Sacanas e Sentimentais: Glosas à Trova do Vento que passa

02-10-2009
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Com a devida vénia transcrevo estas décimas enviadas, por "e-mail", por uma amiga e da autoria de Manuel Inácio Veladas:MotePergunto ao vento que passaNotícias do meu PaísO vento cala a desgraçaO vento nada me diz(Manuel Alegre)Glosas1ªEste mote ouvi um diaNuma canção bem cantadaE por mim consideradaDas mais lindas que eu ouvia.Quem fez esta poesiaVia o futuro sem ter graça,Sem algo que o satisfaçaNo seu exílio infernal,Notícias de Portugal,Pergunto ao vento que passa.2ªSofreu, não desesperouDum sofrimento tão vil,Mas o 25 de AbrilAfinal sempre chegou.Satisfeito regressouConsiderou-se felizPor ver o que sempre quis- Em Portugal nova aurora –Perguntava a toda a horaNotícias do meu País.3ªDizia Manuel AlegreNo seu exílio sombrio:Se morrer, morro com brioSem que à tristeza me entregue,Por muito que alheio navegueSou quem o exílio abraça,Julgo o vento de má raçaPorque o é, infelizmente.De quem sofre injustamente,O vento cala a desgraça.4ªSofreu com brio e coragemEsperava a todo o momentoQue até o próprio ventoLhe levasse uma mensagem.Não o quero em desvantagem,- Ponham-se as pintas nos iis! –Não sejamos imbecisDeixemos de hipocrisia,Lembrai-vos quando ele diziaO vento nada me diz!Évora, 14 de Janeiro de 2006Manuel Inácio Veladas (Ti Limpas)Manuel Inácio Veladas é natural de Ferreira de Capelins, Alandroal, onde nasceu e reside há 76 anos de idade.Toda a vida trabalhou na Agricultura e, nos últimos anos, tem vindo a ajudar a construir a Confraria do Pão (Alentejo), cujo Centro de Documentação já publicou o Livro “Nasce do Meu Pensamento”, com algumas das poesias populares alentejanas que vem fazendo e aprendendo desde criança.Com uma vastíssima e riquíssima obra, é, seguramente, um dos mais importantes Poetas Populares que o Alentejo e Portugal já teve.ESTAS DÉCIMAS FORAM FEITAS DE IMPROVISO PARA A MANHÃ DE 14.01 EM ESTREMOZ


Com a devida vénia transcrevo estas décimas enviadas, por "e-mail", por uma amiga e da autoria de Manuel Inácio Veladas:MotePergunto ao vento que passaNotícias do meu PaísO vento cala a desgraçaO vento nada me diz(Manuel Alegre)Glosas1ªEste mote ouvi um diaNuma canção bem cantadaE por mim consideradaDas mais lindas que eu ouvia.Quem fez esta poesiaVia o futuro sem ter graça,Sem algo que o satisfaçaNo seu exílio infernal,Notícias de Portugal,Pergunto ao vento que passa.2ªSofreu, não desesperouDum sofrimento tão vil,Mas o 25 de AbrilAfinal sempre chegou.Satisfeito regressouConsiderou-se felizPor ver o que sempre quis- Em Portugal nova aurora –Perguntava a toda a horaNotícias do meu País.3ªDizia Manuel AlegreNo seu exílio sombrio:Se morrer, morro com brioSem que à tristeza me entregue,Por muito que alheio navegueSou quem o exílio abraça,Julgo o vento de má raçaPorque o é, infelizmente.De quem sofre injustamente,O vento cala a desgraça.4ªSofreu com brio e coragemEsperava a todo o momentoQue até o próprio ventoLhe levasse uma mensagem.Não o quero em desvantagem,- Ponham-se as pintas nos iis! –Não sejamos imbecisDeixemos de hipocrisia,Lembrai-vos quando ele diziaO vento nada me diz!Évora, 14 de Janeiro de 2006Manuel Inácio Veladas (Ti Limpas)Manuel Inácio Veladas é natural de Ferreira de Capelins, Alandroal, onde nasceu e reside há 76 anos de idade.Toda a vida trabalhou na Agricultura e, nos últimos anos, tem vindo a ajudar a construir a Confraria do Pão (Alentejo), cujo Centro de Documentação já publicou o Livro “Nasce do Meu Pensamento”, com algumas das poesias populares alentejanas que vem fazendo e aprendendo desde criança.Com uma vastíssima e riquíssima obra, é, seguramente, um dos mais importantes Poetas Populares que o Alentejo e Portugal já teve.ESTAS DÉCIMAS FORAM FEITAS DE IMPROVISO PARA A MANHÃ DE 14.01 EM ESTREMOZ

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