m i s c e l â n e a: Cairo

05-07-2009
marcar artigo


Após o último post a minha cabeça não parou…. Ao ver as imagens das “Maravilhas” tive a súbita vontade de estabelecer ligações, de vos mostrar como é que alguns Arquitectos se relacionaram ou projectaram perante, ou segundo, estes “colossos intemporais”.Tive o privilégio de ser aluno do Arquitecto Manuel Aires Mateus, em 2004, e acompanhei o seu discurso e a sua obra sempre com grande interesse… as suas conversas eram autênticas palestras directas e concisas e o seu raciocínio muito claro. Assim sendo, apresento-vos a sua proposta para o concurso do Grande Museu Egípcio e a memória descritiva de Aires Mateus. “Património da humanidade, único e irrepetível, o sítio é também, sob a acção do homem e da natureza ao longo de cinco mil anos, um conceito em discreto e contínuo ajustamento. A leitura do sítio requer um contínuo cruzamento de referências: entre a arquitectura e a arqueologia, entre a obra e a ruína, entre a construção e o escavo, entre o visível e o invisível. A identidade do sítio forma-se numa quase paradoxal relação entre a sublime evidência e a subtil evanescência. A proposta adopta esse delicado equilíbrio como premissa e objectivo da intervenção, procurando estabelecer com o sistema presente uma continuidade de ordem conceptual. Propõe-se um facto arquitectónico singular, que se exprime a diversas escalas e que consolida uma estratégia de apropriação do território: define-se uma linha que conduz a um ponto, abre-se uma depressão que se contrapõe a uma emergência. O projecto acaba por desenhar-se em torno de uma certa ideia de vazio, ou de silêncio. Fundamentalmente, a proposta procura apontar um sentido, mediar uma relação, abrindo o espaço e reservando o tempo necessário ao encontro do Homem com a sua própria História.” Com este Projecto ganhou uma Menção Honrosa e “debateu-se” com nomes como os de: Eric Owen Moss Architects, Arata Isozaki, Future System, Alsop Architects, Zaha Hadid, Hans Hollein, Axel Schultes, Behnisch&Behnisch, Mecanoo, MVRDV, Neutelings Riedijk Architeten, Snohetta, Carlo Aymonino, Justo Solsona , Clorindo Testa.Premiados1º lugar – Shih-Fu Peng, Heneghan.Peng.Architects, Irlanda2º lugar – Coop Himmelblau(L) AU, Wolf D. Prix, Helmut Swiczinsky, Áustria3º lugar – Renato Rizzi, ItáliaMenções honrosaHector Vigliecca Gani, Luciene Quel, BrasilManuel Rocha de Aires Mateus, PortugalRuben Verdi, ItáliaMichael Zimmermann, KSP Engel und Zimmermann, Architekten BDA, AlemanhaFernando Pardo Calvo, EspanhaNuno Morais Monteiro, Joana Henriques Ribeiro, Carlos Antunes, Desire Pedro, PortugalMartin Roubik, República Tcheca


Após o último post a minha cabeça não parou…. Ao ver as imagens das “Maravilhas” tive a súbita vontade de estabelecer ligações, de vos mostrar como é que alguns Arquitectos se relacionaram ou projectaram perante, ou segundo, estes “colossos intemporais”.Tive o privilégio de ser aluno do Arquitecto Manuel Aires Mateus, em 2004, e acompanhei o seu discurso e a sua obra sempre com grande interesse… as suas conversas eram autênticas palestras directas e concisas e o seu raciocínio muito claro. Assim sendo, apresento-vos a sua proposta para o concurso do Grande Museu Egípcio e a memória descritiva de Aires Mateus. “Património da humanidade, único e irrepetível, o sítio é também, sob a acção do homem e da natureza ao longo de cinco mil anos, um conceito em discreto e contínuo ajustamento. A leitura do sítio requer um contínuo cruzamento de referências: entre a arquitectura e a arqueologia, entre a obra e a ruína, entre a construção e o escavo, entre o visível e o invisível. A identidade do sítio forma-se numa quase paradoxal relação entre a sublime evidência e a subtil evanescência. A proposta adopta esse delicado equilíbrio como premissa e objectivo da intervenção, procurando estabelecer com o sistema presente uma continuidade de ordem conceptual. Propõe-se um facto arquitectónico singular, que se exprime a diversas escalas e que consolida uma estratégia de apropriação do território: define-se uma linha que conduz a um ponto, abre-se uma depressão que se contrapõe a uma emergência. O projecto acaba por desenhar-se em torno de uma certa ideia de vazio, ou de silêncio. Fundamentalmente, a proposta procura apontar um sentido, mediar uma relação, abrindo o espaço e reservando o tempo necessário ao encontro do Homem com a sua própria História.” Com este Projecto ganhou uma Menção Honrosa e “debateu-se” com nomes como os de: Eric Owen Moss Architects, Arata Isozaki, Future System, Alsop Architects, Zaha Hadid, Hans Hollein, Axel Schultes, Behnisch&Behnisch, Mecanoo, MVRDV, Neutelings Riedijk Architeten, Snohetta, Carlo Aymonino, Justo Solsona , Clorindo Testa.Premiados1º lugar – Shih-Fu Peng, Heneghan.Peng.Architects, Irlanda2º lugar – Coop Himmelblau(L) AU, Wolf D. Prix, Helmut Swiczinsky, Áustria3º lugar – Renato Rizzi, ItáliaMenções honrosaHector Vigliecca Gani, Luciene Quel, BrasilManuel Rocha de Aires Mateus, PortugalRuben Verdi, ItáliaMichael Zimmermann, KSP Engel und Zimmermann, Architekten BDA, AlemanhaFernando Pardo Calvo, EspanhaNuno Morais Monteiro, Joana Henriques Ribeiro, Carlos Antunes, Desire Pedro, PortugalMartin Roubik, República Tcheca

marcar artigo