laisse faire: A dama do Porto de San Blass

08-10-2009
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Inspirado no que li recentemente nos Blogs do Homem do Apito Grande e do Menino Enxaqueca, resolvi escrever aqui sobre um lugar incrível e uma história no mínimo intrigante. Conversei com muita gente sobre isso, e todos juram que é verdade. Como de prawes, perdoem-me os erros deste post, nada mais me falta um teclado com todos os acentos em lingua portuguesa. San Blass, no Estado de Nayarit, México, é um lugar impressionante. O porto onde supostamente aconteceu esta história foi fundado no século XVIII, e daí partiam inumeráveis expedições, além de ser um refúgio de piratas. Também foi palco da historia de amor entre dois jovens. Estes jovens, cujo nome ninguém lembra, se apaixonaram a mui terna idade, mas a forma de vida tao precaria os impedia de estarem juntos. Devido a este fato, o jovem decidiu sair em busca de fortuna. Uma tarde, quando as ondas inquietas cobriam os tornozelos da moça, ela se despediu de seu amado com toda a dor em seu coração; havia algo no ar que a inquietava, mas o rapaz por fim a convenceu que logo estariam juntos. Ela chorou sua partida, e todos dias esperava seu regresso. Mas não havia barco que devolvesse seu amado. Vestia sempre o mesmo vestido, para que seu amado não se equivocara ao voltar. Milhares de luas presenciaram seu pranto, porque sempre estava no porto. Anos depois, um amigo do rapaz, ao ve-la, aproximou-se e sugeriu que ja não o esperasse, pois, segundo havia visto, o barco em que viajava o rapaz havia afundado no mar, não sem antes haver-se permitido viver com outra mulher. A moça não acreditou em uma unica palavra daquele estranho e segui esperando a promessa do seu amado, pois não podia conceber que estivesse à mercê do esquecimento. A partir de então, todos pensavam que estava louca. Uma tarde de abril qualquer tentaram leva-la ao manicômio da cidade. No entanto ninguém conseguiu separa-la do mar. A mulher estava convencida que o homem que partira regresaria algum dia, e ela queria estar Naturalmente as palavras do estranho estavam certas, e o rapaz jamais voltou. As pessoas trataram de convencê-la a se afastar do mar, mas foi tudo em vão. Seu cabelo se branqueou com o tempo, seu vestido se desgastou com o vento e os carangueijos, e muitos poderiam jurar que ela havia criado raizes no porto. Morreu quando uma forte onda a arrastou, devolvendo seu corpo à areia. A cidade de comoveu com a sua morte, pois foram testemunhas de seu amor inquebrantavel. Passaram os dias e, numa noite de lua cheia, quando as ondas do mar estavam agitadas e aneblina tomava conta do porto, um marinheiro viu a silhueta de uma mulher; ao aproximar-se, percebeu que seu corpo era transparente e seu semblante, triste, porém sereno. O marinheiro tratou de avisar a todos o que estava acontecendo, e ninguém se surpreendeu, porque, segundo a tradição mexicana, os mortos voltam de suas tumbas quando ha algo que os pertuba, e é evidente que o regresso de seu amado continua em seus planos. Provavelmente se esqueceu que ha mais de um século esta morta ou talvez, neste tempo todo, nao se deu conta de tal fato. A dama do Porto de San Blass, como ficou conhecida a jovem, serviu de inspiração para diversos artistas, incluindo ai uma cancao famosa que eu, por puro prazer, coloco abaixo. Penso que não tudo o que se conta nesse lugar é mentira. Como seja, o que se pode afirmar com bastante certeza é que no lugar, perto do porto, ha uma energia estranha. Ain’t love grand?


Inspirado no que li recentemente nos Blogs do Homem do Apito Grande e do Menino Enxaqueca, resolvi escrever aqui sobre um lugar incrível e uma história no mínimo intrigante. Conversei com muita gente sobre isso, e todos juram que é verdade. Como de prawes, perdoem-me os erros deste post, nada mais me falta um teclado com todos os acentos em lingua portuguesa. San Blass, no Estado de Nayarit, México, é um lugar impressionante. O porto onde supostamente aconteceu esta história foi fundado no século XVIII, e daí partiam inumeráveis expedições, além de ser um refúgio de piratas. Também foi palco da historia de amor entre dois jovens. Estes jovens, cujo nome ninguém lembra, se apaixonaram a mui terna idade, mas a forma de vida tao precaria os impedia de estarem juntos. Devido a este fato, o jovem decidiu sair em busca de fortuna. Uma tarde, quando as ondas inquietas cobriam os tornozelos da moça, ela se despediu de seu amado com toda a dor em seu coração; havia algo no ar que a inquietava, mas o rapaz por fim a convenceu que logo estariam juntos. Ela chorou sua partida, e todos dias esperava seu regresso. Mas não havia barco que devolvesse seu amado. Vestia sempre o mesmo vestido, para que seu amado não se equivocara ao voltar. Milhares de luas presenciaram seu pranto, porque sempre estava no porto. Anos depois, um amigo do rapaz, ao ve-la, aproximou-se e sugeriu que ja não o esperasse, pois, segundo havia visto, o barco em que viajava o rapaz havia afundado no mar, não sem antes haver-se permitido viver com outra mulher. A moça não acreditou em uma unica palavra daquele estranho e segui esperando a promessa do seu amado, pois não podia conceber que estivesse à mercê do esquecimento. A partir de então, todos pensavam que estava louca. Uma tarde de abril qualquer tentaram leva-la ao manicômio da cidade. No entanto ninguém conseguiu separa-la do mar. A mulher estava convencida que o homem que partira regresaria algum dia, e ela queria estar Naturalmente as palavras do estranho estavam certas, e o rapaz jamais voltou. As pessoas trataram de convencê-la a se afastar do mar, mas foi tudo em vão. Seu cabelo se branqueou com o tempo, seu vestido se desgastou com o vento e os carangueijos, e muitos poderiam jurar que ela havia criado raizes no porto. Morreu quando uma forte onda a arrastou, devolvendo seu corpo à areia. A cidade de comoveu com a sua morte, pois foram testemunhas de seu amor inquebrantavel. Passaram os dias e, numa noite de lua cheia, quando as ondas do mar estavam agitadas e aneblina tomava conta do porto, um marinheiro viu a silhueta de uma mulher; ao aproximar-se, percebeu que seu corpo era transparente e seu semblante, triste, porém sereno. O marinheiro tratou de avisar a todos o que estava acontecendo, e ninguém se surpreendeu, porque, segundo a tradição mexicana, os mortos voltam de suas tumbas quando ha algo que os pertuba, e é evidente que o regresso de seu amado continua em seus planos. Provavelmente se esqueceu que ha mais de um século esta morta ou talvez, neste tempo todo, nao se deu conta de tal fato. A dama do Porto de San Blass, como ficou conhecida a jovem, serviu de inspiração para diversos artistas, incluindo ai uma cancao famosa que eu, por puro prazer, coloco abaixo. Penso que não tudo o que se conta nesse lugar é mentira. Como seja, o que se pode afirmar com bastante certeza é que no lugar, perto do porto, ha uma energia estranha. Ain’t love grand?

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