DESCREDITO !: A Democracia Pindérica

21-05-2009
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Talvez para suavizar o impacto do pacote de medidas para o combate ao défice do Orçamento de Estado (o aumento do IVA, da taxa sobre o tabaco e os combustíveis, da idade da reforma, o congelamento das 'promoções automáticas' na Função Pública, etc.), alguém teve a ideia de acrescentar o fim das 'reformas vitalícias dos políticos'. Apesar de não existirem 'promoções automáticas' na Função Pública mas sim mudanças de escalão de 3 em 3 anos, exactamente nos casos em que não tenha ainda aberto um concurso para a promoção na carreira (é sempre necessário Concurso), ainda nenhum sindicato veio explicar este conveniente equívoco, como se houvesse algum problema de consciência ou complexo. O mesmo se passa com a classe política. Quem analisar os vencimentos dos titulares de cargos políticos, a começar pelo do Presidente da República, chegará à conclusão que são incrivelmente baixos atendendo à responsabilidade que neles é delegada. Porém, quando se fala que a classe política ganha demasiado, que não são necessários tantos Deputados, nem tantos Ministros, Secretários de Estado, membros de Gabinete, todos se escondem por trás da mesma árvore duma imensa floresta chamada República, Democracia, ou simplesmemente o sistema político que tem a obrigação de nos 'bem-governar'. Como se houvessem problemas de consciência ou complexos. A subvenção vitalícia a que têm direito os Deputados, segundo o 'legislador', destina-se a compensar o regresso destes cidadãos à Sociedade Civil, de volta às suas carreiras profissionais, por vezes irremediavelmente adiadas. O Governo escolheu, demagogicamente, qual aprendiz de feiticeiro, acabar com a 'vergonha' destas subvenções (de impacto financeiro praticamente nulo). Para que a classe política 'desse o exemplo' ao País. Mas o exemplo que dá é o de uma classe política complexada e pindérica, cada dia que passa mais à mercê das pressões económicas e da vontade do Espírito Santo. Qualquer dia restar-nos-á um Parlamento recheado de Nunos Melo, a vociferar para as televisões impropérios contra os malandros dos políticos.

Talvez para suavizar o impacto do pacote de medidas para o combate ao défice do Orçamento de Estado (o aumento do IVA, da taxa sobre o tabaco e os combustíveis, da idade da reforma, o congelamento das 'promoções automáticas' na Função Pública, etc.), alguém teve a ideia de acrescentar o fim das 'reformas vitalícias dos políticos'. Apesar de não existirem 'promoções automáticas' na Função Pública mas sim mudanças de escalão de 3 em 3 anos, exactamente nos casos em que não tenha ainda aberto um concurso para a promoção na carreira (é sempre necessário Concurso), ainda nenhum sindicato veio explicar este conveniente equívoco, como se houvesse algum problema de consciência ou complexo. O mesmo se passa com a classe política. Quem analisar os vencimentos dos titulares de cargos políticos, a começar pelo do Presidente da República, chegará à conclusão que são incrivelmente baixos atendendo à responsabilidade que neles é delegada. Porém, quando se fala que a classe política ganha demasiado, que não são necessários tantos Deputados, nem tantos Ministros, Secretários de Estado, membros de Gabinete, todos se escondem por trás da mesma árvore duma imensa floresta chamada República, Democracia, ou simplesmemente o sistema político que tem a obrigação de nos 'bem-governar'. Como se houvessem problemas de consciência ou complexos. A subvenção vitalícia a que têm direito os Deputados, segundo o 'legislador', destina-se a compensar o regresso destes cidadãos à Sociedade Civil, de volta às suas carreiras profissionais, por vezes irremediavelmente adiadas. O Governo escolheu, demagogicamente, qual aprendiz de feiticeiro, acabar com a 'vergonha' destas subvenções (de impacto financeiro praticamente nulo). Para que a classe política 'desse o exemplo' ao País. Mas o exemplo que dá é o de uma classe política complexada e pindérica, cada dia que passa mais à mercê das pressões económicas e da vontade do Espírito Santo. Qualquer dia restar-nos-á um Parlamento recheado de Nunos Melo, a vociferar para as televisões impropérios contra os malandros dos políticos.

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