Review: “300” de Zack Snider, por Nuno Palmeira

01-10-2009
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Título Original: 300

Gênero: Aventura

Tempo de Duração: 117 minutos

Ano de Lançamento (EUA): 2007

Para mim ir o dia de ir ao cinema é ao Domingo, é como ir a missa, sempre à última sessão. Esta semana nada me poderia preparar para a sorte que tive naquela noite, cinema praticamente vazio, o que também não é anormal sendo a ultima sessão, e um fantástico filme o qual recomendo vivamente, o seu nome é um numero – 300.

O filme leva-nos para a Grécia antiga, altura em que era dividida por cidades, Atenas era a mais conhecida, mas Esparta não lhe ficava atrás. A fama dos seus guerreiros era lendaria por toda a Grécia, desde de pequenos que os homens só tinham um objectivo treinar e prepararem-se para a guerra. Esta parte é muito bem retractada no inicio do filme aparece-nos um miúdo a ser iniciado como guerreiro espartano, serve também para entender-mos que em Esparta todos eram tratados da mesma forma e o treino violento era aplicado a todos, desde jovens príncipes ao mais comum dos homens.

Esse miúdo (Tyler Max Neitzel) é na realidade o futuro Rei, Leônidas de seu nome, como prova do seu carácter tem de lutar com um enorme lobo, toda a cena da luta está feita de modo a que quem vê entenda e quase que sinta a electricidade no choque de ambos, após ganhar com a sua inteligência, força e coragem a luta, Leônidas volta a Esparta com a pele do lobo e é coroado Rei.

Entretanto de uma forma magnífica avançamos no tempo e vemos novamente um miúdo a começar a mesma etapa, a luta numa arena, mas o miúdo luta com o pai o Rei L eônidas (Gerard Butler) sob o olhar atento e preocupado da mãe a Rainha Gorgo (Lena Headey), e a vida parece calma ate que chegam os emissários do Rei Xerxes (Rodrigo Santoro), que com a arrogância normal em tiranos apresenta uma proposta que não é mais que um ultimato ou se rendem ou serão destruídos, como se não fosse a partida o suficiente para ofender um povo guerreiro ainda conseguem ofender a Rainha, resultado ignorando o facto de serem emissários e não se poder atacar emissários eles são pura e simplesmente mandados para um poço.

O motivo de apenas serem enviados 300 também está muito bem explicado, na época as crenças eram determinantes para qualquer governante, o sacerdotes tinham uma palavra nos destinos do reino, aqui mediante o suborno de Rei Xerxes eles determinam que não serão enviadas tropas para enfrentar o exercito inimigo, então o Rei para não ir contra o decidido pelos sacerdotes que contam com o apoio do “senado” vai passear com 300 dos seus guerreiros “para protecção”.

O local da batalha é escolhido pelos espartanos, para que os 300 possam ser suficientes para derrotar todo o exército do Rei Xerxes. A batalha começa com mais um e missário, este não foi para o poço mas o resultado final é o mesmo, apesar de ate este momento muitos aspectos visuais e o som do filme já me tinham “tirado” cinema, a partir daqui as cenas são brutais, filmadas de uma forma muito inteligente, com abrandamentos tipo Matrix, com um som que ao mesmo nível da imagem, transporta-nos directamente para o meio da batalha. Durante o resto do filme a violência é uma constante, após ter subestimado os espartanos o Rei Xerxes começa a enviar vaga após vaga dos seus exércitos, cada vaga mais poderosa do que a anterior e os espartanos a responder com ferocidade a todas nunca desistindo.

Guerreiros profissionais que o maior orgulho era morrer em batalha, estão preparados para tudo que o inimigo poss a mandar, contudo não estavam preparados para traição, o Rei Leônidas recusa um espartano com “alguns problemas fisicos” para fazer parte da sua bem oleada maquina de guerra, esse mesmo espartano rende-se a luxúria oferecida por Rei Xerxes e indica-lhe um caminho alternativo que fazia com que o Rei Leônidas e os seus 300 guerreiros ficassem cercados. Antes da batalha final o Rei Xerxes ainda faz ao Rei Leônidas uma proposta para que ele se renda e será ele o Rei de toda a Grécia obedecendo apenas a Rei Xerxes, após essa cena começa-mos a ver Leônidas a tirar a armadura, a pousar o escudo e a lança, ao mesmo tempo e feita a comparação com a luta com o lobo no inicio do filme, de repente ao abaixar-se pega na lança e envia na direcção de Xerxes, raspando apenas a cara mas mostrando que ele não era como se intitulava – um Deus.

No final vemos que quem conta a historia que ouvimos todo o filme foi um guerreiro espartano que Leônidas enviou embora, após ser ferido num olho, para contar a história do que aconteceu. O sacrifício e a dedicação do Rei Leônidas e dos seus 300 homens uniram a Grécia no combate contra o inimigo persa. As últimas palavras desse guerreiro são “Bem ali os bárbaros se reúnem. Empolgação e o terror estão juntos. Os seus corações com dedos gélidos. Sabendo muito bem o que sofreram nas lanças e espadas dos 300.Deixem que vejam agora o que está para vir… 10 mil espartanos comandando 30 mil gregos livres!” e acaba o discurso as tropas com “Agradeçam, homens…a Leônidas e os corajosos 300! Vamos para a vitória!” cumprindo dessa a forma o pedido de Leônidas “Lembrem-se de nós”.

O filme é realizado pelo mesmo realizador de Sin City, a forma fantástica de Zack Snyder ver a historia quase que garante o sucesso deste filme. Os actores trabalharam durante apenas 60 dias, este foi o tempo das filmagens, o filme demorou 2 anos a estar concluído pois tudo o que vemos tirando os actores foi feito a nível de animação gráfica.

Já tinha lido algumas críticas ao filme principalmente a nível de argumento, das quais discordo completamente, não tem historia dizem eles… o filme é baseado na historia da Batalha de Termópilas, ninguém no seu perfeito juízo pode pensar que por muitas adaptações que façam ao cinema ou televisão da vida de César ele deixa de morrer no senado pois não? A história é contada quase como em verso. Sem duvida um dos melhores filmes que vi recentemente.

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Título Original: 300

Gênero: Aventura

Tempo de Duração: 117 minutos

Ano de Lançamento (EUA): 2007

Para mim ir o dia de ir ao cinema é ao Domingo, é como ir a missa, sempre à última sessão. Esta semana nada me poderia preparar para a sorte que tive naquela noite, cinema praticamente vazio, o que também não é anormal sendo a ultima sessão, e um fantástico filme o qual recomendo vivamente, o seu nome é um numero – 300.

O filme leva-nos para a Grécia antiga, altura em que era dividida por cidades, Atenas era a mais conhecida, mas Esparta não lhe ficava atrás. A fama dos seus guerreiros era lendaria por toda a Grécia, desde de pequenos que os homens só tinham um objectivo treinar e prepararem-se para a guerra. Esta parte é muito bem retractada no inicio do filme aparece-nos um miúdo a ser iniciado como guerreiro espartano, serve também para entender-mos que em Esparta todos eram tratados da mesma forma e o treino violento era aplicado a todos, desde jovens príncipes ao mais comum dos homens.

Esse miúdo (Tyler Max Neitzel) é na realidade o futuro Rei, Leônidas de seu nome, como prova do seu carácter tem de lutar com um enorme lobo, toda a cena da luta está feita de modo a que quem vê entenda e quase que sinta a electricidade no choque de ambos, após ganhar com a sua inteligência, força e coragem a luta, Leônidas volta a Esparta com a pele do lobo e é coroado Rei.

Entretanto de uma forma magnífica avançamos no tempo e vemos novamente um miúdo a começar a mesma etapa, a luta numa arena, mas o miúdo luta com o pai o Rei L eônidas (Gerard Butler) sob o olhar atento e preocupado da mãe a Rainha Gorgo (Lena Headey), e a vida parece calma ate que chegam os emissários do Rei Xerxes (Rodrigo Santoro), que com a arrogância normal em tiranos apresenta uma proposta que não é mais que um ultimato ou se rendem ou serão destruídos, como se não fosse a partida o suficiente para ofender um povo guerreiro ainda conseguem ofender a Rainha, resultado ignorando o facto de serem emissários e não se poder atacar emissários eles são pura e simplesmente mandados para um poço.

O motivo de apenas serem enviados 300 também está muito bem explicado, na época as crenças eram determinantes para qualquer governante, o sacerdotes tinham uma palavra nos destinos do reino, aqui mediante o suborno de Rei Xerxes eles determinam que não serão enviadas tropas para enfrentar o exercito inimigo, então o Rei para não ir contra o decidido pelos sacerdotes que contam com o apoio do “senado” vai passear com 300 dos seus guerreiros “para protecção”.

O local da batalha é escolhido pelos espartanos, para que os 300 possam ser suficientes para derrotar todo o exército do Rei Xerxes. A batalha começa com mais um e missário, este não foi para o poço mas o resultado final é o mesmo, apesar de ate este momento muitos aspectos visuais e o som do filme já me tinham “tirado” cinema, a partir daqui as cenas são brutais, filmadas de uma forma muito inteligente, com abrandamentos tipo Matrix, com um som que ao mesmo nível da imagem, transporta-nos directamente para o meio da batalha. Durante o resto do filme a violência é uma constante, após ter subestimado os espartanos o Rei Xerxes começa a enviar vaga após vaga dos seus exércitos, cada vaga mais poderosa do que a anterior e os espartanos a responder com ferocidade a todas nunca desistindo.

Guerreiros profissionais que o maior orgulho era morrer em batalha, estão preparados para tudo que o inimigo poss a mandar, contudo não estavam preparados para traição, o Rei Leônidas recusa um espartano com “alguns problemas fisicos” para fazer parte da sua bem oleada maquina de guerra, esse mesmo espartano rende-se a luxúria oferecida por Rei Xerxes e indica-lhe um caminho alternativo que fazia com que o Rei Leônidas e os seus 300 guerreiros ficassem cercados. Antes da batalha final o Rei Xerxes ainda faz ao Rei Leônidas uma proposta para que ele se renda e será ele o Rei de toda a Grécia obedecendo apenas a Rei Xerxes, após essa cena começa-mos a ver Leônidas a tirar a armadura, a pousar o escudo e a lança, ao mesmo tempo e feita a comparação com a luta com o lobo no inicio do filme, de repente ao abaixar-se pega na lança e envia na direcção de Xerxes, raspando apenas a cara mas mostrando que ele não era como se intitulava – um Deus.

No final vemos que quem conta a historia que ouvimos todo o filme foi um guerreiro espartano que Leônidas enviou embora, após ser ferido num olho, para contar a história do que aconteceu. O sacrifício e a dedicação do Rei Leônidas e dos seus 300 homens uniram a Grécia no combate contra o inimigo persa. As últimas palavras desse guerreiro são “Bem ali os bárbaros se reúnem. Empolgação e o terror estão juntos. Os seus corações com dedos gélidos. Sabendo muito bem o que sofreram nas lanças e espadas dos 300.Deixem que vejam agora o que está para vir… 10 mil espartanos comandando 30 mil gregos livres!” e acaba o discurso as tropas com “Agradeçam, homens…a Leônidas e os corajosos 300! Vamos para a vitória!” cumprindo dessa a forma o pedido de Leônidas “Lembrem-se de nós”.

O filme é realizado pelo mesmo realizador de Sin City, a forma fantástica de Zack Snyder ver a historia quase que garante o sucesso deste filme. Os actores trabalharam durante apenas 60 dias, este foi o tempo das filmagens, o filme demorou 2 anos a estar concluído pois tudo o que vemos tirando os actores foi feito a nível de animação gráfica.

Já tinha lido algumas críticas ao filme principalmente a nível de argumento, das quais discordo completamente, não tem historia dizem eles… o filme é baseado na historia da Batalha de Termópilas, ninguém no seu perfeito juízo pode pensar que por muitas adaptações que façam ao cinema ou televisão da vida de César ele deixa de morrer no senado pois não? A história é contada quase como em verso. Sem duvida um dos melhores filmes que vi recentemente.

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