Sol

23-10-2008
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CRIL Empresa tem todas as garantias jurídicas e demolições vão continuar O presidente da Estradas de Portugal (EP), Almerindo Marques, afirmou hoje que a empresa tem todos os instrumentos jurídicos que permitem avançar para as demolições previstas no último troço da CRIL, mesmo sem acordo dos moradores Imprimir Enviar por mail «Se a obra fosse fácil já estava concluída. Temos todos os instrumentos jurídicos na nossa posse e pode ter que haver maior conflitualidade, se não se chegar a bom termo» nas conversações com os moradores, disse.

O presidente da EP referia-se a 13 casos de moradores do Bairro de Santa Cruz (Benfica) com quem a empresa mantém um conflito por causa das expropriações.

«Não quiseram expropriar parte do terreno e nós até aceitámos a expropriação a 100 por cento, dizendo que nesse caso os moradores não poderiam criar obstáculos à obra e teriam de aceitar a arbitragem que fosse feita. Em 13 casos não tivemos resposta», afirmou.

Fonte da empresa adiantou à Lusa que ainda esta semana a empresa pretende avançar com demolições no bairro.

Sublinhando que a obra «é muito complexa e muito importante», Almerindo Marques considerou que as acusações de que a Circular Regional Interna de Lisboa (CRIL) estaria a ser usada como 'bandeira eleitoralista' «não têm qualquer fundamento».

«Este aspecto não tem sido transmitido da melhor forma. O prazo já estava definido quando a obra foi a concurso, para que se terminasse o mais depressa possível, tendo em conta o significado deste troço», afirmou.

Almerindo Marques falava antes da visita que a Comissão Parlamentar das Obras públicas efectuou hoje de manhã às obras do último troço da CRIL, que ligará Buraca à Pontinha, numa extensão de cerca de quatro quilómetros.

A visita decorreu debaixo de chuva, uma semana depois das comissões de moradores de Benfica, Santa Cruz, Damaia e Alfornelos terem acusado o Governo de estar a utilizar a CRIL como «bandeira eleitoralista», apontando uma cláusula do contrato da empreitada que antecipa em 30 dias (para Setembro de 2009) a conclusão da obra.

Antes da visita o engenheiro responsável pelo acompanhamento da obra, José Luís Faleiro, respondeu a algumas perguntas dos deputados, que se mostraram sobretudo preocupados com as questões ambientais e de segurança rodoviária.

Questionado pelo deputado Bruno Dias (PCP) sobre o porquê do actual traçado e sobre se a empresa estudou traçados alternativos, o responsável justificou a opção com o facto de a faixa de terreno para a estrada ter sido prevista e «limpa» de casas há anos e com a necessidade de garantir determinadas acessibilidades.

«Houve um esforço nas expropriações para libertar os terrenos afectos à CRIL que tinham de ser usados e por outro lado havia acessibilidades a garantir», o que só poderia ser feito com o traçado que acabou por ser escolhido pela empresa, justificou José Luís Faleiro.

Depois de questionado pela deputada Helena Pinto (Bloco de Esquerda) sobre as questões ambientais, o engenheiro responsável pelo acompanhamento da obra garantiu que as alterações feitas, sobretudo aumentando a extensão do túnel de Benfica e criando aberturas para a ventilação «em casos de emergência» vieram ao encontro das falhas apontadas na Declaração de Impacto Ambiental.

Quanto à segurança rodoviária e quando questionado sobre se a velocidade máxima de 70 quilómetros/hora era segura, o responsável disse que a segurança de quem circula estava garantida, designadamente com o alargamento das curvas e com pequenas adaptações que foram feitas nos túneis.

Revelou ainda que a circulação de veículos que transportem matérias perigosas vai ser proibida nos túneis e que todas as águas provenientes da obra «serão tratadas antes de entrarem nos sistemas de drenagem».

Quanto à execução orçamental, José Luis Faleiro disse que, apesar das dificuldades, «a empresa conta acabar a obra dentro do prazo previsto» e que a execução orçamental estava a cumprir todos os requisitos.

A construção do último troço da CRIL vai custar 100 milhões de euros e para as expropriações estão previstos 70 milhões.

Até hoje foram pagas metade das expropriações.

O último troço da CRIL deverá abrir ao público em Outubro de 2009.

A previsão é que em 2029 circulem em toda a extensão da CRIL 133.400 veículos por dia, com efeitos de redução de trânsito na Circular Regional Exterior de Lisboa (CREL), no Eixo Norte-Sul, na Segunda Circular e no IC19 (Lisboa/Sintra). Lusa / SOL

O SOL online não permitirá comentários: Insultuosos ou difamatórios Que incitem à violência Racistas, xenófobos ou homofóbicos Obscenos Publicitários Que se limitem a remeter (link) para um site ou blogue Que não se prendam com o assunto em debate Que pela dimensão, repetição ou inserção de caracteres especiais dificultem a leitura da caixa de comentários Com assinaturas falsas, nomeadamente usando o nome de outros comentadores ou de figuras públicas Cujo conteúdo seja contrário à lei Os participantes que desrespeitem estas regras de civilidade e respeito verão os seus comentários apagados

CRIL Empresa tem todas as garantias jurídicas e demolições vão continuar O presidente da Estradas de Portugal (EP), Almerindo Marques, afirmou hoje que a empresa tem todos os instrumentos jurídicos que permitem avançar para as demolições previstas no último troço da CRIL, mesmo sem acordo dos moradores Imprimir Enviar por mail «Se a obra fosse fácil já estava concluída. Temos todos os instrumentos jurídicos na nossa posse e pode ter que haver maior conflitualidade, se não se chegar a bom termo» nas conversações com os moradores, disse.

O presidente da EP referia-se a 13 casos de moradores do Bairro de Santa Cruz (Benfica) com quem a empresa mantém um conflito por causa das expropriações.

«Não quiseram expropriar parte do terreno e nós até aceitámos a expropriação a 100 por cento, dizendo que nesse caso os moradores não poderiam criar obstáculos à obra e teriam de aceitar a arbitragem que fosse feita. Em 13 casos não tivemos resposta», afirmou.

Fonte da empresa adiantou à Lusa que ainda esta semana a empresa pretende avançar com demolições no bairro.

Sublinhando que a obra «é muito complexa e muito importante», Almerindo Marques considerou que as acusações de que a Circular Regional Interna de Lisboa (CRIL) estaria a ser usada como 'bandeira eleitoralista' «não têm qualquer fundamento».

«Este aspecto não tem sido transmitido da melhor forma. O prazo já estava definido quando a obra foi a concurso, para que se terminasse o mais depressa possível, tendo em conta o significado deste troço», afirmou.

Almerindo Marques falava antes da visita que a Comissão Parlamentar das Obras públicas efectuou hoje de manhã às obras do último troço da CRIL, que ligará Buraca à Pontinha, numa extensão de cerca de quatro quilómetros.

A visita decorreu debaixo de chuva, uma semana depois das comissões de moradores de Benfica, Santa Cruz, Damaia e Alfornelos terem acusado o Governo de estar a utilizar a CRIL como «bandeira eleitoralista», apontando uma cláusula do contrato da empreitada que antecipa em 30 dias (para Setembro de 2009) a conclusão da obra.

Antes da visita o engenheiro responsável pelo acompanhamento da obra, José Luís Faleiro, respondeu a algumas perguntas dos deputados, que se mostraram sobretudo preocupados com as questões ambientais e de segurança rodoviária.

Questionado pelo deputado Bruno Dias (PCP) sobre o porquê do actual traçado e sobre se a empresa estudou traçados alternativos, o responsável justificou a opção com o facto de a faixa de terreno para a estrada ter sido prevista e «limpa» de casas há anos e com a necessidade de garantir determinadas acessibilidades.

«Houve um esforço nas expropriações para libertar os terrenos afectos à CRIL que tinham de ser usados e por outro lado havia acessibilidades a garantir», o que só poderia ser feito com o traçado que acabou por ser escolhido pela empresa, justificou José Luís Faleiro.

Depois de questionado pela deputada Helena Pinto (Bloco de Esquerda) sobre as questões ambientais, o engenheiro responsável pelo acompanhamento da obra garantiu que as alterações feitas, sobretudo aumentando a extensão do túnel de Benfica e criando aberturas para a ventilação «em casos de emergência» vieram ao encontro das falhas apontadas na Declaração de Impacto Ambiental.

Quanto à segurança rodoviária e quando questionado sobre se a velocidade máxima de 70 quilómetros/hora era segura, o responsável disse que a segurança de quem circula estava garantida, designadamente com o alargamento das curvas e com pequenas adaptações que foram feitas nos túneis.

Revelou ainda que a circulação de veículos que transportem matérias perigosas vai ser proibida nos túneis e que todas as águas provenientes da obra «serão tratadas antes de entrarem nos sistemas de drenagem».

Quanto à execução orçamental, José Luis Faleiro disse que, apesar das dificuldades, «a empresa conta acabar a obra dentro do prazo previsto» e que a execução orçamental estava a cumprir todos os requisitos.

A construção do último troço da CRIL vai custar 100 milhões de euros e para as expropriações estão previstos 70 milhões.

Até hoje foram pagas metade das expropriações.

O último troço da CRIL deverá abrir ao público em Outubro de 2009.

A previsão é que em 2029 circulem em toda a extensão da CRIL 133.400 veículos por dia, com efeitos de redução de trânsito na Circular Regional Exterior de Lisboa (CREL), no Eixo Norte-Sul, na Segunda Circular e no IC19 (Lisboa/Sintra). Lusa / SOL

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