Split Screen: Transiberiano, por Tiago Ramos

14-07-2009
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Título original: Transsiberian (2008)Realização: Brad Anderson Argumento: Brad Anderson e Will Conroy Elenco: Woody Harrelson, Emily Mortimer, Ben Kingsley, Kate Mara, Eduardo Noriega e Thomas KretschmannEm Transiberiano de imediato sentimos reminiscências de Um Crime no Expresso do Oriente, apesar de a viagem não ser a mesma. De facto, a influência de Agatha Christie sente-se no argumento de suspense ao estilo old school.Do mesmo realizador de El maquinista (2004), chega-nos um thriller, no mínimo, curioso. Não passa de um bom filme, mas podia ser bastante mais, tendo inclusive material para tal. A primeira parte do filme prima pela excelente qualidade da fotografia, que contrasta com o vazio emocional que as personagens enfrentam. Sem grande fundo narrativo de início, o filme torna-se meramente contemplativo e simplesmente com fins de contextualização ou reconhecimento emocional das personagens. Cria a atmosfera misteriosa e de suspense, mas arrasta-a durante demasiado tempo o que acaba por penalizar o trabalho de Brad Anderson.Mas encontramos em Transiberiano diálogos bem construídos e inteligentes, com personagens bem construídas e bastante verosímeis. A parte positiva do filme encontra-se precisamente nesse realismo competente, que incluem frases marcantes que complementam a construção das personagens.Ben Kingsley tem um desempenho onde se sente uma evolução em comparação aos seus trabalhos anteriores, pena que não seja dada margem de manobra para uma maior consistência da personagem. Woody Harrelson tem uma personagem vazia, que serve apenas de peão no meio do argumento, enquanto que Emily Mortimer tem às suas costas todo o filme, numa excelente prestação. O seu desempenho altera-se de forma positiva ao longo do filme, deixando a autenticidade da prestação reflectir-se nos seus olhos com grandes implicações psicológicas para o argumento, tornando-o ainda mais interessante. A par do desempenho de Eduardo Noriega torna-se o ponto alto de Transiberian.Transiberian é um bom filme que podia, no entanto, ser melhor. Falta-lhe um argumento mais completo, mas não deixa de ser uma experiência positiva.Classificação:


Título original: Transsiberian (2008)Realização: Brad Anderson Argumento: Brad Anderson e Will Conroy Elenco: Woody Harrelson, Emily Mortimer, Ben Kingsley, Kate Mara, Eduardo Noriega e Thomas KretschmannEm Transiberiano de imediato sentimos reminiscências de Um Crime no Expresso do Oriente, apesar de a viagem não ser a mesma. De facto, a influência de Agatha Christie sente-se no argumento de suspense ao estilo old school.Do mesmo realizador de El maquinista (2004), chega-nos um thriller, no mínimo, curioso. Não passa de um bom filme, mas podia ser bastante mais, tendo inclusive material para tal. A primeira parte do filme prima pela excelente qualidade da fotografia, que contrasta com o vazio emocional que as personagens enfrentam. Sem grande fundo narrativo de início, o filme torna-se meramente contemplativo e simplesmente com fins de contextualização ou reconhecimento emocional das personagens. Cria a atmosfera misteriosa e de suspense, mas arrasta-a durante demasiado tempo o que acaba por penalizar o trabalho de Brad Anderson.Mas encontramos em Transiberiano diálogos bem construídos e inteligentes, com personagens bem construídas e bastante verosímeis. A parte positiva do filme encontra-se precisamente nesse realismo competente, que incluem frases marcantes que complementam a construção das personagens.Ben Kingsley tem um desempenho onde se sente uma evolução em comparação aos seus trabalhos anteriores, pena que não seja dada margem de manobra para uma maior consistência da personagem. Woody Harrelson tem uma personagem vazia, que serve apenas de peão no meio do argumento, enquanto que Emily Mortimer tem às suas costas todo o filme, numa excelente prestação. O seu desempenho altera-se de forma positiva ao longo do filme, deixando a autenticidade da prestação reflectir-se nos seus olhos com grandes implicações psicológicas para o argumento, tornando-o ainda mais interessante. A par do desempenho de Eduardo Noriega torna-se o ponto alto de Transiberian.Transiberian é um bom filme que podia, no entanto, ser melhor. Falta-lhe um argumento mais completo, mas não deixa de ser uma experiência positiva.Classificação:

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