DESCREDITO !: A mim não me enganam vocês

21-05-2009
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Após ler esta notícia, não posso deixar de fazer as seguintes considerações:1. A defesa do fim da obrigatoriedade de reintegração do trabalhador despedido sem justa causa só prova que o objectivo da CCP, CAP, CIP e CTP é o despedimento livre "porque sim". Ainda que houvesse lugar ao pagamento de uma indemnização. E que a sua defesa dos despedimentos livres não tem por base quaisquer considerações de ordem económica, mas apenas para que possam ter todo o poder numa relação laboral. O que é revelador da merda de empresários que temos neste país. E sim, escrevi "merda" propositadamente. Um bom empresário quer saber de produzir. Pelos vistos, os empresários portugueses só se importam em sentir poder e em querer rebaixar outros.Já agora: a intervenção parlamentar de Francisco Louçã foi profundamente infeliz, ao centrar-se nos despedimentos políticos e ideológicos em vez de ir ao essencial da questão.2. A redefinição do conceito de justa causa não só seria mais grave ainda como é manifestamente impossível: só existem justa causa subjectiva e objectiva, não se vislumbrando qual outra pode existir.E, aliás, definir justa causa por referência aos interesses da empresa é absurdo: a justa causa subjectiva refere-se ao comportamento do trabalhador, e a justa causa objectiva a factos objectivos que tornem impossível a subsistência da relação de trabalho, tais como a extinção do posto de trabalho.3. Querer retirar às associações sindicais o direito de exercício da contratação colectiva, pelo menos na realidade portuguesa, significa ser contra a contratação colectiva, com todas as desvantagens que daí obviamente advêm. O que é em absoluto inaceitável.4. Querer restringir o direito à greve à defesa de interesses profissionais e depois de esgotado o recurso a "formas pacíficas de solução de conflitos" também apenas demonstra uma mentalidade tacanha que é totalmente contra a existência de todos e quaisquer direitos dos trabalhadores, querendo impor a força do seu lado negocial. Simplesmente nojento.5. O que me obriga, em conclusão, a concordar com o essencial das declarações da CGTP: o objectivo dos empresários portugueses é o regresso às relações laborais do regime salazarista. Ponto final parágrafo.

Após ler esta notícia, não posso deixar de fazer as seguintes considerações:1. A defesa do fim da obrigatoriedade de reintegração do trabalhador despedido sem justa causa só prova que o objectivo da CCP, CAP, CIP e CTP é o despedimento livre "porque sim". Ainda que houvesse lugar ao pagamento de uma indemnização. E que a sua defesa dos despedimentos livres não tem por base quaisquer considerações de ordem económica, mas apenas para que possam ter todo o poder numa relação laboral. O que é revelador da merda de empresários que temos neste país. E sim, escrevi "merda" propositadamente. Um bom empresário quer saber de produzir. Pelos vistos, os empresários portugueses só se importam em sentir poder e em querer rebaixar outros.Já agora: a intervenção parlamentar de Francisco Louçã foi profundamente infeliz, ao centrar-se nos despedimentos políticos e ideológicos em vez de ir ao essencial da questão.2. A redefinição do conceito de justa causa não só seria mais grave ainda como é manifestamente impossível: só existem justa causa subjectiva e objectiva, não se vislumbrando qual outra pode existir.E, aliás, definir justa causa por referência aos interesses da empresa é absurdo: a justa causa subjectiva refere-se ao comportamento do trabalhador, e a justa causa objectiva a factos objectivos que tornem impossível a subsistência da relação de trabalho, tais como a extinção do posto de trabalho.3. Querer retirar às associações sindicais o direito de exercício da contratação colectiva, pelo menos na realidade portuguesa, significa ser contra a contratação colectiva, com todas as desvantagens que daí obviamente advêm. O que é em absoluto inaceitável.4. Querer restringir o direito à greve à defesa de interesses profissionais e depois de esgotado o recurso a "formas pacíficas de solução de conflitos" também apenas demonstra uma mentalidade tacanha que é totalmente contra a existência de todos e quaisquer direitos dos trabalhadores, querendo impor a força do seu lado negocial. Simplesmente nojento.5. O que me obriga, em conclusão, a concordar com o essencial das declarações da CGTP: o objectivo dos empresários portugueses é o regresso às relações laborais do regime salazarista. Ponto final parágrafo.

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