AR: PCP, BE e CDS querem ouvir ministros Ambiente e Obras Públicas sobre caso CCDR Centro e TGV

15-02-2008
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Economia

AR: PCP, BE e CDS querem ouvir ministros Ambiente e Obras Públicas sobre caso CCDR Centro e TGV

Lisboa, 01 Fev (Lusa) - CDS-PP, PCP e BE pediram hoje a audição dos ministros das Obras Públicas e do Ambiente, assim como do presidente da CCDR Centro, para que sejam prestados esclarecimentos sobre alegadas pressões para alterar pareceres sobre traçados do TGV.

Nos requerimentos apresentados pelos partidos hoje na Assembleia da República, são recordadas as notícias vindas a público nos últimos dias sobre alegadas "pressões" por parte da CCDR Centro para que técnicos superiores alterassem o parecer que considerava inviáveis todos os traçados propostos pela RAVE para o projecto de Ligação Ferroviária de Alta Velocidade, entre os concelhos de Alcobaça e Pombal.

Ainda segundo as notícias divulgadas, este processo terá resultado no afastamento compulsivo dos técnicos em causa da comissão de avaliação do projecto.

"A ser verdade que a CCDR emitiu, numa primeira fase um parecer técnico desfavorável a todas as alternativas apresentadas para o traçado (...), e a ser verdade que depois foi apresentado um `parecer adicional` que acabou por resultar na decisão favorável do ministério do Ambiente a um dos traçados propostos, então estamos perante um processo de contornos políticos e administrativos da maior gravidade", lê-se no requerimento do PCP.

Além dos ministros do Ambiente e das Obras Públicas e do presidente e vice-presidente da CCDR Centro, no requerimento os comunistas solicitam ainda a audição do presidente da RAVE e do presidente da Autoridade de Avaliação de Impacte Ambiental.

Em declarações aos jornalistas no Parlamento, o deputado do PCP Bruno Dias acrescentou ainda que deve ser facultada à Assembleia da República toda a documentação relativa ao processo, sublinhando a "gravidade" da situação.

"É um processo que está longe de ser transparente", acrescentou.

Pelo BE, a deputada Helena Pinto assinalou igualmente os "contornos muito graves" do processo que dá a entender que existiram "pressões políticas para viabilizar um traçado para o TGV que foi chumbado por questões ambientais e impactes técnicos considerados irreversíveis".

"São pressões políticas que não se entendem", acrescentou a deputada do BE, considerando que o processo do TGV "começa muito mal".

No requerimento que apresentaram na Assembleia da República, os bloquistas reforçam que "as acusações que pendem sobre a transparência deste processo e sobre os procedimentos adoptados são extremamente graves e devem ser esclarecidos, numa primeira fase, pela tutela política, sem prejuízo de serem necessárias outras audições no sentido de um esclarecimento cabal e apuramento das responsabilidades".

Também em declarações aos jornalistas no Parlamento, António Carlos Monteiro, do CDS-PP, considerou que o caso agora tornado público "coloca em causa a CCDR Centro", devendo, por isso, ser fornecidas à Assembleia da República cópias de todos os pareceres técnicos e esclarecidas todas as questões para "afastar qualquer suspeita".

Além disso, acrescentou, os democratas-cristão vão também requerer a audição urgente dos ministros da Obras Públicas e do Ambiente, bem como do presidente e vice-presidente da CCDR Centro.

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AR: PCP, BE e CDS querem ouvir ministros Ambiente e Obras Públicas sobre caso CCDR Centro e TGV

Lisboa, 01 Fev (Lusa) - CDS-PP, PCP e BE pediram hoje a audição dos ministros das Obras Públicas e do Ambiente, assim como do presidente da CCDR Centro, para que sejam prestados esclarecimentos sobre alegadas pressões para alterar pareceres sobre traçados do TGV.

Nos requerimentos apresentados pelos partidos hoje na Assembleia da República, são recordadas as notícias vindas a público nos últimos dias sobre alegadas "pressões" por parte da CCDR Centro para que técnicos superiores alterassem o parecer que considerava inviáveis todos os traçados propostos pela RAVE para o projecto de Ligação Ferroviária de Alta Velocidade, entre os concelhos de Alcobaça e Pombal.

Ainda segundo as notícias divulgadas, este processo terá resultado no afastamento compulsivo dos técnicos em causa da comissão de avaliação do projecto.

"A ser verdade que a CCDR emitiu, numa primeira fase um parecer técnico desfavorável a todas as alternativas apresentadas para o traçado (...), e a ser verdade que depois foi apresentado um `parecer adicional` que acabou por resultar na decisão favorável do ministério do Ambiente a um dos traçados propostos, então estamos perante um processo de contornos políticos e administrativos da maior gravidade", lê-se no requerimento do PCP.

Além dos ministros do Ambiente e das Obras Públicas e do presidente e vice-presidente da CCDR Centro, no requerimento os comunistas solicitam ainda a audição do presidente da RAVE e do presidente da Autoridade de Avaliação de Impacte Ambiental.

Em declarações aos jornalistas no Parlamento, o deputado do PCP Bruno Dias acrescentou ainda que deve ser facultada à Assembleia da República toda a documentação relativa ao processo, sublinhando a "gravidade" da situação.

"É um processo que está longe de ser transparente", acrescentou.

Pelo BE, a deputada Helena Pinto assinalou igualmente os "contornos muito graves" do processo que dá a entender que existiram "pressões políticas para viabilizar um traçado para o TGV que foi chumbado por questões ambientais e impactes técnicos considerados irreversíveis".

"São pressões políticas que não se entendem", acrescentou a deputada do BE, considerando que o processo do TGV "começa muito mal".

No requerimento que apresentaram na Assembleia da República, os bloquistas reforçam que "as acusações que pendem sobre a transparência deste processo e sobre os procedimentos adoptados são extremamente graves e devem ser esclarecidos, numa primeira fase, pela tutela política, sem prejuízo de serem necessárias outras audições no sentido de um esclarecimento cabal e apuramento das responsabilidades".

Também em declarações aos jornalistas no Parlamento, António Carlos Monteiro, do CDS-PP, considerou que o caso agora tornado público "coloca em causa a CCDR Centro", devendo, por isso, ser fornecidas à Assembleia da República cópias de todos os pareceres técnicos e esclarecidas todas as questões para "afastar qualquer suspeita".

Além disso, acrescentou, os democratas-cristão vão também requerer a audição urgente dos ministros da Obras Públicas e do Ambiente, bem como do presidente e vice-presidente da CCDR Centro.

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