O Acidental: Testemunho sobre Isabel do Carmo

16-06-2005
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O Acidental recebeu este e-mail de Manuel Castelo Branco, um testemunho de vida que vale mais do que mil opiniões sobre a recém-condecorada com a Ordem da Liberdade, Isabel do Carmo. Para meditar. Caro Paulo Pinto Mascarenhas:Acerca da condecoração à dra. Isabel do Carmo queria só relatar-lhe um breve facto. Tudo se passou no ano de 1995 ou 1996 (peço desculpa por não me lembrar com exactidão, mas deveria andar, na altura, pelos meus 14 ou 15 anos). Por altura das comemorações do 25 de Abril, a SIC exibiu um programa cujo objectivo era debater os supostos crimes atribuídos à FUP/FP-25. Nesse debate, estavam presentes ilustres cidadãos que, presumivelmente, haviam pertencido à organização terrorista. Eram eles, entre outros, Otelo Saraiva de Carvalho, Carlos Antunes, um corajoso disfarçado com um "passa-montanhas" e, está claro, a dra. Isabel do Carmo. A determinada altura começou a ser debatido o assassinato de Gaspar Castelo Branco (meu tio Avô). Este era, em 14 de Fevereiro de 1986 (data do seu assassinato), director-geral dos Serviços Prisionais. Dispenso-me de relatar os pormenores horríveis da matança. Ora, quando nesse programa perguntaram à dra. Isabel do Carmo se estava envolvida neste atentado, a resposta foi a seguinte: "a morte do dr. Gaspar Castelo Branco é algo que eu não lamento nem tão pouco repudio." E é de acentuar que a ilustre recém-condecorada repetiu esta frase por duas vezes. Ou seja, não respondeu directamente à questão, mas, desta forma, disse muito mais do que o jornalista queria saber. Como já disse, na altura era novo, mas nunca mais esta frase me saiu da memória. Por isto mesmo, queria agradecer ao sr. Presidente da República o excelente serviço que prestou a Portugal. E, já agora, se fosse possível, gostava também de lhe fazer um pedido: é que, para terminar em beleza, só falta nomear Otelo Saraiva de Carvalho Chefe do Estado Maior das Forças Armadas.Um abraço, Manuel Castelo Branco

O Acidental recebeu este e-mail de Manuel Castelo Branco, um testemunho de vida que vale mais do que mil opiniões sobre a recém-condecorada com a Ordem da Liberdade, Isabel do Carmo. Para meditar. Caro Paulo Pinto Mascarenhas:Acerca da condecoração à dra. Isabel do Carmo queria só relatar-lhe um breve facto. Tudo se passou no ano de 1995 ou 1996 (peço desculpa por não me lembrar com exactidão, mas deveria andar, na altura, pelos meus 14 ou 15 anos). Por altura das comemorações do 25 de Abril, a SIC exibiu um programa cujo objectivo era debater os supostos crimes atribuídos à FUP/FP-25. Nesse debate, estavam presentes ilustres cidadãos que, presumivelmente, haviam pertencido à organização terrorista. Eram eles, entre outros, Otelo Saraiva de Carvalho, Carlos Antunes, um corajoso disfarçado com um "passa-montanhas" e, está claro, a dra. Isabel do Carmo. A determinada altura começou a ser debatido o assassinato de Gaspar Castelo Branco (meu tio Avô). Este era, em 14 de Fevereiro de 1986 (data do seu assassinato), director-geral dos Serviços Prisionais. Dispenso-me de relatar os pormenores horríveis da matança. Ora, quando nesse programa perguntaram à dra. Isabel do Carmo se estava envolvida neste atentado, a resposta foi a seguinte: "a morte do dr. Gaspar Castelo Branco é algo que eu não lamento nem tão pouco repudio." E é de acentuar que a ilustre recém-condecorada repetiu esta frase por duas vezes. Ou seja, não respondeu directamente à questão, mas, desta forma, disse muito mais do que o jornalista queria saber. Como já disse, na altura era novo, mas nunca mais esta frase me saiu da memória. Por isto mesmo, queria agradecer ao sr. Presidente da República o excelente serviço que prestou a Portugal. E, já agora, se fosse possível, gostava também de lhe fazer um pedido: é que, para terminar em beleza, só falta nomear Otelo Saraiva de Carvalho Chefe do Estado Maior das Forças Armadas.Um abraço, Manuel Castelo Branco

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