PALAVROSSAVRVS REX: JARDIM E SÓCRATES

23-05-2009
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A retórica de Jardim é verdadeiramente pontifical, solene,como um verdadeiro druida da Política, um Panoramix, detentor da fórmula da poção mágica para as eleições vitoriosamente absolutas,ou um chefe da tribo, um Abracourcix sempre em guerra com os Romanos do Contenente.O que diga de Teixeira dos Santos ou de Sócrates agora é meramente carnavalesco,tal como tudo o que desde há trinta anos tem dito. Claro que ele faz justiça aos excluídos nacionais e é das poucas vozes que denunciam o apodrecimento moral que mina por dentro os centros de decisão da República,coisa que infelizmente todos inserem no folclore costumeiro e a que não dão a merecida atenção.Eu diria ao Daniel Oliveira Arrastado que palhaços há muitos. Notam-se é menos.çklCerto é que Sócrates tem olhado com atenção para a chave misteriosaque faz do Mocassa da Madeira tão miticamente popular no seu domínio e é somente isso que lhe interessa agora. Aprender com Jardim: ora, se o seu absolutismo democrático o não torna antipático aos olhos do Povo,se o seu autarcismo monarquizante e hegemónico não o torna intolerável ao Povo,se a sua dimensão de momo-bobo não o desvaloriza em face do Povo,se as vozes oposicionais são vexadas, coagidas e esmagadas, por processos simples e discretos, sem que o Povo estremeça,há que seguir tal receita de sucesso e aperfeiçoá-la aqui no Portugal Continental que tudo come e tudo cala. E, aí, Sócrates tem sido precisamente um exímio imitador falhado de todos estes pressupostos, mas, por tentativa e erro, lá vai chegando. Porque, para o Povo tal como para Sócrates, a democracia às vezes está cheia de inconvenientes, de bloqueios dialógicos,de pluralidades que atrapalham um líder visionário, decidido e corajoso como um Touro na Arena tem todas as ganas e todas as certezas sozinho.


A retórica de Jardim é verdadeiramente pontifical, solene,como um verdadeiro druida da Política, um Panoramix, detentor da fórmula da poção mágica para as eleições vitoriosamente absolutas,ou um chefe da tribo, um Abracourcix sempre em guerra com os Romanos do Contenente.O que diga de Teixeira dos Santos ou de Sócrates agora é meramente carnavalesco,tal como tudo o que desde há trinta anos tem dito. Claro que ele faz justiça aos excluídos nacionais e é das poucas vozes que denunciam o apodrecimento moral que mina por dentro os centros de decisão da República,coisa que infelizmente todos inserem no folclore costumeiro e a que não dão a merecida atenção.Eu diria ao Daniel Oliveira Arrastado que palhaços há muitos. Notam-se é menos.çklCerto é que Sócrates tem olhado com atenção para a chave misteriosaque faz do Mocassa da Madeira tão miticamente popular no seu domínio e é somente isso que lhe interessa agora. Aprender com Jardim: ora, se o seu absolutismo democrático o não torna antipático aos olhos do Povo,se o seu autarcismo monarquizante e hegemónico não o torna intolerável ao Povo,se a sua dimensão de momo-bobo não o desvaloriza em face do Povo,se as vozes oposicionais são vexadas, coagidas e esmagadas, por processos simples e discretos, sem que o Povo estremeça,há que seguir tal receita de sucesso e aperfeiçoá-la aqui no Portugal Continental que tudo come e tudo cala. E, aí, Sócrates tem sido precisamente um exímio imitador falhado de todos estes pressupostos, mas, por tentativa e erro, lá vai chegando. Porque, para o Povo tal como para Sócrates, a democracia às vezes está cheia de inconvenientes, de bloqueios dialógicos,de pluralidades que atrapalham um líder visionário, decidido e corajoso como um Touro na Arena tem todas as ganas e todas as certezas sozinho.

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