A Interpretação do Tempo: Pelo respeito na Educação

26-06-2009
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Sou contra a greve. Sempre fui. Acredito que não resolve muita coisa; é verdade, que por vezes, parece provocar abertura para negociações, mas não passa disso. Neste caso, na greve geral dos professores, a 8 de Março, nem acredito que a ministra chegue ao ponto de negociar, e como o que não verga, parte, acredito que, por muito irredutível que seja a posição do primeiro-ministro, os argumentos que utilizou para justificar a saída do ministro da saúde servem na perfeição para a ministra da educação.Sou a favor da avaliação de todas as profissões (quem não deve, não teme), mas os moldes em que decorre esta avaliação, os critérios, os avaliadores, são factores cruciais para se ser justo ou não, e esta proposta é absurda. Basta de descredibilizar os professores e de lhes atribuir todas a culpas pelo caos educativo (uma grande culpa é que são ministros os professores e teóricos que há muito não entram numa sala de aula!), a mudança na Educação passa por uma reforma no Ministério da Educação, na criação de uma estratégia educativa nacional (adpatável a cada região mas com uma base geral) e com o estabelecer de exigências ao nível do comportamento, do aproveitamento e do desempenho dos docentes e alunos. Não se pode exigir somente mais profissionalismo aos professores (que sejam professores, pais, educadores e pedagogos em simultâneo) se depois não há exigências ao nível dos alunos e se cai na cultura do facilitismo onde o que interessam são os números (há mais licenciados, há mais pessoas com o mínimo de escolaridade, há mais pessoas com o 12º ano...e a qualidade? E os reais conhecimentos? E os cursos que encapuçam o desemprego e o emprego precário?). O rigor não pode ser só nas finanças e economia. Por isso e muito mais, sindicatos à parte, a luta é da classe que merece ser dignificada. Se o aluno é essencial ao processo de ensino-aprendizagem, o professor também o é. Sem uma educação forte, reflectida e estruturada continuaremos o país que somos, dos últimos no que é bom, e dos primeiros no que é mau. Visite o sítio dos professores clicando aqui. Com pequenas batalhas se ganha a guerra. Uma vez mais, "Valete Frates, É a hora."


Sou contra a greve. Sempre fui. Acredito que não resolve muita coisa; é verdade, que por vezes, parece provocar abertura para negociações, mas não passa disso. Neste caso, na greve geral dos professores, a 8 de Março, nem acredito que a ministra chegue ao ponto de negociar, e como o que não verga, parte, acredito que, por muito irredutível que seja a posição do primeiro-ministro, os argumentos que utilizou para justificar a saída do ministro da saúde servem na perfeição para a ministra da educação.Sou a favor da avaliação de todas as profissões (quem não deve, não teme), mas os moldes em que decorre esta avaliação, os critérios, os avaliadores, são factores cruciais para se ser justo ou não, e esta proposta é absurda. Basta de descredibilizar os professores e de lhes atribuir todas a culpas pelo caos educativo (uma grande culpa é que são ministros os professores e teóricos que há muito não entram numa sala de aula!), a mudança na Educação passa por uma reforma no Ministério da Educação, na criação de uma estratégia educativa nacional (adpatável a cada região mas com uma base geral) e com o estabelecer de exigências ao nível do comportamento, do aproveitamento e do desempenho dos docentes e alunos. Não se pode exigir somente mais profissionalismo aos professores (que sejam professores, pais, educadores e pedagogos em simultâneo) se depois não há exigências ao nível dos alunos e se cai na cultura do facilitismo onde o que interessam são os números (há mais licenciados, há mais pessoas com o mínimo de escolaridade, há mais pessoas com o 12º ano...e a qualidade? E os reais conhecimentos? E os cursos que encapuçam o desemprego e o emprego precário?). O rigor não pode ser só nas finanças e economia. Por isso e muito mais, sindicatos à parte, a luta é da classe que merece ser dignificada. Se o aluno é essencial ao processo de ensino-aprendizagem, o professor também o é. Sem uma educação forte, reflectida e estruturada continuaremos o país que somos, dos últimos no que é bom, e dos primeiros no que é mau. Visite o sítio dos professores clicando aqui. Com pequenas batalhas se ganha a guerra. Uma vez mais, "Valete Frates, É a hora."

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