mesmos meninos.Ah, pois, e se alguém achar que alguma destas imagens é ridícula, fiquem a saber que a culpa nãoé minha: foram eles próprios que as puseram a circular na net.António Vitorino(este vendido desavergonhado, porco fascista, etc. etc. etc. ...)

marcar artigo