O Telescópio: serviço público

27-06-2009
marcar artigo


O Diário Económico de hoje é um verdadeiro vendaval de ideias liberais.Começando no destaque do dia, concedido aos embaraços criados pelo sector energético; não são os embaraços que são o problema: que há uma imensa descoordenação no Governo ou, porque não, uma instabilidade substancial que [tem vindo a acentuar] a crise na relação de confiança entre o Estado e a sociedade, já todos sabemos. O vendaval liberal vem do facto de termos um mega monopólio no mercado energético nacional, com barreiras à entrada significativas, pelo que só teríamos a ganhar (nós e a própria EDP e Galp, que teriam de melhorar bastante a sua Gestão, além de se libertarem dos gestores privados nomeados por confiança política) com a concorrência espanhola. Vendaval esse que tem sido denunciado nas páginas deste jornal, semana após semana.Avançando nas páginas podemos encontrar factos comprovativos de que, afinal, em Bruxelas não se dorme, colocando-se em causa pelos senhores da UE a posição accionista do Estado na PT: a chamada golden share.Mais à frente, "ficamos a saber" que a instabilidade e ineficiência do Governo penalizam competitividade, sendo ainda referidas como obstáculos a rigidez salarial e a burocracia. Ainda há pouco tempo ouvi, num debate autárquico aqui no Barreiro, o candidato Bruno Vitorino a dizer algo que me ficou outra vez no ouvido: deixem-nos trabalhar! É uma frase célebre e que, segundo o Bruno, era a mais ouvida por ele quando se reunia com potenciais empresários e investidores barreirenses. Não pediam mega projectos de incentivos e subsídios. Pediam transparência e celeridade. Ao que parece, o problema é nacional.Para terminar, nada melhor que a nota do editor, também sobre o papel do Estado: Sair de cena.Tiago Alves


O Diário Económico de hoje é um verdadeiro vendaval de ideias liberais.Começando no destaque do dia, concedido aos embaraços criados pelo sector energético; não são os embaraços que são o problema: que há uma imensa descoordenação no Governo ou, porque não, uma instabilidade substancial que [tem vindo a acentuar] a crise na relação de confiança entre o Estado e a sociedade, já todos sabemos. O vendaval liberal vem do facto de termos um mega monopólio no mercado energético nacional, com barreiras à entrada significativas, pelo que só teríamos a ganhar (nós e a própria EDP e Galp, que teriam de melhorar bastante a sua Gestão, além de se libertarem dos gestores privados nomeados por confiança política) com a concorrência espanhola. Vendaval esse que tem sido denunciado nas páginas deste jornal, semana após semana.Avançando nas páginas podemos encontrar factos comprovativos de que, afinal, em Bruxelas não se dorme, colocando-se em causa pelos senhores da UE a posição accionista do Estado na PT: a chamada golden share.Mais à frente, "ficamos a saber" que a instabilidade e ineficiência do Governo penalizam competitividade, sendo ainda referidas como obstáculos a rigidez salarial e a burocracia. Ainda há pouco tempo ouvi, num debate autárquico aqui no Barreiro, o candidato Bruno Vitorino a dizer algo que me ficou outra vez no ouvido: deixem-nos trabalhar! É uma frase célebre e que, segundo o Bruno, era a mais ouvida por ele quando se reunia com potenciais empresários e investidores barreirenses. Não pediam mega projectos de incentivos e subsídios. Pediam transparência e celeridade. Ao que parece, o problema é nacional.Para terminar, nada melhor que a nota do editor, também sobre o papel do Estado: Sair de cena.Tiago Alves

marcar artigo