César & Dama

27-03-2008
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O que diz a Bíblia: Sobre a Assembleia da República:

Todos gritavam ao mesmo tempo. A assembleia era uma grande confusão e a maioria nem sabia por que se achavam ali reunidos. (ACT 19,32) Sobre o governo que sai:

Não os escolheu Deus, nem lhes mostrou o caminho da sabedoria. E por falta de sagacidade pereceram, vítimas da própria estultícia. (BR 3,27-28) Sobre o governo que entra:

O governo de um homem sensato será estável. (ECLO 10,1) Sobre os santanistas:

Mas Deus afastou-se e os abandonou ao culto dos astros do céu. (ACT 7,42) Sobre o futuro de Santana Lopes:

Deus esteve com este menino. Ele cresceu, habitou no deserto e tornou-se um hábil flecheiro. (GN 21,20) Sobre Paulo Portas:

Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. (2TM 4,7) Sobre Francisco Louçã:

Quiséramos, porém, que tu mesmo nos dissesses o que pensas, pois o que nós sabemos dessa seita é que em toda parte lhe fazem oposição. (ACT 28,22) Sobre Jerónimo de Sousa:

Feliz por ainda ter podido escapar ao desastre de seu exército. (2MC 8,35) Sobre António Guterres:

Estás tronchudo, taludo, rechonchudo! (DT 32,15) Sobre José Sócrates:

Basta a esse homem o castigo que a maioria dentre vós lhe infligiu. (2COR 2,6) Sobre a abstenção:

Se não fizeres voto, não pecarás (DT 23,22)

publicado por Carlos Carvalho às 18:53 link | comentar | favorito

O quadro seguinte compara os resultados eleitorais das últimas Legislativas com os das últimas Europeias: Como se vê, os resultados não são assim tão diferentes. Esta comparação permite concluir que a transferência de votos da direita para a esquerda, e em particular do PSD para o PS, ocorreu ainda no tempo de Durão Barroso, tendo Santana Lopes contribuído apenas para consolidar esta transferência. Durão perdeu os votos, Santana não os conseguiu reconquistar.

publicado por Carlos Carvalho às 00:00 link | comentar | favorito

Melões Estes são os 10 candidatos que mais perto ficaram da eleição: 10. Sérgio Teixeira (PCP, Porto) - Falhou a eleição por 1302 votos;

9. José Carmo (BE, Faro) - Falhou a eleição por 1114 votos;

8. Bruno Dias (PCP, Setúbal) - Falhou a eleição por 1076 votos;

7. Jorge Morgado (PSD, Aveiro) - Falhou a eleição por 987 votos;

6. Carlos Antunes (PSD, Viana do Castelo) - Falhou a eleição por 969 votos;

5. Paulo Santos (PSD, Porto) - Falhou a eleição por 924 votos;

4. Helena Oliveira (PSD, Viseu) - Falhou a eleição por 455 votos;

3. Pedro Soares (BE, Braga) - Falhou a eleição por 418 votos;

2. Andrea Peniche (BE, Aveiro) - Falhou a eleição por 206 votos;

1. Luís Gomes (PSD, Faro) - Falhou a eleição por 192 votos! Misses Miss Simpatia - Jerónimo de Sousa

Miss Fotogenia - Francisco Louçã

2ª Dama de Honor - Paulo Portas

1ª Dama de Honor - Santana Lopes

Miss Portugal - José Sócrates Sócrates já declarou que quer a paz no mundo e ajudar as criancinhas. Resta saber o que mais tem para dizer ...

publicado por Carlos Carvalho às 20:03 link | comentar | favorito

Um primeiro comentários aos resultados eleitorais: Parabéns ao PS, mas sobretudo a José Sócrates, que conseguiu uma maioria absoluta sem se comprometer com nada e com ninguém. Está assim livre para fazer o que muito bem entender. O PSD teve uma derrota histórica - neste momento é possível rever a Constituição apesar do PSD, dado ter conseguido menos de um terço dos deputados. Santana Lopes tem que compreender a diferença entre poder e dever: pode continuar como líder, mas deveria ter-se demitido. O CDS perdeu 60 mil votos, 40 mil dos quais para o PND. Esta transferência custou ao CDS o terceiro lugar nacional e um deputado em Aveiro. Manuel Monteiro sai de cena, mas tem o gosto de levar Paulo Portas com ele.

publicado por Carlos Carvalho às 01:22 link | comentar | favorito

Votar é escolher um partido. Não votar é escolher também todos os outros. A abstenção nunca é inconsequente. Julga-se equidistante de todos os partidos? Mais que raio de ser amorfo é você?

Está na dúvida entre dois partidos? Atire uma moeda ao ar. Para quê favorecer os outros também? A abstenção, salvo motivos de força maior, só faz sentido quando achamos o acto eleitoral irrelevante, ou quando não lhe queremos dar importância. Não é certamente o caso da escolha da nova Assembleia, e, por arrasto, do novo Governo. Os abstencionistas "falam, falam, falam, falam, mas não os vejo a fazer nada ...". Pois bem, depois não fiquem chateados ...

publicado por Carlos Carvalho às 19:10 link | comentar | favorito

Resumo do artigo: Legislativas dia-a-dia , de Filipe Félix, publicado no Público de 18-3-2002 15 de Março de 2002 - Último dia de campanha eleitoral

Ferro Rodrigues reafirma que quer uma maioria absoluta e apelou à concentração de votos da esquerda e do centro no PS. Ferro diz que existem condições para o PS formar Governo com suficiente apoio parlamentar.

Líder laranja acusa Governo socialista de ter "passado ao lado das oportunidades de progresso", desperdiçando a herança deixada pelos executivos de Cavaco Silva.

Carlos Carvalhas apela ao "reforço da CDU". Secretário-geral comunista diz que o partido irá "lutar contra qualquer política de direita", e exorta a uma "mudança para melhor".

Paulo Portas volta a insistir no apelo ao voto nos populares, para "evitar uma maioria absoluta de um só partido", que permita ao CDS-PP chegar ao próximo Governo. Para o líder dos populares, o que está em causa é uma maioria absoluta de um só partido ou um "Governo de centro-direita".

Bloco de Esquerda pede uma maioria que respeite os direitos dos imigrantes, combata a fraude e privilegie um Serviço Nacional de Saúde com qualidade. Francisco Louçã volta a agitar as duas grandes bandeiras do movimento: o aborto e a imigração. 14 de Março de 2002

Ferro Rodrigues já fala em "vitória histórica" do PS, mostrando-se esperançado num triunfo por maioria absoluta. Candidato rosa critica diabolização que o PSD está a fazer do "papão" comunista.

Paulo Portas apela ao voto da classe média e evoca a necessidade dos democratas-cristãos ficarem "acima dos comunistas". 13 de Março de 2002

Mário Soares entra na campanha do PS e apela à maioria absoluta dos socialistas. Ferro Rodrigues dramatiza cenário de bipolarização, referindo que a alternativa é apenas entre PS e PSD.

Francisco Balsemão manifesta apoio a Durão Barroso. Líder social-democrata agita "fantasma" do comunismo e alerta para os perigos de uma maioria de esquerda no Parlamento.

Líder popular mostra-se preocupado com a possibilidade de empate nas eleições legislativas e apela ao voto dos eleitores da AD.

Francisco Louçã lança novo combate ao voto útil, apelando à necessidade de reforçar a votação do BE. 12 de Março de 2002

Debate da RTP marcado pela ausência de hostilidades entre Durão Barroso e Paulo Portas e Ferro Rodrigues e Carlos Carvalhas. Bloco de Esquerda coloca-se de fora da viabilização de um eventual Governo socialista.

Durão Barroso almoça com figuras do mundo da cultura e diz que esta não é património da esquerda.

Miguel Portas defende que os polícias passem a andar desarmados e afirma que mais importante que uma política cultural é a capacidade de criar "rupturas culturais". 11 de Março de 2002

Carlos Carvalhas salientou a necessidade de se defender o aparelho produtivo nacional.

Paulo Portas apela à "inteligência dos eleitores" para que votem no CDS-PP. Portas acredita que o CDS-PP vai obter um resultado histórico.

Louçã comenta o regresso de António Guterres às lides eleitorais, classificando-o como o papa da indecisão. 10 de Março de 2002

Ferro Rodrigues lança o mais violento ataque contra Durão Barroso, questionando mesmo se é o líder social-democrata que manda no PSD. Entre os socialistas começa a falar-se numa "onda rosa". António Guterres entra na campanha socialista, participando no comício de Castelo Branco.

Durão Barroso avisa que "o mundo pode estar à beira de uma nova guerra" devido a um eventual ataque dos EUA ao Iraque e que isso traria "consequências económicas graves e imprevisíveis".

Carlos Carvalhas denuncia que estão em preparação "negócios chorudos" na área do abastecimento de água.

Paulo Portas desfere ataque contra o PSD, garantindo que se estes tiverem maioria absoluta vão avançar com a venda da Caixa Geral de Depósitos aos espanhóis, o congelamento dos salários da Função Pública e a subida do IVA.

Bloco de Esquerda volta a condenar as maiorias absolutas. 9 de Março de 2002

PS e PSD medem forças em dois comícios no Porto, com ambos os partidos a reivindicarem vitória.

Ferro Rodrigues pede, pela primeira vez, maioria absoluta para o PS. Líder socialista assume herança de seis anos de governação e acusa PSD de querer paralisar o país.

Cavaco Silva avisa que Portugal precisa de estabilidade política como de "pão para a boca" e alerta para o risco do "empobrecimento" do país. Durão Barroso volta a apelar à maioria absoluta.

Paulo Portas sobe fasquia eleitoral, pedindo um resultado de dois dígitos. Líder do CDS-PP apela ao voto do eleitorado AD e aos socialistas descontentes. 8 de Março de 2002

Ferro Rodrigues recusa dizer se na questão da taxa de alcoolemia é a favor dos 0,2 g/l ou dos 0,5 g/l.

Líder social-democrata garante que não dará perdão fiscal ao Benfica.

Paulo Portas acredita que o apelo de Durão Barroso para ter maioria absoluta vai favorecer o CDS-PP. Líder popular acusa PSD de querer poder absoluto.

Bloco de Esquerda assinala Dia Mundial da Mulher com manifestação a favor da despenalização da interrupção voluntária da gravidez. 7 de Março de 2002

Ferro Rodrigues endurece discurso contra Durão Barroso. Líder socialista garante que não irá congelar os salários da função pública.

Durão Barroso apela pela primeira vez aos eleitores para que estes lhe dêem uma maioria absoluta.

Carlos Carvalhas alerta para o congelamento dos salários da função pública, que está a ser preparado por PS e PSD. Líder comunista volta a apelar ao combate ao voto útil. 6 de Março de 2002

Durão Barroso acusa Governo de "crime de cidadania" por "esconder o défice verdadeiro, a despesa que faz debaixo da mesa" e revela que a Comissão Europeia "está a ver à lupa as contas de Portugal".

Paulo Portas sobe o tom da luta contra as maiorias absolutas, acusando-as de beneficiarem os "lobbies" e "sindicatos de corrupção". 5 de Março de 2002

Jerónimo de Sousa, acusa os socialistas de quererem prosseguir com a co-incineração no Parque Natural da Arrábida, considerando que tal atitude é "um crime".

Narana Coissoró afirma que "Durão Barroso não tem capacidade para ser líder ou primeiro-ministro de um governo com maioria absoluta".

Bloco de Esquerda defende a inclusão de medicinas alternativas no Serviço Nacional de Saúde, bem como a comparticipação dos medicamentos e serviços destas medicinas. 4 de Março de 2002

O líder socialista insiste nos apelos contra a abstenção e no acentuar das diferenças políticas entre o PS e o PSD.

Acordo entre Câmara do Porto e Grupo Amorim para o avanço das obras no estádio das Antas alivia as hostes sociais-democratas. Pacheco Pereira critica direcção do PSD por não ter apoiado "imediatamente" Rui Rio.

Paulo Portas reúne dezenas de ex-combatentes da guerra colonial e explica-lhes o que é preciso fazer para verem contado para efeitos de reforma o tempo passado em combate no Ultramar.

Francisco Louçã diz que Alberto João Jardim é o Cavaco Silva da Madeira. Bloquistas socorrem-se do exemplo madeirense para alertar os eleitores para os riscos das maiorias absolutas. 3 de Março de 2002 - Abertura oficial da campanha eleitoral

A respeito do "jogo do empurra" entre PS e PSD, Carlos Carvalhas apela aos eleitores para mostrarem um cartão vermelho aos dois partidos.

Líder popular coloca a fasquia eleitoral do CDS-PP nos oito por cento.

publicado por Carlos Carvalho às 00:05 link | comentar | favorito

No frente-a-frente com Santana Lopes, José Sócrates afirmou que "pela primeira vez, esta campanha ficou marcada por uma decisão de um grande partido em basear a sua campanha numa campanha negativa. (...) É um PSD que não se inibe de recorrer às armas mais indignas para atacar os seus adversários políticos. (...) Esta campanha é, verdadeiramente, uma campanha indigna". Pela primeira vez? Dias depois, Carlos César afirmava: "eu já vi este filme [na campanha das eleições regionais dos Açores], uma campanha baseada na insídia, na coincidência de notícias, na perfídia e nas calúnias". Já nas últimas eleições europeias, Sousa Franco garantia que "a táctica do insulto por parte da coligação [PSD/CDS] é deliberada". Fico por aqui com as citações, para não ir além das três últimas campanhas eleitorais. Em todas elas o PS acusou o PSD de conduzir campanhas menos próprias para com o PS ou para com os seus candidatos. Coincidência? Acho que não. O PS recorre desde há muito à desqualificação da campanha dos adversários, ao mesmo tempo que lhes dirige os ataques mais ferozes. Defende legitimamente o seu direito de atacar tudo e todos, mas reage mal sempre que é atacado. Intolerância esquerdista?

publicado por Carlos Carvalho às 02:18 link | comentar | favorito

Por estranho que pareça, acho que o debate correu bem a Jerónimo de Sousa. Ao contrário de Carvalhas, que nunca se conseguiu afastar da imagem de burocrata desbobinador de cassetes, Jerónimo tem vindo a conseguir humanizar a imagem do PCP e da sua direcção. Apesar de debilitado, Jerónimo compareceu ao debate, esforçou-se o mais que pôde para falar e só se rendeu quando todos já tinham percebido a sua incapacidade de continuar. Deu pois a imagem simpática de um ser de carne e osso que saiu honrosamente de campo por força das circunstancias. Paradoxalmente, a afonia funcionou a seu favor: falou pouco e abordou apenas um assunto, bem escolhido e que ficou na memória dos espectadores. É mais fácil decorar um parágrafo do que decorar um livro. O que propuseram os outros líderes? Várias coisas, umas boas e outras más. O que propôs Jerónimo de Sousa? A salvação da indústria têxtil nacional, causa com que todos concordarão. O mais que dissesse só serviria para estragar a boa imagem que nos deixou.

publicado por Carlos Carvalho às 21:42 link | comentar | favorito

Aquando do referendo sobre a interrupção da gravidez, todas as sondagens publicadas antes da votação asseguravam uma vitória confortável do sim, por cerca de 60%-40%. O resultado verificado foi a vitória do não, por 51%-49%. O que correu mal? Os vários analistas e especialistas de sondagens explicaram esta discrepância entre os resultados estimados e o verificado com o elevado numero de indecisos e de abstencionistas. Parece hoje existir uma situação similar, pelo menos no tocante aos indecisos. Na projecção dos resultados, as empresas de sondagens assumem geralmente que os indecisos se abstêm, ou que se distribuem proporcionalmente pelos partidos concorrentes. Ora, quando o número de indecisos é muito elevado e quando as eleições são disputadas em condições muito particulares, esta assunção corre o risco de ser falível. Penso ser legítimo afirmar que a decisão das próximas eleições vai estar na mão dos eleitores que no passado votaram no PSD, pois serão estes que terão mais razões para estarem indecisos. Quem votou PS nas últimas eleições seguramente irá votar PS nas próximas. As sondagens parecem confirmar esta afirmação: enquanto o PS atraiu novos apoiantes, o PSD parece só contar com os seus eleitores “yellow dog”. Sou capaz de apostar que a maioria dos indecisos, se votar, irá votar no PSD; ou seja, não tendo ainda encontrado motivos suficientes para votar no PS, acabarão por votar no partido do costume. Se isto for verdade, a diferença hoje verificada entre os dois partidos irá diminuir. Só não sei em quanto. Por isso, acho que é ainda muito cedo para dar estas eleições como decididas. Embora a vitória do PS pareça ser o cenário mais provável, devemos reservar no nosso espírito algum espaço para surpresas na noite eleitoral.

publicado por Carlos Carvalho às 22:52 link | comentar | favorito

O que diz a Bíblia: Sobre a Assembleia da República:

Todos gritavam ao mesmo tempo. A assembleia era uma grande confusão e a maioria nem sabia por que se achavam ali reunidos. (ACT 19,32) Sobre o governo que sai:

Não os escolheu Deus, nem lhes mostrou o caminho da sabedoria. E por falta de sagacidade pereceram, vítimas da própria estultícia. (BR 3,27-28) Sobre o governo que entra:

O governo de um homem sensato será estável. (ECLO 10,1) Sobre os santanistas:

Mas Deus afastou-se e os abandonou ao culto dos astros do céu. (ACT 7,42) Sobre o futuro de Santana Lopes:

Deus esteve com este menino. Ele cresceu, habitou no deserto e tornou-se um hábil flecheiro. (GN 21,20) Sobre Paulo Portas:

Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. (2TM 4,7) Sobre Francisco Louçã:

Quiséramos, porém, que tu mesmo nos dissesses o que pensas, pois o que nós sabemos dessa seita é que em toda parte lhe fazem oposição. (ACT 28,22) Sobre Jerónimo de Sousa:

Feliz por ainda ter podido escapar ao desastre de seu exército. (2MC 8,35) Sobre António Guterres:

Estás tronchudo, taludo, rechonchudo! (DT 32,15) Sobre José Sócrates:

Basta a esse homem o castigo que a maioria dentre vós lhe infligiu. (2COR 2,6) Sobre a abstenção:

Se não fizeres voto, não pecarás (DT 23,22)

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O quadro seguinte compara os resultados eleitorais das últimas Legislativas com os das últimas Europeias: Como se vê, os resultados não são assim tão diferentes. Esta comparação permite concluir que a transferência de votos da direita para a esquerda, e em particular do PSD para o PS, ocorreu ainda no tempo de Durão Barroso, tendo Santana Lopes contribuído apenas para consolidar esta transferência. Durão perdeu os votos, Santana não os conseguiu reconquistar.

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Melões Estes são os 10 candidatos que mais perto ficaram da eleição: 10. Sérgio Teixeira (PCP, Porto) - Falhou a eleição por 1302 votos;

9. José Carmo (BE, Faro) - Falhou a eleição por 1114 votos;

8. Bruno Dias (PCP, Setúbal) - Falhou a eleição por 1076 votos;

7. Jorge Morgado (PSD, Aveiro) - Falhou a eleição por 987 votos;

6. Carlos Antunes (PSD, Viana do Castelo) - Falhou a eleição por 969 votos;

5. Paulo Santos (PSD, Porto) - Falhou a eleição por 924 votos;

4. Helena Oliveira (PSD, Viseu) - Falhou a eleição por 455 votos;

3. Pedro Soares (BE, Braga) - Falhou a eleição por 418 votos;

2. Andrea Peniche (BE, Aveiro) - Falhou a eleição por 206 votos;

1. Luís Gomes (PSD, Faro) - Falhou a eleição por 192 votos! Misses Miss Simpatia - Jerónimo de Sousa

Miss Fotogenia - Francisco Louçã

2ª Dama de Honor - Paulo Portas

1ª Dama de Honor - Santana Lopes

Miss Portugal - José Sócrates Sócrates já declarou que quer a paz no mundo e ajudar as criancinhas. Resta saber o que mais tem para dizer ...

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Um primeiro comentários aos resultados eleitorais: Parabéns ao PS, mas sobretudo a José Sócrates, que conseguiu uma maioria absoluta sem se comprometer com nada e com ninguém. Está assim livre para fazer o que muito bem entender. O PSD teve uma derrota histórica - neste momento é possível rever a Constituição apesar do PSD, dado ter conseguido menos de um terço dos deputados. Santana Lopes tem que compreender a diferença entre poder e dever: pode continuar como líder, mas deveria ter-se demitido. O CDS perdeu 60 mil votos, 40 mil dos quais para o PND. Esta transferência custou ao CDS o terceiro lugar nacional e um deputado em Aveiro. Manuel Monteiro sai de cena, mas tem o gosto de levar Paulo Portas com ele.

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Votar é escolher um partido. Não votar é escolher também todos os outros. A abstenção nunca é inconsequente. Julga-se equidistante de todos os partidos? Mais que raio de ser amorfo é você?

Está na dúvida entre dois partidos? Atire uma moeda ao ar. Para quê favorecer os outros também? A abstenção, salvo motivos de força maior, só faz sentido quando achamos o acto eleitoral irrelevante, ou quando não lhe queremos dar importância. Não é certamente o caso da escolha da nova Assembleia, e, por arrasto, do novo Governo. Os abstencionistas "falam, falam, falam, falam, mas não os vejo a fazer nada ...". Pois bem, depois não fiquem chateados ...

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Resumo do artigo: Legislativas dia-a-dia , de Filipe Félix, publicado no Público de 18-3-2002 15 de Março de 2002 - Último dia de campanha eleitoral

Ferro Rodrigues reafirma que quer uma maioria absoluta e apelou à concentração de votos da esquerda e do centro no PS. Ferro diz que existem condições para o PS formar Governo com suficiente apoio parlamentar.

Líder laranja acusa Governo socialista de ter "passado ao lado das oportunidades de progresso", desperdiçando a herança deixada pelos executivos de Cavaco Silva.

Carlos Carvalhas apela ao "reforço da CDU". Secretário-geral comunista diz que o partido irá "lutar contra qualquer política de direita", e exorta a uma "mudança para melhor".

Paulo Portas volta a insistir no apelo ao voto nos populares, para "evitar uma maioria absoluta de um só partido", que permita ao CDS-PP chegar ao próximo Governo. Para o líder dos populares, o que está em causa é uma maioria absoluta de um só partido ou um "Governo de centro-direita".

Bloco de Esquerda pede uma maioria que respeite os direitos dos imigrantes, combata a fraude e privilegie um Serviço Nacional de Saúde com qualidade. Francisco Louçã volta a agitar as duas grandes bandeiras do movimento: o aborto e a imigração. 14 de Março de 2002

Ferro Rodrigues já fala em "vitória histórica" do PS, mostrando-se esperançado num triunfo por maioria absoluta. Candidato rosa critica diabolização que o PSD está a fazer do "papão" comunista.

Paulo Portas apela ao voto da classe média e evoca a necessidade dos democratas-cristãos ficarem "acima dos comunistas". 13 de Março de 2002

Mário Soares entra na campanha do PS e apela à maioria absoluta dos socialistas. Ferro Rodrigues dramatiza cenário de bipolarização, referindo que a alternativa é apenas entre PS e PSD.

Francisco Balsemão manifesta apoio a Durão Barroso. Líder social-democrata agita "fantasma" do comunismo e alerta para os perigos de uma maioria de esquerda no Parlamento.

Líder popular mostra-se preocupado com a possibilidade de empate nas eleições legislativas e apela ao voto dos eleitores da AD.

Francisco Louçã lança novo combate ao voto útil, apelando à necessidade de reforçar a votação do BE. 12 de Março de 2002

Debate da RTP marcado pela ausência de hostilidades entre Durão Barroso e Paulo Portas e Ferro Rodrigues e Carlos Carvalhas. Bloco de Esquerda coloca-se de fora da viabilização de um eventual Governo socialista.

Durão Barroso almoça com figuras do mundo da cultura e diz que esta não é património da esquerda.

Miguel Portas defende que os polícias passem a andar desarmados e afirma que mais importante que uma política cultural é a capacidade de criar "rupturas culturais". 11 de Março de 2002

Carlos Carvalhas salientou a necessidade de se defender o aparelho produtivo nacional.

Paulo Portas apela à "inteligência dos eleitores" para que votem no CDS-PP. Portas acredita que o CDS-PP vai obter um resultado histórico.

Louçã comenta o regresso de António Guterres às lides eleitorais, classificando-o como o papa da indecisão. 10 de Março de 2002

Ferro Rodrigues lança o mais violento ataque contra Durão Barroso, questionando mesmo se é o líder social-democrata que manda no PSD. Entre os socialistas começa a falar-se numa "onda rosa". António Guterres entra na campanha socialista, participando no comício de Castelo Branco.

Durão Barroso avisa que "o mundo pode estar à beira de uma nova guerra" devido a um eventual ataque dos EUA ao Iraque e que isso traria "consequências económicas graves e imprevisíveis".

Carlos Carvalhas denuncia que estão em preparação "negócios chorudos" na área do abastecimento de água.

Paulo Portas desfere ataque contra o PSD, garantindo que se estes tiverem maioria absoluta vão avançar com a venda da Caixa Geral de Depósitos aos espanhóis, o congelamento dos salários da Função Pública e a subida do IVA.

Bloco de Esquerda volta a condenar as maiorias absolutas. 9 de Março de 2002

PS e PSD medem forças em dois comícios no Porto, com ambos os partidos a reivindicarem vitória.

Ferro Rodrigues pede, pela primeira vez, maioria absoluta para o PS. Líder socialista assume herança de seis anos de governação e acusa PSD de querer paralisar o país.

Cavaco Silva avisa que Portugal precisa de estabilidade política como de "pão para a boca" e alerta para o risco do "empobrecimento" do país. Durão Barroso volta a apelar à maioria absoluta.

Paulo Portas sobe fasquia eleitoral, pedindo um resultado de dois dígitos. Líder do CDS-PP apela ao voto do eleitorado AD e aos socialistas descontentes. 8 de Março de 2002

Ferro Rodrigues recusa dizer se na questão da taxa de alcoolemia é a favor dos 0,2 g/l ou dos 0,5 g/l.

Líder social-democrata garante que não dará perdão fiscal ao Benfica.

Paulo Portas acredita que o apelo de Durão Barroso para ter maioria absoluta vai favorecer o CDS-PP. Líder popular acusa PSD de querer poder absoluto.

Bloco de Esquerda assinala Dia Mundial da Mulher com manifestação a favor da despenalização da interrupção voluntária da gravidez. 7 de Março de 2002

Ferro Rodrigues endurece discurso contra Durão Barroso. Líder socialista garante que não irá congelar os salários da função pública.

Durão Barroso apela pela primeira vez aos eleitores para que estes lhe dêem uma maioria absoluta.

Carlos Carvalhas alerta para o congelamento dos salários da função pública, que está a ser preparado por PS e PSD. Líder comunista volta a apelar ao combate ao voto útil. 6 de Março de 2002

Durão Barroso acusa Governo de "crime de cidadania" por "esconder o défice verdadeiro, a despesa que faz debaixo da mesa" e revela que a Comissão Europeia "está a ver à lupa as contas de Portugal".

Paulo Portas sobe o tom da luta contra as maiorias absolutas, acusando-as de beneficiarem os "lobbies" e "sindicatos de corrupção". 5 de Março de 2002

Jerónimo de Sousa, acusa os socialistas de quererem prosseguir com a co-incineração no Parque Natural da Arrábida, considerando que tal atitude é "um crime".

Narana Coissoró afirma que "Durão Barroso não tem capacidade para ser líder ou primeiro-ministro de um governo com maioria absoluta".

Bloco de Esquerda defende a inclusão de medicinas alternativas no Serviço Nacional de Saúde, bem como a comparticipação dos medicamentos e serviços destas medicinas. 4 de Março de 2002

O líder socialista insiste nos apelos contra a abstenção e no acentuar das diferenças políticas entre o PS e o PSD.

Acordo entre Câmara do Porto e Grupo Amorim para o avanço das obras no estádio das Antas alivia as hostes sociais-democratas. Pacheco Pereira critica direcção do PSD por não ter apoiado "imediatamente" Rui Rio.

Paulo Portas reúne dezenas de ex-combatentes da guerra colonial e explica-lhes o que é preciso fazer para verem contado para efeitos de reforma o tempo passado em combate no Ultramar.

Francisco Louçã diz que Alberto João Jardim é o Cavaco Silva da Madeira. Bloquistas socorrem-se do exemplo madeirense para alertar os eleitores para os riscos das maiorias absolutas. 3 de Março de 2002 - Abertura oficial da campanha eleitoral

A respeito do "jogo do empurra" entre PS e PSD, Carlos Carvalhas apela aos eleitores para mostrarem um cartão vermelho aos dois partidos.

Líder popular coloca a fasquia eleitoral do CDS-PP nos oito por cento.

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No frente-a-frente com Santana Lopes, José Sócrates afirmou que "pela primeira vez, esta campanha ficou marcada por uma decisão de um grande partido em basear a sua campanha numa campanha negativa. (...) É um PSD que não se inibe de recorrer às armas mais indignas para atacar os seus adversários políticos. (...) Esta campanha é, verdadeiramente, uma campanha indigna". Pela primeira vez? Dias depois, Carlos César afirmava: "eu já vi este filme [na campanha das eleições regionais dos Açores], uma campanha baseada na insídia, na coincidência de notícias, na perfídia e nas calúnias". Já nas últimas eleições europeias, Sousa Franco garantia que "a táctica do insulto por parte da coligação [PSD/CDS] é deliberada". Fico por aqui com as citações, para não ir além das três últimas campanhas eleitorais. Em todas elas o PS acusou o PSD de conduzir campanhas menos próprias para com o PS ou para com os seus candidatos. Coincidência? Acho que não. O PS recorre desde há muito à desqualificação da campanha dos adversários, ao mesmo tempo que lhes dirige os ataques mais ferozes. Defende legitimamente o seu direito de atacar tudo e todos, mas reage mal sempre que é atacado. Intolerância esquerdista?

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Por estranho que pareça, acho que o debate correu bem a Jerónimo de Sousa. Ao contrário de Carvalhas, que nunca se conseguiu afastar da imagem de burocrata desbobinador de cassetes, Jerónimo tem vindo a conseguir humanizar a imagem do PCP e da sua direcção. Apesar de debilitado, Jerónimo compareceu ao debate, esforçou-se o mais que pôde para falar e só se rendeu quando todos já tinham percebido a sua incapacidade de continuar. Deu pois a imagem simpática de um ser de carne e osso que saiu honrosamente de campo por força das circunstancias. Paradoxalmente, a afonia funcionou a seu favor: falou pouco e abordou apenas um assunto, bem escolhido e que ficou na memória dos espectadores. É mais fácil decorar um parágrafo do que decorar um livro. O que propuseram os outros líderes? Várias coisas, umas boas e outras más. O que propôs Jerónimo de Sousa? A salvação da indústria têxtil nacional, causa com que todos concordarão. O mais que dissesse só serviria para estragar a boa imagem que nos deixou.

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Aquando do referendo sobre a interrupção da gravidez, todas as sondagens publicadas antes da votação asseguravam uma vitória confortável do sim, por cerca de 60%-40%. O resultado verificado foi a vitória do não, por 51%-49%. O que correu mal? Os vários analistas e especialistas de sondagens explicaram esta discrepância entre os resultados estimados e o verificado com o elevado numero de indecisos e de abstencionistas. Parece hoje existir uma situação similar, pelo menos no tocante aos indecisos. Na projecção dos resultados, as empresas de sondagens assumem geralmente que os indecisos se abstêm, ou que se distribuem proporcionalmente pelos partidos concorrentes. Ora, quando o número de indecisos é muito elevado e quando as eleições são disputadas em condições muito particulares, esta assunção corre o risco de ser falível. Penso ser legítimo afirmar que a decisão das próximas eleições vai estar na mão dos eleitores que no passado votaram no PSD, pois serão estes que terão mais razões para estarem indecisos. Quem votou PS nas últimas eleições seguramente irá votar PS nas próximas. As sondagens parecem confirmar esta afirmação: enquanto o PS atraiu novos apoiantes, o PSD parece só contar com os seus eleitores “yellow dog”. Sou capaz de apostar que a maioria dos indecisos, se votar, irá votar no PSD; ou seja, não tendo ainda encontrado motivos suficientes para votar no PS, acabarão por votar no partido do costume. Se isto for verdade, a diferença hoje verificada entre os dois partidos irá diminuir. Só não sei em quanto. Por isso, acho que é ainda muito cedo para dar estas eleições como decididas. Embora a vitória do PS pareça ser o cenário mais provável, devemos reservar no nosso espírito algum espaço para surpresas na noite eleitoral.

publicado por Carlos Carvalho às 22:52 link | comentar | favorito

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